Um dos integrantes da tropa militarizada de João de
Magalhães, Jerônimo de Orneias Menezes e Vasconcelos, natural da Ilha da
Madeira, fixou residência no Morro de Santana, antes de 1732. Em 05/11/1740,
obtinha ele posse definitiva de suas terras. Sua fazenda aparece nos livros
eclesiásticos com o nome de "Sítio do Dorneles".
O sítio, por ocasião
da tomada das Missões e da entrada dos açorianos, que chegavam pela Lagoa dos
Patos, tomou importância como meio caminho entre Rio Grande e as Missões. Ficou
sendo lugar de pouso e espera para a gente açoriana que se destinava a povoar a
região missioneira.
Desde 1753, o Sítio de Dorneles aparece com o nome de
"Porto do Dorneles". Já a partir de 1757, recebe a denominação de
"Porto dos Casais". Os açorianos não se destinavam a fundar Porto
Alegre, a maioria rumou para Santo Amaro e Rio Pardo. Com a chegada de José
Marcelino de Figueiredo, em 1769, a situação dos poucos açorianos do Porto dos
Casais principiava a melhorar, pois iniciava-se a fundação de um povoado, com a
construção da Ermida de São Francisco das Chagas.
O Rincão de São Francisco foi desapropriado. A pedido do
governador José Marcelino de Figueiredo, o Bispo do Rio de Janeiro, D. Frei
António do Desterro, criou, em 26/03/1772, a freguesia de São Francisco, orago
que em 18/01/1773 seria mudado para Nossa Senhora Madre de Deus de Porto Alegre,
talvez em homenagem à princesa D. Maria, filha de D. José I, e à famosa rainha
D. Maria I, mãe de D. João VI.
A povoação progredia com descendentes açorianos, emigrados
sacramentinos e, sobretudo, com 60 paulistas trazidos pelo Gen. Gomes Freire de
Andrade. Em 24/07/1773, o governador Marcelino transferiu de Viamão para cá a
sede da Capital da Província. Em 1780, a freguesia contava com 1.200 habitantes.
Em 19/09/1807, com a criação da Capitania Geral, Porto Alegre passou a ser sua
capital, sendo elevada à categoria de vila em 23/08/1808.
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