sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Caminhos da Fé


A expressão da fé, as margens das estradas gaúchas.

     A fé acompanha o homem desde os seus primórdios e, trata-se da convicção em algo, mesmo sem critérios de comprovação. Geralmente, a fé está relacionada a questões emocionais e serve de explicação para grandes conquistas.
     O povo gaúcho destaca-se por sua fé. A religiosidade no Rio Grande do Sul acompanha a história de sua formação. Inicialmente, os índios apresentavam forte crença em seus “deuses” e atribuíam a eles, tudo que lhes acontecia de bom ou mal.
     A chegada dos padres jesuítas ao pampa gaúcho traz uma nova religião, o cristianismo. E aos índios catequizados, foi ensinada a doutrina dessa nova fé, onde um Deus único e onipotente julgava seus fiéis. E foi aproveitando a fé dos nativos, que os jesuítas construíram as reduções e prosperaram durante anos, promovendo a igreja católica e sua filosofia.
      Bem mais tarde, a chegada dos imigrantes, em especial italianos e alemães, reforçou a religiosidade do estado que ainda hoje, carrega profundos traços dessa influência.
     Muitos dos cultos foram agauchados, a tradicional missa recebeu uma versão tradicionalista através da “missa crioula” e, muitas atividades campeiras, receberam “santos padroeiros” da Igreja Católica, a exemplo dos ginetes, que são amadrinhados por Nossa Senhora Aparecida, por defendê-los das quedas perigosas e não raro da morte nas patas de algum cavalo caborteiro.
       Outra mostra da religiosidade que acompanha o gaúcho, são as inúmeras grutas e capelas que margeiam as estradas do Rio Grande do Sul. São marcas da fé e da gratidão dos fiéis, que por motivos diversos agradecem as graças alcançadas e enfeitam com flores coloridas, velas e imagens, os caminhos do estado, ou mesmo, alertam para os perigos daquela via.

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