segunda-feira, 21 de setembro de 2015

A história de vida de Gabriel Mesquita, um exemplo de força de vida - Por Rafael Santos

          Findado o concurso da 12ªRT, do qual fomos avaliadores, fui até os pais do Gabriel e os parabenizei, pelo filho guerreiro que ele têm. E nas demais semanas fui mantendo contato com o Gabriel. E nestes contatos sugeri a ele que começasse a escrever um artigo, onde de forma reduzida, ele contasse a sua história, o acidente que o lesionou e como o Tradicionalismo o havia ajudado a superar isso. Um artigo pois, de fato, facilmente daria um livro.

          Então pessoal, agora transcrevo para vocês, a história do Peão Gabriel Mesquita:
Gabriel junto com Deputado Pompeu de Mattos
Minha Trajetória Tradicionalista. 

          Minha vida tradicionalista começa cedo quando participava de bailes e desfiles na cidade natal de meu pai, Rosário do Sul, no CTG Passo do Rosário, entidade em que meu bisavô fazia parte da patronagem. Eu sempre olhava os grupos de dança e o prendado, achava aquilo tão lindo que sonhava um dia participar também. Mesmo tendo sofrido um acidente em 2003 o qual me deixou uma sequela motora do lado esquerdo e uma dificuldade na fala, nunca desisti desse sonho. Sempre fui muito perseverante naquilo que desejo.

          O ano de 2011 marcou o inicio da realização deste sonho, foi quando meu pai associou-se ao CTG Terra Nativa entidade que represento até hoje a qual me acolheu sem nenhum tipo de preconceito e com todo o carinho. Em 2012 fui convidado a participar do prendado de minha entidade. Nesse mesmo ano iniciei no projeto Gurizada de Galpão o qual me proporcionou participar de diversos rodeios incluindo o Rodeio Internacional de Vacaria. Participando deste projeto, ganhei alguns troféus como intérprete vocal, incluindo um de 1º lugar no Rodeio de Sapiranga. Também comecei a declamar nos rodeios, o que me rendeu três troféus.

          Em 2013, meu sonho tomou forma, quando ao fazer parte da Invernada Juvenil, tive uma participação especial nas coreografias de entrada e saída. Em 2014, participamos pela primeira vez do Juvenart - cidade de Santa Maria e lá meu sonho se tornou realidade. Com a coreografia de saída, vencemos o 1º Festiart na cidade de Cachoeirinha, neste mesmo ano.

          Ainda faltava fazer parte do Prendado Regional da 30ª RT. Para isso voltei a concorrer em 2014 no Prendado Interno, determinado a ir para a região no ano seguinte. Intensifiquei ainda mais os estudos, li mais sobre o regulamento, aprendi a trançar tento, a fazer churrasco e pesquisei muito sobre o cavalo. Não consegui o 1º lugar, sou o 2º Guri Farroupilha, mas isso não tirou o orgulho que estou em fazer parte deste prendado.

          Não vou desistir de um dia me tornar o 1º Peão da Região e depois concorrer no Estado. Vou me dedicar cada vez mais para voltar e conquistar mais este sonho.

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