segunda-feira, 19 de maio de 2014

Cronologia da história do Rio Grande do Sul

1492 — Colombo descobre a América, chegando às ilhas da América Central.
1500   — Cabral chega ao Brasil, desembarcando nas costas da Bahia.
1501   — Caravelas portuguesas, primeiro e logo depois as espanholas começam a aparecer nas costas gaúchas, mas sem desembarque, porque as praias eram perigosas e não havia portos naturais.
1531 — Os navegantes portugueses Martim Afonso de Souza e Pêro Lopes, sem desembarcar nas praias gaúchas, batizam com o nome de Rio Grande de São Pedro a barra que vai permitir mais tarde a passagem de navios do Oceano Atlântico para a Lagoa dos Patos.
1626 — O padre jesuíta Roque Gonzalez de Santa Cruz, nascido no Paraguai, atravessa o rio Uruguai e funda o povo de São Nicolau, assinalando oficialmente a chegada do homem branco ao território gaúcho. Na realidade não se sabe quem foi o primeiro branco a chegar aqui, porque nesse mesmo ano, ao visitar o rio Guaíba (Iguaí) o Padre Roque já encontrou na região onde hoje está Porto Alegre navios portugueses comerciando com os índios. Evidentemente, esses navios tinham vindo pelo mar, forçando a barra do Rio Grande e atravessando a Lagoa dos Patos.
1634 — O padre jesuíta Cristobal de Mendoza Orellana (Cristóvão de Mendonça) introduz o gado nas Missões Orientais, o que vai justificar mais tarde o surgimento do gaúcho.
1641 - Os jesuítas são expulsos do Rio Grande do Sul pelos bandeirantes depois de fundarem 18 reduções ou povos. Essas aldeias foram todas arrasadas e o gado, um pouco foi escondido na Vacaria dos Pinhais, outro pouco eles levaram para Argentina na sua fuga e a maior parte se esparramou, virando "chimarrão", que quer dizer selvagem. Graças ao padre Cristóvão de Mendonça, esse gado, que não tinha marca nem sinal, ficou também chamado "orelhano".
1680 - Finalmente Portugal resolve marcar presença na região Sul para enfrentar o expansionismo espanhol: Dom Manoel Lobo funda a Colónia do Santíssimo Sacramento, que vai ser decisiva para o surgimento do gaúcho.
1682 — Os bandeirantes estão ocupados com o ouro e as pedras preciosas das Gerais, esquecendo os nossos índios. Voltam então os jesuítas espanhóis ao solo gaúcho fundando primeiro São Francisco de Borja, hoje a cidade de São Borja, o mais antigo núcleo urbano do Rio Grande do Sul. Entre 1682 a 1701 eles fundaram os 7 Povos das Missões: São Francisco de Borja, São Nicolau, São Luiz Gonzaga, São Miguel Arcanjo, São Lourenço Martin, São João Batista e Santo Angelo Custódio.
1750 — Assinado o Tratado de Madri entre Espanha e Portugal, pelo qual os portugueses dão aos espanhóis a Colônia do Sacramento e recebem em troca os 7 Povos das Missões. Os padres jesuítas espanhóis não se conformam com a troca e os índios missioneiros se revoltam. Vai começar a chamada Guerra das Missões.
1756 — A 7 de fevereiro morre em uma escaramuça o índio José Tiarayu, o Sepé, junto à Sanga da Bica (hoje dentro do perímetro urbano de São Gabriel) morto pelas forças  espanholas e portuguesas. Três dias mais tarde ocorre o massacre de Caiboaté (ainda no município de São Gabriel) onde em 1 hora e 10 minutos os exércitos de Espanha e Portugal mataram quase 1.500 índios e tiveram apenas 4 baixas. Em Caiboaté foi vencida a resistência missioneira definitivamente. Ao abandonarem as Missões os jesuítas carregaram o que puderam e incendiaram lavouras, casas e até igrejas.
1762 — Assinado o Pacto de Família, que anulou praticamente o Tratado de Madrid. Ou seja, os 7 povos continuaram sob o domínio da Espanha e a Colónia do Sacramento continuou
portuguesa.
1763 — Tropas espanholas invadem o Brasil apoderando-se do Forte de Santa Tereza e da cidade de Rio Grande e de S. José do Norte. No período da dominação espanhola começa a brilhar um herói autenticamente gaúcho: Rafael Pinto Bandeira.
1776 — Os espanhóis são expulsos do Rio Grande. Mas o forte de Santa Tereza jamais foi recuperado. Hoje está em território uruguaio.
