

A OI ofereceu uma homenagem aos 25 anos do ENART. Para poder representar o evento, nada melhor que seu eterno presidente. Armando Clóvis Gewehr, 11 vezes Presidente do ENART das 14 edições qeu lá ocorreram.
Tenho certeza que a juventude que foi este ano no ENART deve ter pensado...que saudades do seu Armando...
Voce sabia que...
Uma Rede social chamada PORTAL MTG
O mito da origem
Sotaques de além-mar
De Tóquio para o CTG
Para tudo! Já imaginou uma japonesa dançando em CTG? Kana Okamoto é superidentificada com o tradicionalismo gaúcho. A guria já conhecia muito da cultura dos pampas. No Japão, ela estudava língua portuguesa, e seu professor apresentou a cultura de diferentes Estados do Brasil. Ela se interessou muito pela do Rio Grande do Sul, pois nasceu no sul do seu país.
– Ir ao CTG Glaucus Saraiva me fez aprender mais sobre a dança e as músicas típicas. Gosto muito do Parabéns a Você do gaúcho. Adoro estar aqui – diz, sorrindo, a estudante de Jornalismo.
As parcerias foram peça importante na adaptação de Kana. A sua melhor amiga é Tuanny Baretta, 19 anos. A amizade que começou como uma maneira de auxiliar a japonesa hoje ganha planos. Em junho de 2011, Tuanny embarca para uma temporada de dois meses no Japão.
– Somos muito amigas, e a Kana confia muito em mim. Quando ela for embora, vou morrer de saudades – afirma a estudante de Publicidade e Propaganda.
A história de Kana com o Brasil não termina em dezembro, quando ela volta para a terra do sol nascente. Mesmo após ter sofrido um assalto, há dois meses, ela pretende se formar em seu país e voltar a morar em Porto Alegre.
– Eu amo o Rio Grande do Sul. Aqui as pessoas são mais acolhedoras, tem o churrasco, chimarrão e meus amigos – diverte-se.
Texto do Jornal Zero Hora - Caderno DONNA
Edição do dia 07.11.2010
Lembro-me que em 1999 o acendimento da Chama Crioula foi realizado em Pelotas numa homenagem ao centenário da União Gaúcha Simões Lopes Neto. Em 2000 o acendimento ocorreu em Alegrete, na “Capela Queimada”. Os dois eventos foram prestigiados pela direção do MTG mas tiveram muita pouca participação das coordenadorias regionais. Foram eventos locais, sem grandes repercussões.
Lembro-me que em 2000, numa reunião do Conselho Diretor do MTG, o assunto predominante dizia respeito à Semana Farroupilha. A maior queixa era a falta de apoio da grande mídia e a dificuldade de envolvimento dos poderes públicos, estadual e municipais.
Lembro-me que em 1998 o Acampamento Farroupilha realizado em Porto Alegre sofria muitas criticas, mercê da falta de estrutura e da precariedade da segurança. Na época eram pouco mais de cem barracas (de todas as cores) e a participação do MTG praticamente não existia. A 1ª RT realizava um trabalho interessante na área cultural, mas a divulgação era praticamente inexistente.
Lembro-me que em 2002 o desfile de Porto Alegre não tinha um único metro de arquibancadas e o palanque oficial era montado com caminhões cedidos pelo Exército
Lembro-me que no interior do Estado eram raros os acampamentos na Semana Farroupilha e pouco mais de meia dúzia de cidades realizava desfiles temáticos. Nenhuma cidade do interior recebia recursos através da Comissão Estadual. Aliás, a Comissão Estadual, mesmo que prevista em lei desde 1964, não se reunia e não cumpria qualquer função.
Lembro-me que em 1998 não havia um tema anual para a Semana Farroupilha e o MTG não tinha qualquer influência na escolha da imagem da campanha publicitária (cartazes e folderes) que eram patrocinados pelo Governo do Estado através do IGTF.
Porque estou relembrando destas coisas? Posso afirmar que não se trata de saudosismo ou de um procedimento nostálgico. Estou relembrando disso para valorizar o que temos hoje.
O que temos hoje?
O temário para a Semana Farroupilha que teve sua primeira edição em 1999 (naquele ano o tema foi: “Os lanceiros negros”). Desde 2003 o temário passou a ser uma ação efetiva da Comissão Estadual.
O Acampamento Farroupilha de Porto Alegre é o principal evento de Porto Alegre (neste ano foram 375 galpões construídos). Três redes de comunicação com galpões no Parque (Record, RBS e Pampa).
O espaço de mídia (jornal, rádio e televisão) rivaliza com o espaço ocupado pela Expointer. Não somente em Porto Alegre, mas em todo o Estado.
Os acampamentos farroupilhas crescem a cada ano, seja em número, seja em qualidade. São mais de 50 cidades que realizam este tipo de atividade.
Os desfiles temáticos se transformaram em atração na maioria dos municípios. Em Porto Alegre transformou-se em espetáculo noturno com 15.000 pessoas assistindo outras 1.200 desfilando em. Os carros temáticos são uma atração especial, pela beleza, pela criatividade e principalmente porque contam a nossa história.
O acendimento da chama crioula se transformou num grande evento (o primeiro no formato atual foi realizado em 2001 em Guaíba) com participação das 30 RTs. As cavalgadas de condução das centelhas da Chama Crioula cortam o Estado de ponta a ponta.
Neste ano de 2010, foram 25 os municípios a receber incentivo financeiro através de ação da Comissão Estadual, buscando recursos junto ao Governo do Estado. Além de que na maioria dos municípios do Estado há apoio público para a realização dos Festejos Farroupilhas.
Hoje não há mais do que reclamar em termos de mídia e de destaque do Movimento Tradicionalista (inclusive recebendo muitas “pedradas”. Mas como “só se joga pedra em árvore que dá fruto”, não devemos nos preocupar demasiadamente com isso).
Cada município, cada CTG, cada tradicionalista poderia fazer uma retrospectiva destes últimos 12 anos e registrar os avanços, as vitórias, os ganhos em qualidade. Esse exercício de relembrança eleva a nossa auto-estema, nos faz perceber que vale a pena o trabalho. Vale à pena, inclusive, enfrentar alguns dissabores e críticas, nem sempre justas.
Porém, de tudo isso, precisamos perceber que nada foi por acaso. Nada “caiu do céu”. Nada nos foi dado de graça. Tudo o que foi conquistado deveu-se a muito trabalho, a um bom planejamento estratégico, à obstinação e perseverança de muitas pessoas, à criatividade e à coragem de alguns que resolveram enfrentar os problemas e encontrar soluções para que hoje não seja mais necessário realizar reuniões com o fim de expressar nossa decepção e nosso descontentamento com o “silêncio” da grande mídia, como fizemos em 1999.
Ótimo texto Savaris
Apresentação dos Palcos de danças: Rogério Bastos e Elomir Malta