Lendo o Blog do Léo Ribeiro (o qual sempre faço, pois, sempre tem coisas mui interessantes e inteligentes) deparei-me com essa programação de Bailes:
Dia 03/09 - sábado - No CTG CAMPEIROS DO SUL, grande baile da cuca e da linguiça, que terá a animação do Grupo RAÇA GALPONEIRA. o CTG fica na Av. Maringá, 720, em Alvorada - RS.
Dia 03/09 - sábado. No CTG AMANHECER NA QUERÊNCIA, grande baile das invernadas, que será animado pelo Grupo BALNAÇO CAMPEIRO. Rua Tramandaí, 76, no bairro Jardim Alvorada, em Alvorada - RS
Dia 03/09 - sábado. No CTG BENTO GONÇALVES DA SILVA, jantar campeiro em benefício do Festival de Trovas Alvorada Gaúcha. No cardápio, comida campeira por apenas R$ 6,00 por pessoa. Endereço: O CTG fica na Rua Viamão, 1249, no Jardim Esplanada, em Alvorada - RS.
Tres bailes em Alvorada, nos CTGs que compõe aquela subcoordenadoria. Um anula o outro. Um CTG jamais visita o outro. Lembro-me de como era bom no tempo em que organizavamos caravanas para ir num baile em outro CTG. Muitas amizades. Muita festa.
Hoje os chamados Encontros Regionais são utilizados pelos patrões para divulgar o seu baile. Não discutem idéias. Não debates possibilidades. Não olham para o dia seguinte, pois é dificil ultrapassar a barreira do "um palmo à frente do nariz".
Em Santa Cruz vi um patrão dizer que não vinha pra reunião pra falar sobre organizar um desfile temático (Esse filme eu vi em Porto Alegre em 2003). Onde estão os homens com oratória, com idéias que venham a contribuir com o crescimento. Confudem tradição com ignorância. Confudem tradicionalismo com a própria tradição. Misturam cultura gaucha, com tradição e com folclore.
Há muitos anos (uns 25) ouço falarem: "O tradicionalismo vai se acabar! Está em queda!". Digo: não vai!!! Não está em queda. Em queda está a ideologia do homem. A retórica. O poder de convencer uma juventude cada vez mais questionadora. E sem debater ideias nos encontros, cada vez fica mais dificil mostrar um caminho para as novas gerações.
Um comentário:
Olá Rogério, meu grande correligionário da tradição, dá-nos saudades os encontros de patrões de antanho, onde as discussões ficavam nas esferas dos ideais, e os compromissos mútuos eram as chaves dos espíritos de co-irmandade que aflorava, principalmente nas visitações entre as entidades. Porém os encontros atuais viraram cumprimentos protocolares para atestar a sobrevivencia da organização. Acredito que na realidade atual não estaria errado os CTGs realizarem eventos simultaneos, até porque todos precisam aproveitar as melhores datas cujo o participante estará melhor aflorado nas guaiacas. A questão pertinente ao assunto é porque um nº tão grande de entidades tradicionalistas causando a fragmentação celular de uma ou mais comunidades de uma mesma localidade? Acredito que cada entidade deverá resgatar a essência estatutária e formalizar adequadamente o seu quadro social, este sim deve ser (hoje) o sustentátulo para as efetivas participações, não dependendo das visitas de outras entidades para glorificar sucesso no evento, devemos estimular as comunidades onde cada entidade originou-se, pois como vsa mesmo escreveu: divulga-se eventos nos encontros, mas a comunidade pouco sabe, esta interação deve ser recuperada.... Abraços...
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