Viajamos mais de mil quilometros para cobrir a reinauguração do CTG Carreteiros de Horizonte, em Horizontina, terra da John Deer, Gisele Bundchen, Rui Biriva e um povo pra lá de hospitaleiro. Ouvimos muitas histórias, de um CTG que completará em 2015, 50 anos. Que tem uma patronagem coesa liderada pelo Patrão Valmor Dreher há dez anos. E que reconstruiu uma história, um galpão, motivou pessoas, agregou valores, uniu famílias...
A história do CTG Carreteiros de Horizonte
Na ocasião da inauguração do primeiro galpão da entidade foi escolhida a 1ª prenda do CTG, Eva Mazurkiewicz. Eva também foi a 1ª Prenda das Missões, gestão 1970/1971, quando o CTG Carreteiros de Horizonte ainda fazia parte da 3ªRT. Em função de reestruturação e organização das regiões, em 1975, o CTG passou a integrar a 20ª RT.
A entidade, hoje, tem em torno de 600 associados, com uma mensalidade de R$12,00, uma área de 6.000m² e seu departamento artístico conta com quase 1% da população de Horizontina em suas invernadas dente de leite, mirim, juvenil, adulta e xiru, além de contar com um grupo especial de crianças carentes que estão sendo incluídas nos grupos através de uma escolinha.
A reconstrução
No ano de 2004, Valmor Dreher, atual patrão, foi procurado e convidado a voltar ao CTG, onde viu suas filhas crescerem, Daiane e Vanessa, pois o galpão estava em precárias condições e, o terreno, sendo loteado para reformas do galpão. Foi então que tomou uma decisão, considerada por muitos como uma loucura: “Vamos unificar o terreno do CTG, derrubar este galpão e reerguer o Carreteiros, como ele merece, como a comunidade merece” – Falou em seu discurso. “Trabalharemos em equipe, um ajudando o outro. Está chegando aqui um caçador de fofocas” – intimou Valmor, aos que quisessem seguir com ele e com o projeto.Com as senhoras Lisete Friske e Brigida Heck, da Lucano Cultura e Marketing, fizeram um projeto de lei de incentivo federal, a Lei Rouanet, com valor superior à R$1.200.000,00 e encontraram na empresa John Deer, a mais forte parceira para a construção da nova sede. Outras parcerias vieram junto atendendo ao chamamento. Ao lado de sua esposa, Eliane Carvalho Dreher, suas filhas, e de sua patronagem, Valmor não hesita em dizer: “O melhor resultado é fruto das melhores equipes. O sucesso de qualquer empreendimento passa por uma equipe bem organizada, com poderes delegados, e confiança mutua” – completa.
A reinauguração
A festa de reinauguração contou com um belíssimo trabalho das equipes do CTG. Os Monarcas foram contratados para abrilhantar a festa. Uma cavalgada foi buscar a chama em São Sepé, cumprindo uma promessa feita ainda no século passado (matéria em destaque). A presença maciça das forças vivas da cidade valorizou o evento: Nildo Hickmann, prefeito de Horizontina, Alessandro dos Santos, presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Gladimir Ames, gerente de fabrica da John Deere, Unidade de Horizontina, Jesus Garrido, diretor da plataforma de fabricação e implementos da John Deere, de Monterrey no México, Luis Perocchin, gerente de recursos humanos da John Deere, Alexandre Giordani, gerente do Banco do Brasil, Giulio Ariel Menin, 3º Guri Farroupilha do Rio Grande do Sul, Lisete Friske e Brigida Heck da Produtora Lucano Cultura e Marketing, Felipe Johann, Sota-Capataz do CTG, braço direito do patrão Valmor, Danielle Schirmann, coordenadora cultural, Vânia Janete, Vitancourt, coordenadora artística e Jessica Zimermann, 1ª Prenda da casa.
Patrão Valmor Dreher nos recebeu em sua residencia para entrevista exclusiva para o Eco da Tradição e Blogs de noticias |
A cavalgada da chama
Uma tragédia. Uma promessa. A palavra empenhada levou a uma cavalgada de mais de 350km.A história desta cavalgada, de busca da chama, começa no século passado, em 1986, quando, depois de uma tragédia envolvendo o veterinário da cidade de Horizontina, Silvio Miguel Silveira da Silveira, o “tio Padrinho”, veterinário e ginete. De férias, estava na estância de seus pais, na cidade de São Sepé, e saiu durante a noite para camperear e fazer ronda, visto que o roubo do gado e ovelhas era uma constante naquela época. Nesta madrugada, dia 30/12/1986, ele foi alvejado e faleceu.
Segundo José Motta, líder da equipe de cavalarianos, que buscou a chama em São Sepé, o “nego Beto”, como era conhecido, empenhou-se em organizar uma cavalgada, mas desde de 1986, nunca se enquadrou. Mas ele vivia cobrando. Foi então que, em 2011 o “nego Beto” faleceu vitima de um acidente, ficando José Motta encarregado de cumprir o que foi prometido há 28 anos. Fizeram parte da cavalgada: Ademir Meirelles, Álvaro Callegaro, Aleksander Hirt, Clóvis Gonçalves, Daniel Sartor, Felipe Johann, Glênio Silva, Houssan Fadel, Jeferson Bieger, João de Moura, José Alfredo da Motta, Júlio Bernardi, Mário Cavalheiro, Milton Manjabosco, Sadi Servat, Valtemir Alegranzzi e Vinicius Segato.
4 comentários:
Tenho muito orgulho de ter feito parte dessa família... Parabéns ao Patrão Valmor e sua equipe. Forte quebra costela
Também sou de Horizontina e confesso me sinto muito orgulhoso de fazer parte dessa historia. Confesso que colaborei muito pouco, mas o que fiz, fiz com muito orgulho que todo Gaucho deve ter de suas raízes. Parabéns ao meu Patrão Valmor e toda sua equipe.
Cláudio Pereira.
Parabéns Rogério Bastos por reparar as omissões da reportagem original, mostrando que és um Gaúcho de Valor.
Minha família também tem orgulho de ter feito parte da história do CTG Carreteiros de Horizonte.
Gilberto da Motta
25/06/2014
Que bom relembrar.. Grande matéria, grande povo, grandes conquistas, muito trabalho. Orgulho em fazer parte da família Carreteiro.
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