Se for destinado à tração, usará o nome de carroceiro ou aranheiro. Se empregado para arrastar água, com um barril na cincha, será o aguateiro ou pipeiro.
Se escolhido para carreira, terá o nome de cancheiro ou parelheiro.
Se reservado para recolher os outros no potreiro, será tido como o sogueiro.
Se condenado a servir uma manada como rufião, dar-lhe-ão o nome de retalhado, depois de "transformado".
Se o animal sair bom, usará a alcunha de pingo. Se for lerdo e ruim terá o apelido de pitungo.
Se for selecionado para reprodução, terá o nome de pastor. O pastor desempenha a mais nobre e verdadeira função que pode ser reservada a um cavalo, ainda mais se ele for xucro.
O pastor solto no fundo de uma invernada com sua manada, a qual ele junta ou aparta, a seu contento, torna-se o chefe do bando. Ali, não entra um intruso nem abandona a manada uma égua sequer, sem sua aprovação. E um animal que não for do seu agrado é por ele posto campo fora e não o deixa mais entrar na manada; ali o pastor é o soberano.
Ainda sobre o cavalo, é um animal de quatro patas, como todo o mundo sabe. Porém, para o gaúcho, o cavalo tem só duas patas, que são os membros posteriores; os da frente são denominados mãos. Se o cavalo machuca uma pata, torna-se rengo, mas se for acidentado em uma das mãos ficará manco. O cavalo dá coice com as patas, com as mãos, ele dá manotaço.
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