Há quanto tempo participa do ENART?
Efetivamente na final, desde 2010. Mas quando bem mais nova (15/17 anos), cheguei a participar das “macro” regionais do FEGART, na época ainda representando o CTG Prenda Minha, de Bagé (18ª RT), mas naquela época não passei para final. Em 2010 estive na final, mas não classifiquei para o domingo. Em 2011 quase fui desclassificada na inter-regional de Campo Bom, por ter cantado a música “Parentes na África”...(risos)... Na final, fiquei em 4º lugar. Em 2012, conquistei o 3º lugar.
E em 2013, graças a avaliação de uma comissão dotada de muita sensibilidade e SEM PRECONCEITOS, conquistei o 1º lugar.
Como foi usar duas pilchas diferentes, para representar a música sorteada ou foi um “acaso”?
Na verdade não houve “acaso”. Como diria o Chapolin... (risos)...tudo foi friamente calculado. (risos). Para o sábado levei 3 músicas em que pudesse usar a mesma indumentária e cabelo (O silêncio dos meus olhos, Quando a saudade anda a cavalo e Carta de outono – que foi a que sorteei).
A música do domingo, a China, foi escolhida e pensada apenas para o domingo. Foi uma escolha arriscada, afinal, eu não sabia que passaria para o domingo. E se passasse, era TUDO ou NADA... ou ficava “nas cabeças” ou em último lugar. Como tudo na minha vida é assim, resolvi assumir o risco.
Sou meio “kamikaze”, gosto de fortes emoções. Qual a graça da vida se todos fôssemos iguais, não é mesmo?
Ao que tu atribui teu título?
O título é um misto de momento, estudo, paixão e dedicação a arte.
Momento, porque palco é momento. As vezes a gente vai bem, outras mal. Nem sempre o melhor ganha... as vezes a luz brilha em cima de um...outras vezes, de outro. Estudo, porque, não basta só querer fazer algo, indubitavelmente precisamos estudar também. Paixão, porque realmente me realizo no palco... poder fazer as pessoas que me assistem sentirem o que eu estou sentindo quando canto e tentar levar um pouco do sentimento que o autor da música teve ao escrever para quem assiste, é magnânimo. Sem contar nos beijos e abraços que a gente recebe quando desce do palco, as vezes de pessoas que a gente nem conhece...isto não tem preço... é bom demais !!! E dedicação, porque há uma intensa dedicação para uma apresentação final de 5 minutinhos...temos que além de nos dedicarmos, abdicarmos de muitas coisas.
O palco é o resultado final da união da afinação, interpretação, performance e etc... é fruto de uma intensa dedicação... de um cuidadoso estudo do que a música diz, do que o autor quis dizer ao escrevê-la, do que o “personagem” da música sente, do “figurino” a ser usado para que tudo seja muito real... muito vivo. Penso que fazer arte, em qualquer área, é mais que subir no palco e dizer um verso, uma música, uma coreografia... fazer arte é sentir... é deixar fluir sem pensar muito, ao natural... é o clássico “se joga” e depois a gente vê no que dá...
Eu tinha plena consciência que a escolha da música “China Livre” (que fala da saga das chinas, que traz parte da nossa história à tona – talvez o lado “feio” da história) causaria uma exaltação no público assistente e talvez nos jurados também, mas pensei, é agora ou nunca... ou vai ou racha...E FOI, graças a Deus !!!
Um comentário:
Conterrâneo,
Muitíssimo obrigada pelo carinho !!
#AMEIII
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