Ele começou no 35 CTG em 1982 e deu vasta contribuição ao
tradicionalismo no passado e foi braço forte da 1ªRT por muitos anos
Muito embora
porto-alegrense, desde cedo admirava os usos e costumes do povo rio-grandense.
Talvez algum “gene” herdado de seu avô e de seu pai, tropeiros nos campos de
Bagé (seu pai era natural de Aceguá). Quando jovem, procurou assistir algumas
atividades, com alguma dificuldade, porque as mesmas eram pouco divulgadas na
época. Mais tarde, seus estudos e, posteriormente, o exercício de sua atividade
profissional (exercito brasileiro), o mantiveram afastados de Porto Alegre e,
até mesmo do Rio Grande do Sul, por quase 15 anos.
Quando retornou
definitivamente ao Rio Grande do Sul, em 1982, a força interior falou mais alto
e associou-se ao “35” CTG, onde iniciou as atividades tradicionalistas. Logo em
seguida, convocado pelo então Patrão, Rodi Pedro Borghetti, passou a fazer
parte da patronagem do CTG. “Conheci
outras entidades e passei a colaborar, também, com a Região que tinha, na
época, o companheiro Nelson Mileski como coordenador. A partir de então participei
ativamente das atividades normais, tais como apresentações artísticas, reuniões
e eventos dos CTG e da Coordenadoria, Semana Farroupilha, convenções e
congressos, além de ministrar diversas palestras e coordenar concurso de prenda
em todo estado” – conta o coronel Raul.
No MTG exerceu
diversas funções e foi secretário geral em três gestões. Durante este período,
além de todos os Congressos e convenções participou do conselho do MTG. “Participamos, ainda, da atualização do
Regulamento do FEGART, em Farroupilha,e, por diversos anos, da montagem,
organização e execução dessa atividade” – relembrou emocionado.
Raul e sua esposa,
dona Lucí, também foram encarregados de diversos concursos de prendas em nível
de CTG, regional e estadual. Para evitar qualquer tipo de comentário, as provas
das três categorias eram elaboradas, datilografadas e impressas por mim.
“Chamou-me atenção a pouca participação dos
patrões da nossa região nos Congressos. A realização dos mesmos, normalmente no
interior do estado gerava necessidade de deslocamento e algum tempo livre além
dos problemas das atividades profissionais, financeiros e familiares. Desta
maneira, tinham muito pouco conhecimento do desenrolar do mesmo”-
confidenciou Dias. Tentando minimizar o problema criaram em 1996 o Congresso
Tradicionalista Regional. logo batizado de CONTREG. Para isso, com o
regulamento do Congresso Tradicionalista em mãos, adaptaram-no, item por item,
às peculiaridades regionais. Raul recebeu um diploma de homenagem em 2003, por
ocasião do Oitavo CONTREG.
“O resultado de
tudo isto está consubstanciado no Diploma que ora me foi outorgado de “
CONSELHEIRO BENEMÉRITO”. Tenho dúvidas deste merecimento e tenho certeza que
outros o mereceriam mais do que eu. Tal fato, no entanto, não impediu de
abalar-me emocionalmente e me encher de orgulho e satisfação. Lamentei
profundamente e com o coração partido, a impossibilidade de recebê-lo durante a
convenção em Pelotas. Possuo dezenas de Diplomas de participação nos mais
diversos e diferentes eventos, de Sócio Honorário de alguns CTG, de “Amigo do
35” e o Troféu Pioneiro.
Hoje, totalmente
afastado de tudo e praticamente impossibilitado de me locomover, convivo apenas
com as gratas e saudosas lembranças dos grandes amigos que deixei neste meio.
Pessoas, locais e atividades diferenciadas estão indelevelmente guardadas no
escaninho de minhas mais valiosas recordações”. – falou emocionado o Coronel
Raul Pereira Dias.
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