DOENÇAS DO CAVALO E COMO CURÁ-LAS
Peste do garrotilho é tosse provocada por
inflamação da “güéla” do animal, que expele “pus pelas ventas”; o remédio
campeiro é “queimar pano junto às ventas do bicho”, diz-se em Cruz Alta.
‘“Embeber uma bucha com
creolina e por nas ventas do animal até que espirre” (Alto Uruguai). Dá-se
“para o animal comer frutilha e folha de cinamão” (cinamomo – Mélia
Azedarachl.) (Taquari).
Para o animal abombado, quando
cansou, porque correu demais “dá-se um banho e larga-se para que role nas
gramas”.
Mal de vasa, também chamado de
mal do casco ou broca é aparecimento de fenda no casco. Como meio de cura,
“limpam o casco com faca e põem, em cima da rachadura, açúcar mascavo ou
pedaços de rapadura e passa um ferro quente em cima”. Outra receita: “limpa,
põe sebo ou breu e passa um ferro quente”.
Quanto o animal é picado por
bicho venenoso, é costume em Bagé “colocarem, sobre a mordedura, querosene com
sal”.
“Cavalo quando péla nas cruz,
se passa em cima a tisna da panela”.
“Quando se sai a cavalo, o
animal esquenta; se desencilha e larga na geada, dá sarna; prá curá se passa
querosene”.
“Cavalo
abichado da pata, se bota creolina na bichera”.
Há quem
recorra a benzedores para curar as bicheiras, usando “palavras santas” e certos
ritos. A maioria dos benzedores não as ensina para não perderem “o poder”.
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