Taças nas mãos, recipientes cheios, erguem-se os braços e tilintam-se os cálices.
Repare que a taça tem, geralmente, o formato de uma meia esfera; que lhe falta a outra metade (superior) para tornar-se uma esfera completa, ou um ser integral, global.
Quando erguemos a taça (a meia-esfera visível) estamos, na verdade, em busca do seu complemento invisível no plano superior. Somente após este gesto "ritual" e que podemos sorver o seu conteúdo, na certeza de estarmos comungando com aquilo que elegemos de mais sublime e, conseqüentemente, tornando-nos um ser mais feliz e mais completo.
É como se déssemos permissão e boas-vindas aos espíritos das quatro direções (dos quatro ventos) que irão propiciar o fortalecimento da harmonia reinante em nós e entre nós.
A tradição xamânica dos índios norte-americanos afirma o valor do despertamento do homem em busca de sua verdadeira essência.
Faz parte dessa tradição, como um de seus elementos mais importantes, a cerimônia do "cachimbo sagrado da paz". Esse cachimbo, aceso de forma respeitosa e ritual, cria uma atmosfera de perfeita integração entre os participantes do grupo, sentados em círculo, geralmente ao redor de uma fogueira, com seus mentores no mundo invisível.
A semelhança é tal com o preparo e o uso que fazemos do mate, que encontramos os pontos de conexão entre esses primitivos rituais.
Fonte:
Wilson Tubino
Wilson Tubino
Nenhum comentário:
Postar um comentário