(Texto retirado do blog do Léo Ribeiro de Souza, perfeito, e que eu e o Elomir vivemos falando nos CTGs. Já vi isso, que vocês irão ler, acontecer em eventos oficiais, onde convidaram o mestre de cerimonias, o radialista da cidade. que tem uma voz de "trovão", mas não conhece o "metiê". leia as linhas que o Léo escreveu...)
Muitas pessoas não podem ver um microfone que se metem de pato a ganso para alguns minutos de fama. O pior, é quando muitos se alvoram de apresentadores de algum evento fugindo ao cerimonial e fazendo, por conta própria, seu próprio script (série de instruções escritas para serem seguidas). Tornando o improviso a sua marca.
O mal de tudo isto é quando os próprios "organizadores" do evento atribuem a pessoas despreparadas esta incumbência tão importante que pode botar a perder todo um trabalho planejado. Toco no assunto porque, seguidamente, me deparo com estas situações em vários espetáculos, reuniões, enfim, apresentações diversas.
Ainda este ano estive em um evento que tinha conotação pomposa, lúdica, telúrica, só que colocaram como mestre de cerimônias um comunicador de rádio que não soube separar seu "autêntico" veículo de comunicação diária daquele ambiente em que agora se encontrava e tentou transformar a seleta plateia em um programa de auditório, dos bens ralés.
Abriu o microfone a todo o volume e assustou a todos quando começou gritando: - BOM DIA... Como ninguém entendeu muito bem o que estava se passando, poucos responderam. Ele insistiu: - ESTÁ MUITO FRACO... QUERO OUVIR BEM ALTO! BOM DIA.... Detalhe: Eram 20 horas.
Fez piadas antigas e manjadas em relação a outros Estados, como se o gaúcho fosse o senhor do mundo... Mas o pior estava por vir, quando resolveu "quebrar" o protocolo pois "adorava surpresas" e, realmente, "surpreendentemente" começou a homenagear seus amigos e colegas de rádio, fugindo totalmente do foco do evento. Um fiasco!
Não me perguntem como terminou o encontro pois levantei e fui embora.
E assim ocorre em vários episódios. Mesmo em festivais musicais, apresentações de CTGs, programas de televisão, onde existe uma certa liberalidade, o apresentador ou mestre de cerimônias tem que ser conhecedor do riscado, comedido e não tentar atrair a atenção do público para si. O principal, o teor do evento deve ser preservado.
Mal comparando, tem que ser como o juiz de futebol que passa desapercebido durante a partida. E olhem que temos muita gente boa por aí.
Um comentário:
É impressionante o mal estar desta situação, mas os culpados são os contratantes que não querem pagar o profissional, sempre solicitando uma colaboração. Mal sebe eles que para fazermos este trabalho nos preparamos. Afinal somos profissionais.
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