Fazem 14 anos que cruzamos, a pata de cavalo, o litoral gaúcho. Tudo começou com um convite despretencioso do Piquete 33 da Alvorada. Dali em diante, desde a 14ª Cavalgada do Mar, foram sucessivos passeios pelo litoral gaucho. As vezes me perguntam: "- O que vocês acham de graça em se queimar no sol, com um monte de roupa, judiando do cavalo... Pra quê?"
A resposta é simples, pelo menos pra nós: Não é um sacrificio. Fazemos este passeio à cavalo (mais de 200km), com sol forte, ou chuva e vento, por motivos simplórios. Vejamos:
- tempo que estamos a cavalo convivemos em família real e com nossa família imaginária, nossos amigos e vizinhos;
- Trabalhamos em equipe, todos tem uma função;
- Exercemos liderança e apoio uns aos outros;
- Meu filho, a exemplo meu e de meu irmão, convivemos mais com nossos pais, ele também convive comigo, troca idéias, traça planos para o ano, como se fosse um Congresso nosso;
- Ensinamos os mais jovens o respeito e a educação. Os trabahos e lides campeiras. Não basta colocar uma pilcha, um chapéu, bombacha, e espora. Tem que saber o simbolismo daquela roupa. Não basta viver a sombra da memória de nossos antepassados para ser alguém... temos que trilhar nosso caminho, escrever a nossa história. O que meu pai foi... foi a vida dele. Com os ensinamentos dele e de nossa mãe, escrevemos a nossa própria história.
Não é a toa que somos cavaleiros do Rio Grande do Sul. Preparamos nossos cavalos. Respeitamos o animal. Mantemos a familia unida permanentemente. Este ano, com um complemento, o nosso piquete: Um Moto Home. Tranquilidade contra os vendavais de 2011. Mas nós, eu e o Jean, deveremos ficar acampados em nossas barracas. Daremos melhor comodidade aos mais velhos. Afinal, eles merecem. Nos deram a vida e parte da vida deles para que chegassemos aqui.
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