Apolinário Porto Alegre nasceu na cidade de Rio Grande, RS,
em 29/8/1844, filho de Antônio José Gomes e de Delfina Joaquina da Costa
Campello. Seu pai, tendo um homônimo em Rio Grande, acrescentou Porto Alegre ao
nome a fim de evitar maiores confusões.
Em plena da guerra do Paraguai (1865-70) Porto Alegre
fervilhava culturalmente, as bandas militares tocavam na retreta da Praça da
Alfândega. No teatro São Pedro, inaugurado em 1858, iam à cena dramas
franceses, números de mágicas. Editava-se o jornal literário Atualidade com
colaborações de Apolinário.
Juntamente com um grupo de republicanos e liberais funda, no
dia 18 de junho do ano de 1868, na cidade de Porto Alegre, a Sociedade Pártenon
Literário, de caráter romântico e regionalista. A Sociedade começou a publicar,
em 1869, um periódico intitulado "Revista Mensal". Foi neste
periódico que Apolinário Porto-Alegre começou a publicar seus primeiros
trabalhos, como romances, contos, críticas, poesias, peças de teatro, etc. A
Sociedade durou até o ano de 1880.Contava como sócio José Antônio do Vale
Caldre e Fião (1821-76), Hilário Ribeiro (1847-86), Luciana de Abreu (1848-80),
Afonso Marques (1847-72), Aquiles Porto Alegre (1848-1926), Francisco Antunes
Ferreira da Luz (1851-94), Damasceno Vieira (1850-1910), Amália dos Passos
Figueiroa (1845-78), João Lobo Barreto (1853-75), Aurélio Veríssimo de
Bittencourt (1849-1919), Teodoro de Miranda (1852-1879), Apeles Porto Alegre
(1850-1917), Bernardo Taveira Júnior (1795-1872), José de Sá Brito (1844-90),
Menezes Paredes (1843-81), Francisco de Sá Brito (1808-75) e Carlos Von
Koseritz (1834-90), entre outros.
Em 1870 terminou a Guerra do Paraguai, a cidade de Porto
Alegre crescia pela Cidade Baixa e em torno da Capela do Menino Deus.
Viajava-se de barco, desde o trapiche no Centro até o que ficava no Menino
Deus, na atual Avenida José de Alencar. Ou em então de carro de tração animal
pela estrada da Várzea, seguindo depois pela Avenida Princesa Isabel (Getúlio
Vargas). No ano de 1889, após a proclamação da república no Brasil, Apolinário
Porto-Alegre se alia à Silveira Martins que lutava contra o governo do marechal
Deodoro da Fonseca.
Após o contragolpe vitorioso de Júlio de Castilhos em junho
de 1892, Apolinário foi preso no mês seguinte, junto com outros opositores, e libertado
alguns dias depois. No jornal “A Reforma” iniciou forte campanha contra o
governo. No entanto, teve que se refugiar em Santa Catarina e em Montevidéu,
devido as perseguições impostas pela Revolução Federalista, de 1893. Retornou
ao Rio Grande com a pacificação, em 1895, onde continuou a trabalhar como
jornalista.
Enfrentando problemas financeiros extremos, faleceu no ano
de 1904, na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, vítima de tuberculose.
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