Assunto desta semana nas redes sociais gaúchas: Projeto de lei, 2086/2011, que tramita na Câmara Federal, pode acabar com uma das mais antigas atividades campeiras do povo gaúcho. A autoria é do Deputado Ricardo Tripoli (PSDB/SP).
As campanhas estão a mil nas redes sociais. O repoter Farroupilha, Giovani Grizotti postou: "O texto do projeto cita provas realizadas durante a Festa do Peão de Boiadeiro, em Barretos (SP) e refere a morte de um animal que teve a coluna vertebral quebrada durante uma prova."
O argumento do deputado:
"-Eu acho que onde tem os maus tratos de animais, nós devemos abolir esse processo e retirá-los. Era uma cultura brasileira a escravidão e não é mais hoje,"
Do G1 - Repórter Farroupilha:
"A proposta, que antes de ir a plenário, precisa ser aprovada nas comissões de Turismo, Meio Ambiente e de Constituição e Justiça, deixou os praticantes do esporte em alerta. Nas redes sociais, já circulam campanhas contra o projeto. Em jogo, está uma indústria que no Rio Grande do Sul movimenta 1,2 milhão de pessoas, segundo o MTG. São cerca de 38 mil laçadores e 40 rodeios por mês durante a temporada que vai de outubro a maio."
CBTG:
Manoelito Carlos Savaris, Presidente da Confederação Brasileira da Tradição Gaúcha (CBTG), pediu aos Presidentes dos MTGs e demais federações, para que pressionem os deputados em cada estado a votarem contra a proposta.
A bancada gaúcha do Congresso:.
O deputado Vilson Covatti (PP) romete votar contra, caso o projeto passe pelas comissões e vá a plenário. "-Não é nos rodeios que está se judiando, maltratando animais, nós estamos, acima de tudo, garantindo uma atividade cultural que nasceu na essência, na cultura, defende Covatti - para o G1".
Opinião do BLOG:
Li muitas manifestações, umas a favor, outras contra, cheguei a ler que os animais passam o dia no sol nos rodeios (e ai penso, que nos campos, nas invernias, eles não ficam expostos ao tempo, mas...). Eu ia sugerir que colocassem os boizinhos dentro da sala com ar condicionado, o cavalo também... mas vamos falar sério. Temos dois cavalos, o falcão e o tordilho. Eles tem uma vida de reis, pois o gaúcho trata o seu cavalo como um rei. Eles comem pela manhã sua ração diária saem pra pastar, trabalham a tarde em exercícios físicos preparando para cavalgada, comem um lanche de tarde (é, lanche, melancia, banana, cenoura e pedaços de maça). À tardinha, as vezes, saem pra mais uma volta, e na hora da cocheira, entram com pasto e ração com milho. Todas refeições recebem aguá em abundância.
O gado, que corre, que é laçado, não sofre maus tratos. É um gado cuidado, alimentado, que tem agua, sim, e que logo, logo, será abatido para gerar carne pros churrascos. É o ciclo da vida. Claro que quem não come carne, já vai contra. A gineteada gaúcha em nada tem a ver com maus tratos para o cavalo. Tem muita opinião de gente que não conhece as lides campeiras do Gaúcho e fica dando opinião por não comer carne e não gostar das cosias do nosso chão. Olha a musica que o João Luiz Correa fez pro deputado:
E tu? O que tu achas disso tudo?
2 comentários:
Acho linda a cultura gaúcha e necessário que se preserve, inclusive o tiro de laço ( e nao venham com "laço comprido", porque isso nao é expressão gaúcha. Nao tenho dúvida de que na maciça maioria, os nossos cavalos são bem tratados, todavia é necessário que se fiscalize o que acontece com a boiada que corre nos rodeios. Aí está o "calçanhar de aquiles", e não será difícil para o tal deputado colher imagens que provam e sustentam a razão de ser do tal projeto de lei. Muita prudência nesta hora.
Só sei que esse deputado é totalmente louco, sem noção e que tem que ler as regras dos rodeios antes de querer impor leis sem fundamento...
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