domingo, 15 de agosto de 2010

Honestidade

Por Dr.Jarbas Lima - Professor de Direito e Conselheiro do MTG

A pessoa honesta tem direito de buscar a felicidade. Merece fazê-lo. Persegui-la, sem que isto implique a necessidade de passar por cima da própria honestidade, como se esta fosse causa impeditiva de alcançá-la. Honestidade e felicidade ou coexistem ou não existem. Desonestidade e felicidade são conceitos que se repelem, realidades que se excluem, caminhos que não se encontram. Pessoas honestas são padrões para boas pessoas. Desenvolvem talentos reconhecíveis facilmente. Ao contrário dos desonestos que se protegem na sombra, fogem da luz. Os bons respiram a solidariedade, comovem-se com o sofrimento do próximo, não conhecem a solidão. Tem ligações sólidas. Honestidade é bondade, é certeza. Honestidade é desenvolvimento de virtudes. A aura da pessoa honesta é o caráter. É confiável. Quer que a vida seja boa para todos. A honestidade é o objetivo do justo. É o norte da felicidade.

A bondade é a identidade dos honestos. O honesto sabe e aceita que toda a rosa tem espinhos. Respeita a lei, orgulha-se dos bons costumes. Os honestos compreendem que a vida não é obra apenas do prazer, mas do trabalho, do sofrimento, da resignação e da esperança. Pessoas honestas sonham com um mundo feliz. E para todos. As pessoas honestas adotam o discurso do valor, da justiça, da cidadania. O honesto responde à convocação do dever. Tem atitude. É movido pela razão prática. Aceita sua realidade social. Luta sem ódios por seus sonhos e esperanças.
O honesto é probo. Operário ou presidente. O honesto não precisa jurar. Sua vida é o compromisso. Tem caráter. O honesto mede seus direitos pelos seus deveres. É correto sem precisar de elogios. Sua felicidade é ser justo. O honesto não teme a suspeita de ser considerado imbecil. Para ele, sem honestidade nada mais teria sentido. Não tem vergonha de ser honesto. A sociedade é um organismo vivo. Tem vontade própria. O indivíduo é parte do todo. Quando desonesto contamina a sociedade. O voto concretiza a cidadania, exerce a democracia, diz a vontade geral. Como a democracia direta é impossível, impõe-se a representação. Votar é escolher um igual. Com os mesmos valores. Com os mesmos princípios. Votar é sentir orgulho do representante. É ter satisfação em identificá-lo. É propalar suas ações. Por isso, honesto vota em honesto. Estas são reflexões necessárias em ano eleitoral.


E do Rogério Mendelski

A cereja do bolo democráticoé a eleição. E nela o povo renova suas esperanças e vota em qualquer candidato que esteja registrado na Justiça Eleitoral. O Brasil não foge dessas regras universais e daria para arriscar dizendo que somos mais audaciosos em algumas candidaturas. A começar pelos apelidos eleitorais que qualquer celebridade adota, depois de ter decidido que chegou a sua hora de colaborar com a vida nacional.

Ex-craques do futebol, artistas da música popular e da televisão estão aí pedindo votos e apresentando suas plataformas, especialmente nas grandes cidades, onde desfrutaram de fama, fugaz ou não, e ainda ganharam muito dinheiro. Alguns aproveitaram para fazer patrimônio, outros aplicaram nas futilidades que o mundo das celebridades exige. Todos, porém, acreditam que continuam famosos e nada melhor que um teste de urna. A referência mais recente de um possível êxito eleitoral é a do estilista Clodovil, mas pode ser, também, a do cacique Juruna.


Como se comportaria em plenário uma bancada feminina com a Mulher Pera, a Mulher Melão e a Tati Quebra-Barraco? Uma seleção parlamentar de futebol poderia contar Bebeto, Romário, Túlio Maravilha, Danrlei, Marcelinho Carioca, Vampeta e Dilney, caso sejam eleitos para as assembleias legislativas e Câmara dos Deputados. Convém não esquecer os irmãos do grupo KLB (Kiko e Leandro). Tiririca, Reginaldo Rossi, Rick (que forma dupla com Renner) e o provável substituto de Clodovil, o estilista Ronaldo Esper. Mas ninguém supera Kleber Bambam, que quer ser deputado estadual em São Paulo. Ele não tem plataforma política, mas "vai pedir dicas para o seu cunhado que é veterinário". Nada como um veterinário para aconselhar certos candidatos. Sérgio Mallandro também é candidato. Pelo sobrenome, talvez seja o homem certo para o lugar certo.

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