O 1º Congresso Tradicionalista Gaúcho, que aconteceu em Santa Maria, no ano de 1954, não foi um simples encontro dos 38 CTGs existentes na época, foi muito mais, pois reuniu mentes brilhantes como Manoelito de Ornellas, Luiz Carlos Barbosa Lessa, Luis Alberto Ibarra, Getulio Marcantonio, Lauro Rodrigues, Hugo Ramirez, Ruy Ramos, Paixão Cortes e muitos outros. Neste congresso de 1954 foram apresentadas teses que transcendem o tradicionalismo, como a de Barbosa Lessa: “O sentido e o valor do tradicionalismo”, ou “a importância da reforma agrária”, de Ruy Ramos, ou mesmo, “Os valores morais do Gaúcho”, de Oswaldo Lessa da Rosa.
Foi no primeiro congresso que Getulio Marcantonio apresentou a moção para a criação da carta de princípios, sete anos dela ser ajustada definitivamente. E nesse tempo, Glaucus Saraiva nem fazia parte do grupo que iria elaborar o documento máximo do Movimento Tradicionalista. Também foi nele que Fernando Brockstedt, da União Gaúcha, de Pelotas apresentou a ideia de uma federação para unir os CTGs do estado.
Manoelito de Ornellas, em seu discurso de abertura do 1º Congresso, o qual foi presidente, dizia:
“Vamos dar aos nossos centros finalidades mais amplas no campo moral e do espírito? Torne-mo-los escolas práticas de civismo e moral, pelo premio dos aplausos às virtudes reveladas e pelo ensinamento constante de quanto possa dar a nossa gente um nível mais alto de espírito e uma mais solida estrutura de caráter. Cada centro poderá ser um núcleo de irradiação cultural, no ensino da historia, da caracterização do nosso folclore, no estudo da literatura e na prática do teatro.”
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