Alguns centros de influência mundial ditaram moda na
arquitetura, literatura, vestimentas, entre outros, e não seria diferente na
dança. Estes polos urbanos destacaram-se por possuírem cultura mais avançada do
ponto de vista sócio-econômico e intelectual.
Em determinado momento da história, os polos de irradiação
das danças foram: Espanha, Portugal, França e Áustria. Isto não dizer que eles
foram os únicos criadores, mas sim, os principais divulgadores das danças para
o mundo através de sua influência cultural.
O sociólogo francês Gabriel Tarde nos diz na sua obra
"Lei da imitação": "Sempre se verá a nobreza em tudo o que dela
dependa imitar aos Reis, seus senhores, e à plebe, no que lhe seja possível,
imitar a nobreza".
Uma dança com novas características, para ser aceita pela
totalidade das classes sociais, precisa antes ser praticada, de maneira
duradoura e persistente, pelos grupos sociais superiores, isto é, àqueles de
maior eficiência e prestígio sócio-cultural.
Os grupos sociais mais modestos irão, gradativamente,
assimilando as novas danças já prestigiadas pela elite. Entretanto, há sempre
um período de paralelismo, quando as danças novas encontram-se com o que já
havia antes, formando posteriormente, uma dança híbrida, ou seja, uma nova
dança com características do antigo e do novo, até que a influência das altas
classes desaloje do híbrido a parte mais antiga.
Pelo fato de uma dança levar muitas décadas ou até mesmo um
século desde o surgimento, no centro de irradiação, até chegar aos mais
longínquos redutos, muitas vezes já havia desaparecido no foco original.
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