A presença econômica dos Estados Unidos, na figura do Tio Sam, nos anos 40, pós-segunda guerra mundial, era muito forte, desde os padrões de comportamento, nas expressões artísticas, interferindo até mesmo na alimentação (o consumo da coca cola). Era o chamado “american way of life”.
Paixão Cortes (1981):
“Um CTG procura lembrar o mais fielmente possível a vida do gaúcho no passado, suas lides na fazenda, feitos e fatos do RS.[...] Assim o centro, ou o clube, é a Estância. Seu presidente, o Patrão, o Capataz corresponde ao vice-presidente, o Sota-Capataz que comumente é denominado de secretário. [...] O Agregado das falas é o orador. [...] Por fim vem o peão e a prenda, os sócios masculino e feminino e os piás, as crianças.”
Contrariando a perspectiva analítica de autores que dizem que o tradicionalismo, materializado dentro dos CTGs, é uma ideologia destinada a submeter as camadas populares, rurais e urbanas, aos seus princípios, Manoelito Carlos Savaris, vice-presidente da Confederação Brasileira da Tradição Gaúcha, enfatiza que: “estes (CTGs) promovem uma relação social saudável, de harmônica, buscando o bem coletivo, de cooperação, de respeito às leis e a ordem estabelecida”.
Dentro de uma perspectiva filosófica, de um dos criadores do tradicionalismo, Glaucus Saraiva da Fonseca:
“O tradicionalismo é um sistema organizado, planificado de culto, prática e divulgação desse todo que chamamos de tradição. Obedece a uma hierarquia própria, possui alto programa contido em sua “carta de Princípios”, que deve, na medida do possível, realizar e cumprir. Tradição, comparativamente, é o campo das culturas gauchescas (sic). Tradicionalismo, a técnica de criação, semeadura, desenvolvimento e proteção de suas riquezas naturais, através de núcleos que se intitulam CTGs.”
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