Ao longo da vida das instituições,
há anos que são mais lembrados do que outros. As lembranças sempre se referem a
episódios ou fatos que marcaram, seja no aspecto positivo, seja no negativo.
Nas nossas vidas também é assim.
Para o MTG, o ano de 2014 é um
daqueles que, por certo, será muito lembrado.
Foi o ano em que houve o maior número
de entidades tradicionalistas participantes do congresso tradicionalista e da
assembleia eletiva. Foram mais de 900 votantes na assembleia.
Este foi o ano que iniciou com o
maior déficit orçamentário dos últimos 15 anos, por conta das despesas
realizadas em 2013 e que consumiram 30% do orçamento de 2014. Também vamos lembrar-nos
deste ano porque conseguimos encerá-lo com as finanças equilibradas, apesar do
início complicado.
Vamos lembrar de 2014 porque foi
realizada no Brasil a copa do mundo de futebol e, por isso, foi montado, em
Porto Alegre um acampamento extraordinário que se manteve de junho a setembro,
resultando num acampamento com duração de quatro meses.
Foi neste ano que nasceu o festival
gaúcho de danças – FEGADAN, realizado em Caxias do Sul e que haverá de se
transformar num evento de grande envergadura no médio prazo.
Perdemos, neste ano, quatro
valorosos e destacados tradicionalistas. Em janeiro faleceu Lauro Pereira
Guimarães, conselheiro benemérito; no mês de abril nos deixou Delci de Souza
Dornelles, conselheiro benemérito, ícone do gauchismo na 4ª RT; em setembro foi
a vez do conselheiro fiscal Zulmir Sotoriva, de Erexim, transferir-se para o
plano superior; e em novembro nos despedimos de Wilmar Winck de Souza, o
Provisório, da Palmeira, um dos fundadores do 35 CTG, tradicionalista da
primeira hora. Também por isso vamos lembrar de 2014.
Este foi o ano em que enfrentamos
episódios midiáticos que nos colocaram em xeque. O propalado “casamento
coletivo” de Sant’Ana do Livramento obrigou-nos a refletir sobre questões que
não faziam parte do nosso cotidiano tradicionalista. Também tivemos que agir
com firmeza diante da tentativa de transformar o tiro de laço em mero esporte,
mesmo que a lei dos rodeios diga o contrário.
Foi também o ano que o exame de
anemia infecciosa equina teve a validade estendida para seis meses e a guia de
trânsito animal (GTA), ganhou qualidade eletrônica.
Vamos nos lembrar do entrevero de
peões de Giruá, da ciranda de prendas de Santa Maria, da FECARS de Viamão, da
convenção tradicionalista de Caxias do Sul, do acendimento da chama crioula em
Cruz Alta, das inter-regionais do ENART realizadas em Camaquã, Ijuí, Porto
Alegre e Uruguaiana, da 29ª edição do ENART, do aberto dos esportes de
Tramandaí, do Tchêencontro em Flores da Cunha, da festa de aniversário em Lagoa
Vermelha e do encerramento do ano com uma comemoração natalina em Marau.
Poderíamos citar mais uma centena de
fatos que marcaram o ano mesmo porque cada um de nós tem os seus motivos para
lembrar de 2014. Espero que entre coisas boas e não boas, fique na retina e na
memória um rol de coisas que nos orgulhe e nos dê ânimo para enfrentar o ano de
2015 que, sabidamente, será um ano difícil, especialmente sob o ponto de vista
econômico.
Janeiro de 2015
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