O salão do CTG Tropeiro Lagoense, de André da Rocha, lotou ontem como há muito não se via. Não houve baile e nem mesmo um único acorde de gaita foi ouvido. A comunidade do município da serra se despedia de um de seus filhos mais moços, e talvez por isso, um dos mais queridos.
O pequeno laçador Guilherme de Oliveira Jacques, sete anos, morreu no domingo após cair da égua que costumava montar, e foi enterrado ontem.
Após a queda, Guilherme foi arrastado por mais de 200 metros. O primo Edgar José Jacques Vieira, conta que o menino deixou cair a rédea e quando tentou pegá-la perdeu o equilíbrio. A égua então teria se assustado e disparado com Guilherme preso ao estribo. Com diversas fraturas ele não resistiu aos ferimentos.
Filho do patrão do CTG, José Alberto Jacques, no momento do acidente o pequeno peão fazia o que mais gostava: treinava laço para competições. A égua, com a qual ele também ajudava na lida de campo, foi adquirida pela família dois anos antes.
- Ele sempre montava sozinho. Mas bicho é bicho, nunca se sabe o que vai acontecer - lamenta o primo.
O Primo de Guilheme, Edgar José Jacques Vieira conta que o menino deixou cair a rédea e, quando tentou pegá-la, perdeu o equilíbrio e caiu. A égua então teria se assustado e disparado, com Guilherme preso ao estribo. Socorrido com diversas fraturas, ele não resistiu aos ferimentos.
Acostumado ao lombo dos cavalos desde os dois anos, Guilherme era conhecido na região pelos prêmios que ganhou como laçador. A família vive em uma propriedade, distante cerca de 7 quilômetros do centro de André da Rocha, e a convivência com os animais era diária.
Estudante do segundo ano da Escola Municipal Dr. Manoel Vieira da Fonseca, o menino seguia os passos do irmão mais velho, Jean, e do pai, acostumados a colecionar troféus em rodeios.
Fonte: Álisson Coelho
Zero Hora
Um comentário:
Infelizmente o Rio Grande perde uma promessa do tradicionalismo.
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