A expressão da fé, as margens das estradas gaúchas.
A fé acompanha o homem desde os
seus primórdios e, trata-se da convicção em algo, mesmo sem critérios de
comprovação. Geralmente, a fé está relacionada a questões emocionais e serve de
explicação para grandes conquistas.
O povo gaúcho destaca-se por sua
fé. A religiosidade no Rio Grande do
Sul acompanha a história de sua formação. Inicialmente, os índios apresentavam
forte crença em seus “deuses” e atribuíam a eles, tudo
que lhes acontecia de bom ou mal.
A chegada dos padres jesuítas ao
pampa gaúcho traz uma nova religião, o
cristianismo. E aos índios catequizados, foi ensinada a doutrina dessa nova
fé, onde um Deus único e onipotente
julgava seus fiéis. E foi aproveitando a fé dos nativos, que os jesuítas
construíram as reduções e prosperaram durante anos, promovendo a igreja católica e sua filosofia.
Bem mais tarde, a chegada dos
imigrantes, em especial italianos e alemães, reforçou a religiosidade do estado
que ainda hoje, carrega profundos traços dessa influência.
Muitos dos cultos foram
agauchados, a tradicional missa recebeu uma versão tradicionalista através da
“missa crioula” e, muitas atividades campeiras, receberam “santos
padroeiros” da Igreja Católica, a exemplo dos ginetes, que são amadrinhados por
Nossa Senhora Aparecida, por
defendê-los das quedas perigosas e não raro da morte nas patas de algum cavalo
caborteiro.
Outra mostra da religiosidade que
acompanha o gaúcho, são as inúmeras grutas
e capelas que margeiam as estradas do Rio Grande do Sul. São marcas da fé e
da gratidão dos fiéis, que por motivos diversos agradecem as graças alcançadas
e enfeitam com flores coloridas, velas e imagens, os caminhos do estado, ou
mesmo, alertam para os perigos daquela via.
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