A mania dos cargos. Tu não és o Diretor. Tu não és o Presidente, o posteiro, chefe da equipe, prenda de faixa, peão de crachá, avaliador, julgador e coisa e tal. Tu “estás” alguma dessas funções. Porque embora a gente se apegue tanto a títulos, cargos e posições, infelizmente, elas se vão. São trocadas, suprimidas, dispensadas, desaparecem. O teu cargo, como as entidades, não é para sempre. Tudo passa. Tu não. A tua marca não. Por isso cuide dela.
O que fizeres na vida, ecoará na eternidade – Frase do filme: O Gladiador -. A tua marca pessoal só irá desaparecer quando te fores. Mesmo assim, se tu quiseres, ainda pode mudar tudo. Tu podes mandar tudo pras favas e partir para uma reengenharia. Se lançar de novo no mercado. Transformado. Com a rota alterada. Pode começar de novo quantas vezes for preciso.
No tradicionalismo e na nossa vida, não somos seres racionais, pelo contrário, somos movidos pela emoção. Isso, em torno dos cargos e de seus benefícios mundanos. E sabemos: Entidade forte, sala com cadeira exclusiva, caneta na mão, mate novo, poder de decisão, o trabalho de pessoas em tuas mãos, isso amolece o racional de muita gente. Eu diria que ter o poder de decidir, ter a caneta na mão, torna as pessoas mais bonitas e poderosas, mesmo que não sejam.
Gerir a tua marca pessoal e teu cargo, deve sempre pensar num ditado popular: “o cachorro não abana o rabo para você, mas para o prato que você tem nas mãos”. Nesse caso, pode ser apenas o teu cargo. Quando ele se vai, se vão os “amigos”, aqueles que riam e faziam festa contigo, depois que o cargo se for, eles vão junto.
É sempre bom ter em mente, que nossa reputação, não cresce com o número de pessoas que nos assediam, ou mesmo, as que baixam a cabeça com os gritos e decisões. O nosso valor pessoal está nas reações, nos sentimentos e nas transformações que provocamos nas pessoas com quem lidamos, sejam elas: amigos, prendas e peões dos CTGs, colaboradores, concorrentes em rodeios... E no rastro que deixamos nas nossas relações num mundo que é cada vez mais individualista, mas que procuramos deixá-lo baseado em relacionamentos e reciprocidade, fica a dica: Não se prenda a cargos, eles são muito pequenos, efêmeros e duram muito pouco. Lembre do ditado: “Não pise nas pessoas quando estiveres subindo, tu podes voltar a encontrá-las... quando estiveres descendo.”
Um comentário:
Bueno Indio Velho! Lindaço estes teus escritos. Lindos preceitos a serem seguidos. Deveríamos "esparramá-los" na Capital Federal também. Mas de sorte que nós devemos honrar nosso velho fio de bigode, tão em desuso. Vivemos época de usos em desusos e costumes desacostumados.
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