O Tradicionalismo é um movimento cultural popular, social e cívico, que procura recuperar e preservar os valores rurais do passado. È também tido como “uma ideologia destinada a submeter às camadas populares, rurais e urbanas, aos seus princípios, que enfatizam a harmonia social, o bem coletivo, a cooperação com o Estado, o respeito à lei, etc.
O tradicionalismo gaúcho trata-se de uma organização social que, com métodos próprios, foco definido e praticas acordadas, mantém aspectos tradicionais nas células associativas que chamamos CTGs.
As primeiras entidades tradicionalistas gaúchas foram fundadas inicialmente pela elite, em 1857 no Rio de Janeiro (que existe até hoje), muito rica e tem, inclusive, um Centro de Tradições Gaúchas (CTG), o “Desgarrados do Pago”. No Uruguai, foi fundado em 1894 a Sociedad La Criolla. As entidades tinham o objetivo de cultuar as raízes tradicionais da época, como uma forma de encontro entre os que faziam parte delas.
Em meados dos anos 40, os tradicionalistas eram um povo com ideal, objetivos, território, mas sem “altar” para desenvolver suas crenças. Foi quando um grupo de estudantes, liderados pelo jovem tradicionalista João Carlos Paixão Côrtes fundou o Departamento de Tradições Gaúchas do Grêmio Estudantil do Colégio Júlio de Castilhos, em Porto Alegre.
Neste contexto, é criado o 35 Centro de Tradições Gaúchas de Porto Alegre, no dia 24 de abril de 1948, como uma reação a presença cultural maciça dos Estados Unidos. A proliferação dos CTG’s deflagrou em movimento que, em 1966 foi denominado Movimento Tradicionalista Gaúcho – MTG. O MTG é definido como uma sociedade civil sem fins lucrativos, que se dedica à preservação, resgate e desenvolvimento da cultura gaúcha, por entender que o tradicionalismo é um organismo social de natureza nativista, cívica, cultural, literária, artística e folclórica.
Com seus objetivos explícitos na “Carta de Princípios” de Glaucus Saraiva e na Tese: “O Sentido e o Valor do Tradicionalismo” de Luiz Carlos Barbosa Lessa, o Movimento Tradicionalista Gaúcho busca auxiliar o Estado na solução de seus problemas e na busca do bem coletivo, transformando suas entidades filiadas em pólos difusores dos bons costumes, da educação e do civismo, o reconhecimento aos valores de nossa pátria.
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