Não são muitas as pessoas que já leram o próprio obituário. Alfred Nobel leu. Nobel estava doente já há algum tempo e alguém anunciou falsamente que ele tinha morrido. Imagine sua surpresa quando abriu o jornal de manhã e viu sua morte noticiada! Ao ler os curtos parágrafos que resumiam sua vida e obra, ficou incomodado ao ver que era mencionado apenas como o homem que inventara a dinamite. A nota descrevia toda a destruição que a invenção causara. Nobel não gostou da idéia de ser lembrado como criador de algo que fora usado para destruir tantas vidas. Depois de ler o seu obituário, Nobel decidiu mudar sua vida. Dedicou -se a um novo ideal: a busca da paz. Hoje, lembramos de Alfred Nobel, não como o inventor da dinamite, mas como o fundador do Prêmio Nobel da Paz.
A história de Nobel ilustra uma verdade importante: nunca é tarde demais para mudar o rumo de sua vida. Se não mudamos, não crescemos. Se não crescemos, não estamos realmente vivendo. O crescimento exige uma perda temporária da segurança. Adaptar-se as mudanças na vida é uma condição indispensável para sobrevivência de pessoas, empresas ou qualquer entidade. Líderes bem sucedidos criam ambientes para ajudar as pessoas a mudarem e apreciarem as mudanças.
Às vezes nos acomodamos em nossas velhas crenças e estabelecemos as rotinas que não nos permitem ver que o mundo está mudando. Quando notamos, muitas vezes atrasados, que as coisas mudaram vem o medo. Todos os nossos medos, medo de fracassar, medo de mudar, medo de tentar, fazendo-nos perder as esperanças. Depressão, brigas, desentendimentos, trabalha-se mais e produze-se menos.
Neste caso, perde-se empregos, termina-se relacionamentos, leva-se uma entidade ao “fundo do poço”. Temos de encarar o “labirinto da vida”, mas ao vê-lo vem o medo, a dúvida e a pergunta: “O que faria se não tivesse medo?” O medo é bom quando nos impulsiona a reagir, mas ruim quando se fica assustado e nosso avanço é impedido. Somos prisioneiros de nossos medos, pois pensamos no que pode dar errado esquecendo o que pode dar certo.
Quando nos auto-criticamos, estamos dando os primeiros passos para nos adaptarmos as mudanças. Todos sabemos que as mudanças ocorrem, por isso temos que estar preparados para nos anteciparmos, monitorando os acontecimentos que envolvem esse processo. Enquanto isso não ocorre, lembro do livro: “O Cavaleiro preso na armadura”, que narra a historia de alguém que fixou-se sempre em salvar pessoas que não se deu conta que estava mais atrapalhando do que ajudando.
A adaptação é fundamental, bem como apreciar as mudanças. Devemos estar sempre preparados para mudarmos rapidamente, muitas vezes e nos precavermos dos chamados “ancoras” que sempre nos levam para o fundo, pois estabeleceram suas rotinas, se acomodaram, adormeceram e não estão preparados para as mudanças que estão surgindo.
A mudança é vital para o sucesso no futuro. A ironia é que a mudança é inevitável. Todos têm de lidar com ela. Por outro lado, o crescimento é opcional. Você pode optar por crescer ou lutar contra ele, mas saiba de uma coisa: pessoas que não querem crescer nunca alcançarão seu potencial.
Busque a diferença, porque enquanto todos vão à mesma direção no mesmo padrão, as vezes se dando mal, você estará buscando o diferencial, a excelência, estará estimulando sua equipe a buscar melhores resultados. Use o que a modernidade tem de melhor, sem precisar abandonar nossas raízes, pois já dizia o velho Jaime Caetano Braum: “Não precisamos ficar de mal com nossos avós para ficarmos de bem com os novos tempos”.
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