Quando Glaucus Saraiva propôs a nomenclatura, da sociedade civil, denominada Centro de Tradições Gaúchas, utilizou uma hierarquia campesina, que lembrava a vida no campo. O Patrão, que administrava a estância, morava na casa grande, enquanto os demais ficavam nos galpões, em seus postos, ou invernadas. O presidente do Centro, ou do CTG, denominado Patrão, administrava a entidade após ser eleito pelos associados desta, como fazia na estância.
O eleito, pelos associados, ficava com a incumbência de gerar receitas, pagar as contas, mediar conflitos, responder pela entidade durante sua gestão. Com o tempo surgiram muitas entidades e dividiram o público. Uma “mão invisível neste mercado” tratou de oferecer mais entidades numa proporção maior que seus simpatizantes, de forma que, aconteciam eventos acumulados no mesmo dia. Os eventos começaram a dar prejuízo.
O maior trunfo dos CTGs, para oferecer aos freqüentadores, sempre foi os grupos de danças. A oportunidade de dançar em rodeios, em apresentações, em viagens, e no ENART (Encontro de Artes e Tradições Gaúchas) atraiu crianças e adolescentes e suas famílias. Mas com o tempo as administrações dos CTGs acabaram esquecendo detalhes importantes como o de oferecer vantagens aos associados, cuidar de documentos básicos, como entrega de imposto de renda (mesmo isentos tem que ser entregues), Rais, registro de atas de posse de diretoria, alterações na Receita Federal do administrador, enfim, os centros começaram a ser tratados como “galpões da estância”, locais de encontros artísticos e campeiros, passando de administração para administração sem cumprir com exigências básicas de filiados a uma federação.
Quando eram poucas entidades (no primeiro congresso existiam 38 CTGs), e novidade, os centros atraiam simpatizantes na proporção de seu crescimento. A proliferação por todo o estado fez nascer entidades muito próximas umas das outras. Os administradores passaram a ter dificuldades em promover eventos e atrair associados. Em muitos lugares surgiram “patrões” que não entendiam o conceito desta palavra, pela denominação dada pelos pioneiros, e achavam que eram “donos” da entidade, ficando muitos anos na administração, sem evoluir e sem conseguir enxergar os erros. Sem motivação a entidade começou a perder associados, ficando somente os membros de invernadas.
A cultura sofrendo ruptura de paradigmas, as ferramentas da administração mudando, uma nova visão de gestor surgindo no mercado e os CTGs sendo administrados de uma maneira não compatível com os novos tempos. A confusão exercida sobre os conceitos entre tradição e tradicionalismo, mostra o despreparo. A tradição, vista como o ato de transmitir elementos através de gerações não é o mesmo que o tradicionalismo, como movimento para o futuro, com base nas novas gerações e na atualização dos meios de contribuir com a difusão das tradições.
A confusão faz com que muitos interpretem que, o Patrão, não tem que seguir as ferramentas da modernidade, o uso da tecnologia, de buscar os conhecimentos para o desenvolvimento de seus “galpões”. Em viagens onde, a federação dos CTGs (MTG), promoveu cursos, foi possível constatar que faltava conhecimento para o desenvolvimento do cargo como: Conhecimento dos estatutos da entidade, dos principais documentos do tradicionalismo, de desenvolvimento de projetos culturais, faltava disponibilidade para mudanças, visão global, planejamento, conhecimento da missão do CTG, enfim, dúvidas e dificuldades que acabaram gerando a problemática para este trabalho.
Quando não há sincronia com os membros da equipe que administram o CTG acabam ocorrendo desgastes, a moral se desgasta, por que a diretoria não está produzindo à altura de sua capacidade, seus membros recebem funções erradas por falta de liderança. As patronagens, ou diretorias, com pessoas erradas nos lugares errados, ocupando cargos simplesmente por ocupar, geram uma regressão na entidade. Mas colocar as pessoas erradas nos cargos certos leva a frustração e, as pessoas certas, nos lugares errados acabam gerando uma confusão no CTG. O estudo feito ao longo dos anos nos mostrou que os patrões, em sua grande maioria, ao não verem uma resposta para as suas dificuldades, abandonam a missão da entidade e tentam todas as possibilidades sugeridas pelos seus membros.
Quando eram poucas entidades (no primeiro congresso existiam 38 CTGs), e novidade, os centros atraiam simpatizantes na proporção de seu crescimento. A proliferação por todo o estado fez nascer entidades muito próximas umas das outras. Os administradores passaram a ter dificuldades em promover eventos e atrair associados. Em muitos lugares surgiram “patrões” que não entendiam o conceito desta palavra, pela denominação dada pelos pioneiros, e achavam que eram “donos” da entidade, ficando muitos anos na administração, sem evoluir e sem conseguir enxergar os erros. Sem motivação a entidade começou a perder associados, ficando somente os membros de invernadas.
A cultura sofrendo ruptura de paradigmas, as ferramentas da administração mudando, uma nova visão de gestor surgindo no mercado e os CTGs sendo administrados de uma maneira não compatível com os novos tempos. A confusão exercida sobre os conceitos entre tradição e tradicionalismo, mostra o despreparo. A tradição, vista como o ato de transmitir elementos através de gerações não é o mesmo que o tradicionalismo, como movimento para o futuro, com base nas novas gerações e na atualização dos meios de contribuir com a difusão das tradições.
A confusão faz com que muitos interpretem que, o Patrão, não tem que seguir as ferramentas da modernidade, o uso da tecnologia, de buscar os conhecimentos para o desenvolvimento de seus “galpões”. Em viagens onde, a federação dos CTGs (MTG), promoveu cursos, foi possível constatar que faltava conhecimento para o desenvolvimento do cargo como: Conhecimento dos estatutos da entidade, dos principais documentos do tradicionalismo, de desenvolvimento de projetos culturais, faltava disponibilidade para mudanças, visão global, planejamento, conhecimento da missão do CTG, enfim, dúvidas e dificuldades que acabaram gerando a problemática para este trabalho.
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