1780 — O cearense  José Pinto Martins funda em Pelotas a primeira charqueada com características empresariais. Logo as charqueadas vão ser decisivas na economia gaúcha. O negro entra maciçamente no RGS, como escravo das charqueadas.
1801 - Três heróis rio-grandenses, com poucos seguidores, conquistam para Portugal os 7 Povos das Missões, aumentando em 1/3 o mapa do Rio Grande do Sul. São eles: José Borges do Canto, Manoel dos Santos Pedroso e Gabriel Ribeiro de Almeida.
1808 - Acossada pelas tropas napoleônicas a família real portuguesa foge para o Rio de Janeiro.
1810 - Começa EL ANO DIEZ, marco da libertação das colônias espanholas da América.
1811 - Pedro José Vieira, vulgo "Perico, el Bailarín", que era gaúcho de Viamão, acompanhado pelo uruguaio Venâncio Henavidez dá o Grito de Asencio, que é o primeiro grito da Independência do Uruguai. Surge o grande herói uruguaio José Artlgas.
1815 - Tropas brasileiras e portuguesas tomam Montevidéu anexando o Uruguai ao Brasil com o nome de Província Cisplatina. Nessas lutas até a independência final do Uruguai aparece e ganha pratica e galões Bento Gonçalves da Silva.
1822 - O príncipe português Pedro de Alcântara, da casa de Bragança proclama a independência do Brasil e é aclamado Imperador, com o nome de D. Pedro I.
1824 - A 18 de julho desembarcam em Porto Alegre os primeiros colonos alemães. A 25 de julho eles se instalam nas margens do rio dos Sinos, na Real Feitoria do Linho Cânhamo, hoje a cidade de São Leopoldo.
1827 – A 20 de fevereiro acontece a batalha do Passo do Rosário, onde tropas uruguaias e argentinas, que tinham invadido o Rio Grande do Sul. se enfrentam com tropas brasileiras. Os maiores Heróis das três pátrias tornaram parte na batalha, onde morreu o Marechal José de  Abreu, chamado por seus soldados o "Anjo da vitória". Apesar das declarações vitoriosas dos dois lados não houve vencedores.
1828 – Proclamada definitivamente a independência do Uruguai
1835 — Explode a chamada Revolução Farroupilha.  A 20 de setembro, os revolucionários comandados por Bento Gonçalves tomam Porto Alegre,  capital da Província.  As  causas
políticas, econômicas, sociais e militares. A Província dePedro do Rio Grande do Sul estava arrasada pelas guerras e praticamente abandonada pelo Império do Brasil, meio desgovernado  depois da volta de Dom Pedro I a Portugal.
1836 — A 11 de setembro o coronel farroupilha António de Souza Neto, depois de uma estrondosa vitória sobre as forças imperiais brasileiras no Seival, proclama a República Rio-grandense. Nesse mesmo ano Bento Gonçalves da Silva é aprisioneiro após a batalha da ilha do Fanfa e enviado com muitos oficiais farrapos ao Rio de Janeiro e depois para o Forte do Mar na Bahia.
O governo da nova República se instala em Piratini e Bento Gonçalves da Silva é eleito Presidente. Como está preso, assume em seu lugar José Gomes de Vasconcelos Jardim. Piratini é a Capital.
1837 — Organiza-se o governo republicano. São nomeados Generais António de Souza Neto, João Manoel de Lima e Silva, Bento Gonçalves da Silva e mais tarde David Canabarro, Bento Manoel Ribeiro e João António da Silveira. Enquanto durou, a República Rio-grandense só teve estes seis Generais.
Nesse mesmo ano, a maçonaria consegue dar fuga a Bento Gonçalves, que de volta ao Rio Grande assume a Presidência da República.
1839 — A República parece consolidada, a marinha de guerra sob o comando efetivo de José Garibaldi, corsário italiano trazido ao Rio Grande pelo Conde Livio Zambeccari, através da maçonaria. Os farrapos decidem levar a república ao Brasil. Um exército comandado por David Canabarro e apoiado pela Marinha de Garibaldi proclama em Santa Catarina a República Juliana.
A capital da República Rio-grandense passa a ser Caçapava do Sul.
1841 – A capital da república passa a ser Alegrete, onde se instala a assembleia Nacional Constituinte

1842 – Bento Gonçalves se bate em duelo com Onofre Pires. Conhecido como Duelo de Bravos – Ferido Onofre ires morre pelos ferimentos. Bento entrega a presidência da República e o comando do exercito republicano.

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