quinta-feira, 12 de julho de 2012

Entrevista com Marco Ávila, Eco de Julho


Acadêmico de Educação Física, na UNISINOS, e professor de ginástica nas modalidades Power Jump, Jump Fit e Ki-Max em academias, Marco Aurélio Machado Avila,  é praticante de jiu-jitsu, mas sua paixão mesmo é a dança gaúcha. Começou dançando no CTG Estância de Sapucaia (Sapucaia do Sul), depois Lanceiros da Zona Sul (Porto Alegre) e, por último, no CTG Aldeia dos Anjos (Gravataí).

As viagens foram o ponto alto de sua vida tradicionalista, ou melhor, a recompensa, pois sempre sonhou em mostrar seu trabalho em outras querências. No Brasil, participou de festivais de folclore em São Paulo, Pernambuco, Minas Gerais, Bahia e Goiás, além de várias edições do festival de Passo Fundo; no exterior, esteve na Argentina (1992 e 2010), Canadá (1996 e 2001), Estados Unidos (1996), Espanha (1997), Portugal (1997/ 1998), França (2007/2011), China (2009/2011), Bélgica (2011) e Holanda (2011) e, em 2012, na Bélgica, França e Holanda novamente. Para ele, conhecer o mundo não tem preço.

ECO – Quando começastes no tradicionalismo e esta belíssima carreira de instrutor de danças?
Marco - Trabalho como instrutor de danças gaúchas desde 1988, começando com o grupo mirim do CTG Estância de Sapucaia. Em 1989, passei a dançar no grupo adulto do CTG Lanceiros da Zona Sul onde fiquei até o final de 1990, fazendo grandes amigos lá. Como já estava namorando com a Cármen, em 1991 me transferi para o CTG Aldeia dos Anjos de Gravataí, onde estou até hoje. Passei a instruir a invernada mirim desta entidade e, desde o início de 1994 sou o posteiro e instrutor deste grande CTG completando, em 2012, 19 anos a frente do grupo adulto.
Gostaria de agradecer aqui a duas pessoas que são exemplos de conduta e que me inspiraram  na minha carreira tradicionalista  que são Argeu, de Esteio, um dos meus primeiros instrutores, e ao Paulinho Gnoatto, de Gravataí, meu padrinho de casamento, parceiro e motivador de todas as horas.

ECO – Que grupos trabalham hoje?
Marco - Hoje trabalho com os CTGs Estância da Serra (Osório), Gildo de Freitas (Porto Alegre), Thomaz Luiz Osório (Pelotas), Guapos do Itapuy (Campo Bom), Rancho de Gaudérios (Farroupilha), Mata Nativa (Canoas), Estância do Campo Grande (Estância Velha) e Tarca (Montenegro).

ECO – Dos grupos trabalhados, destaque passagens interessantes que marcaram na sua vida.
Marco - Fui instrutor do grupo juvenil do CTG Aldeia dos Anjos, campeão estadual em 2010, durante o 8° JUVENART.   Participei de nove, dos DEZ títulos estaduais do CTG Aldeia dos Anjos (1987, 1992, 1994, 1996,  1997, 2000, 2001, 2005, 2006 e 2009) e hoje sou o diretor do grupo.

Tive grandes trabalhos premiados como Estância do Montenegro (3° lugar - 1996), Estância da Serra (5° - 1999, 3° - 2000 e 4° - 2001), Tebanos do Igaí (4° lugar - 2002), Gildo de Freitas (3° - 2003 e 5° - 2005), União Gaúcha ( 5° - 2001 e 4° - 2006) e em 2007, Ivi Maraé (5° lugar).

Em nível nacional, tive o grato prazer de ter trabalhado em Goiás, no CTG Querência de Rio Verde, sendo vice-campeão brasileiro em 2003 e 2005 com o grupo adulto. Em 2009, trabalhei em Toledo/PR, no CTG Chama Crioula, onde fomos campeões na categoria mirim e finalistas na adulta e juvenil. Também, no mesmo ano, uma parceria no CTG Tarca Nativista, de Pato Branco/PR resultou nos títulos nacionais da categoria adulta e chirú. Muito gratificante os grandes amigos que consegui nesta jornada. Campeão nacional novamente com o CTG Tarca Nativista, nas categorias adulta e juvenil, no ano de 2011.
ECO – Por que, na tua opinião, é tão difícil se chegar a um consenso quando se trata de danças tradicionais?
Marco - Porque, como é um meio de competição, não temos a visão do todo em primeiro plano. A oportunidade de fazer parte do grupo de autores do livro Danças Tradicionais, lançado pelo MTG, foi algo realmente importante no sentido de ver o meio das danças no RS como um todo, buscando a melhoria na propagação dos conhecimentos referentes a este assunto e a facilidade de acesso. O grande lucro de tudo isso foi poder aprender com meus colegas de trabalho e compartilhar experiências.

ECO – O que tu sugere como motivador para os grupos que estão se preparando pra concorrer em rodeios ou mesmo no ENART?
Sugiro muita paciência e perseverança. Nada se consegue sem organização e estratégias a médio e longo prazo, com um grupo motivado e bem orientado.


Fonte: Jornal Eco da Tradição
Mes de Julho 2012

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