quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Plácido de Castro - Um herói gaúcho

José Plácido de Castro nasceu em São Gabriel/RS em 9 de Setembro de 1873 e veio a falecer em Seringal Benfica, 11 de agosto de 1908. Foi político e militar brasileiro, líder da Revolução Acreana e que governou o Estado Independente do Acre. Filho do capitão Prudente da Fonseca Castro, veterano das campanhas do Uruguai e Paraguai, e de Dona Zeferina de Oliveira Castro.

Descendente de família cristã, recebeu no seu batismo o nome do avô José Plácido de Castro, major paulista que, após combater na Campanha Cisplatina, trocou o chão paulista pelo do Rio Grande do Sul.Um de seus bisavós, Joaquim José Domingues,foi companheiro de Borges do Canto, na conquista das Missões em 1801, quando este território foi incorporado ao território brasileiro.
O herói rio-grandense foi covardemente assassinado, aos 35 anos de idade, ficando esse crime para sempre impune. Próximo à propriedade do seu assassino, erguido pelos fiéis amigos de Plácido de Castro, há um pedaço de mármore assinalando o local da emboscada. Seus ossos, porém, foram sepultados logo à entrada do Cemitério da Santa Casa de Misericórdia, em Porto Alegre. Na fronte do pedestal, a família fez questão de deixar gravados, um a um, nome e sobrenome dos seus catorze carrascos.

2 comentários:

João Paulo da Fontoura disse...

Historiador Rogério: abaixo texto que publico em jornal local de Taquari. Igual ao amigo, tenho muito estima pelo Plácido de Castro e pela história em geral. Sou escritor diletante. Tenho dois livros publicados. Abraços.


José Plácido de Castro tem descendentes em Taquari

Há alguns meses, andei lendo uma boa biografia do lendário militar, revolucionário e libertador do Acre, José Plácido de Castro, a partir de um bom livro pego (e disponível) no vasto acervo da nossa querida Biblioteca Pública Municipal. Para sermos justo com a história, tem que ficar bem assente que a adição do Acre ao Brasil deve-se à dupla Plácido de Castro e Barão do Rio Branco; uma dupla bate e assopra: enquanto o militar batia, o mais extraordinário diplomata que o Brasil já teve, o magnífico Barão, assoprava, negociava.
Dois motivos eu tive: o primeiro, por óbvio, foi o de relembrar a valorosa figura pública do homem responsável pela anexação do Acre ao nosso território; o segundo, de ordem pessoal, familiar, foi de fixar conexões, conhecimentos com o parente, não muito distante, do meu saudoso falecido sogro, José Silveira de Castro.
Nascido em 1873 na fronteiriça São Gabriel, Plácido de Castro descendia de uma família de militares: seu pai, o capitão Prudente da Fonseca Castro, havia lutado na Guerra do Paraguai; seu avô, o Major José Plácido de Castro, nas Guerras Cisplatinas; e o bisavô, o paulista Joaquim José Domingues, da Conquista das Missões, lá no distante 1801, quando este território, e então, é definitivamente incorporado à geografia rio-grandense e brasileira.
No meu livro, 1893 – A Soma De Todos Os Ódios, eu abro um espaço para destacá-lo: fiel ao seu ideal político, ele, Cadete na Escola Militar do Rio Pardo, quando da irrupção da Revolução Federalista de 1893, nega filiar-se às tropas republicanas de Júlio de Castilho ou aos soldados do presidente Floriano Peixoto, aliando-se, contrário, às tropas federalistas do Gumercindo Saraiva, os maragatos. Acabada a revolução, Major com apenas 21 anos, ele não aceita a anistia ampla concedida pelo governo federal e não retorna à Escola Militar para concluir seu curso.
Vai para o centro do país, Rio de Janeiro, volta pra São Paulo e, depois, em busca de aventura e fortuna, segue para o alto-Amazonas, no Acre boliviano, para o novo “eldorado” da extração da lucrativa borracha nos abundantes seringais da região. Logo se envolve na política da região, iniciando, em 1902, com apenas 28 anos, uma revolução contra os bolivianos. Vence, tornando-se um autentico herói nacional: “Pai do Acre”, “Libertador do Acre”, “Presidente do estado independente do Acre”, etc., etc. Nosso herói, envolvido em constantes intrigas política, é emboscado, baleado e morto em 1908. Seu corpo, depois transladado, está enterrado em Porto Alegre.
A Genealogia até minha esposa e nossos filhos é a seguinte: o Capitão Prudente da Fonseca Castro, filho do Major José Plácido de Castro, casa-se com Zeferina de Oliveira Castro; este casal tem 6 filhos, entre eles, Maria Corina de Castro ( irmã do nosso herói) que casa-se com Franco de Castro e, por sua vez, têm 3 filhos; deste três filhos, um – João Prudente de Castro, casado com Olíbia Silveira de Castro, é o pai do meu saudoso sogro, Senhor José Silveira de Castro.
A Daisi, minha esposa, quando do casamento, encurtou seu nome para Daisi da Fontoura. Eu, doidivanas por história e em respeito ao nome do importante parente, fiz questão de colocar nos nossos filhos o nome Castro. Ficaram todos “Castro da Fontoura”. É a minha simples homenagem a tão importante figura da história brasileira. Espero que nossos filhos prezem, elevem e tenham eterno orgulho deste importante nome!

João Paulo da Fontoura, escritor titular da cadeira 26 da ALIVAT.

Unknown disse...

Grandemente interpretado pelo ator Alexandre Borges na minissérie Amazônia de Galvez a Chico Mendes. .