Texto de Zero Hora,
Sotaques de além-mar
Bah, tchê! Tri legal. A expressão que serve como identificador típico do gaúcho está na boca e no dia a dia de uma galera de fora do Rio Grande do Sul. Kana Okamoto, 20 anos, de Tóquio (Japão), Leonardo Sem Ni, 22, de Pequim (China), Jean-Baptiste Houriez, 22, de Paris (França), e Iabna Iniaga, 21, de Bissau, e Ussumane Djaló, 21, de Bafatá, ambos de Guiné-Bissau. Mesmo longe de casa, eles estão felizes em fazer parte do Rio Grande do Sul. Não estranhe se você topar com um deles entoando o nosso mais famoso grito: Ah, eu sou gaúcho!
De Tóquio para o CTG
Para tudo! Já imaginou uma japonesa dançando em CTG? Kana Okamoto é superidentificada com o tradicionalismo gaúcho. A guria já conhecia muito da cultura dos pampas. No Japão, ela estudava língua portuguesa, e seu professor apresentou a cultura de diferentes Estados do Brasil. Ela se interessou muito pela do Rio Grande do Sul, pois nasceu no sul do seu país.
– Ir ao CTG Glaucus Saraiva me fez aprender mais sobre a dança e as músicas típicas. Gosto muito do Parabéns a Você do gaúcho. Adoro estar aqui – diz, sorrindo, a estudante de Jornalismo.
As parcerias foram peça importante na adaptação de Kana. A sua melhor amiga é Tuanny Baretta, 19 anos. A amizade que começou como uma maneira de auxiliar a japonesa hoje ganha planos. Em junho de 2011, Tuanny embarca para uma temporada de dois meses no Japão.
– Somos muito amigas, e a Kana confia muito em mim. Quando ela for embora, vou morrer de saudades – afirma a estudante de Publicidade e Propaganda.
A história de Kana com o Brasil não termina em dezembro, quando ela volta para a terra do sol nascente. Mesmo após ter sofrido um assalto, há dois meses, ela pretende se formar em seu país e voltar a morar em Porto Alegre.
– Eu amo o Rio Grande do Sul. Aqui as pessoas são mais acolhedoras, tem o churrasco, chimarrão e meus amigos – diverte-se.
Texto do Jornal Zero Hora - Caderno DONNA
Edição do dia 07.11.2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário