sábado, 3 de março de 2012

O problema de um é o problema de todos


Em junho de 2012 vai fazer três anos, quando,pela primeira vez, organizei um Sarau no MTG pra discutir a Copa de 2014. Fui bastante criticado. Coisas do tipo: O que o MTG tem a ver com a Copa do mundo. Isso é problema do Governo e da CBF. Três anos depois vejo o quanto não avançamos. Os clubes que estavam se preparando para isso ainda não estão preparados. No Rio Grande do Sul, que irá receber turistas de tantos lugares nós ainda não preparamos nossos CTGs.

O prefeito Fortunatti, com quem fiz contato em janeiro de 2009, falou duas horas sobre a importância para a cidade quando grandes eventos acontecem lá. A movimentação econômica, a geração de empregos, as melhorias que são feitas (não é diferente quando um concurso de prendas acontece numa cidade – Alvorada tem até hoje, em frente a Prefeitura uma cuia e uma chaleira gigante – Resultado do concurso estadual de prendas que aconteceu lá). Normalmente não são mensurados pela comunidade os benefícios.

Quem vem ao Rio Grande do Sul vem pra  assistir aos jogos, é óbvio, mas quer conhecer a cultura local. Fotografar. Filmar. Levar pro mundo um pedacinho do nosso estado. O turista vem deixar valores com suas compras e levar um pouco do que temos aqui. E o que vamos mostrar hoje? Os CTGs tentaram se preparar pra copa? Buscaram melhorias? Não podemos continuar pensando que o problema é do governo.

Parábola:

Certa vez um rato olhou pelo buraco da parede e ficou aterrorizado quando viu o fazendeiro armando uma ratoeira. O rato saiu correndo para comunicar outros animais. Quando avisou a galinha, ela disse:
— Mas isso não é problema meu não me incomoda nem um pouco.
O rato foi avisar o porco, mas ele também disse que nada podia fazer, pois não era problema seu.
O rato foi, então, avisar a vaca sobre o perigo da ratoeira, mas ela pouco lhe deu atenção. Também não era problema dela.
 Naquela noite, a dona da casa foi à cozinha para ver se algum rato havia ficado preso na ratoeira, mas como estava escuro ela não viu uma cobra venenosa, que a picou.
A mulher adoeceu e, no dia seguinte, amanheceu com febre. Resolveram matar a galinha porque o doente se recupera com uma boa canja.
No fim de semana, muitos amigos foram visitar a mulher doente e, para servir-lhes o almoço, o fazendeiro resolveu matar o porco.
A mulher não melhorou, vindo a falecer. Tanta gente compareceu ao enterro que o fazendeiro foi obrigado a matar a vaca para poder alimentar os amigos.

Lembre-se no seu CTG, sua empresa... quando voce for solicitado a ajudar em alguma tarefa, que aparentemente não seja de sua conta. Lembre-se: O Problema de um normalmente atinge todos.

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