O Código Civil Brasileiro diz que a associação é uma pessoa jurídica de direito privado tendo por objetivo a realização de atividades culturais, sociais, religiosas, recreativas etc., sem fins lucrativos, ou seja, não visam lucros e dotadas de personalidade distinta de seus componentes.
É obvio que os membros de uma associação deverão concordar com as suas regras e submeter-se aos seus regimentos. Aqueles que não concordam com a forma de organização, com os objetivos ou com o sistema de determinada associação, buscarão outras alternativas.
As pessoas que não integram uma associação não tem o direito de criticar seus objetivos e seus métodos, exceto se forem claramente contrários à lei. É compreensível que alguém, ao se sentir prejudicado, critique uma associação e seus membros. Incompreensível é a critica de quem simplesmente não concorda ou prefere outras alternativas associativas.
O MTG é uma associação que se destina a congregar os CTGs e entidades afins e a preservar o núcleo da formação gaucha e a filosofia do movimento tradicionalista decorrente da Carta de Princípios e das decisões dos congressos tradicionalistas (artigo 2º do estatuto). Não é necessário dizer que somente é associado aquele CTG que assim desejar, bem assim, somente integra um CTG quem deseja cumprir seus objetivos.
Por que estou escrevendo tudo isso, neste ano de 2015, depois de termos realizado, provavelmente, a maior Semana Farroupilha da história? Porque estamos às vésperas do inicio do ano do cinquentenário do MTG. Dia 28 de outubro completam-se 49 anos da existência dessa instituição que se tornou tão grande e tão complexa que surpreende a muita gente, especialmente aqueles que não compreendem como uma sociedade civil, sem fins lucrativos, integrada por voluntários, atingiu o patamar reservado somente às grandes associações.
A grandiosidade do MTG é causa de problemas que nem sempre são de fácil solução, especialmente quando decorrem da falta de compreensão a respeito dos objetivos da associação. Temos alguns desvios, algumas atitudes destoantes, alguns episódios indesejados. Ou seja, temos os nossos pecados.
Neste outubro iniciaremos um ano especial. O ano do cinquentenário. Será um período de comemorações, mas também de reflexões. Será um ano de debates, reafirmações, correções, ajustes. Porém, também será um ano para retomar princípios e reafirmar valores que garantiram o sucesso desses 50 anos de existência. Nenhuma associação civil alcança o patamar que o MTG possui, sem clareza nos seus objetivos e firmeza na execução de sua política institucional.
Desejamos a participação e a cooperação de todos, desde que sejam associados. Quem não faz parte do Movimento estará convidado somente a nos acompanhar nas comemorações e festividades. Os debates sobre objetivos, rumos e regramentos, estarão reservados aos “tradicionalistas de carteirinha”. Quem quiser ter o direito de emitir opinião sobre esses temas, deve associar-se a um CTG, contribuir com uma entidade, candidatar-se a ser porteiro, faxineiro, capataz ou patrão, mas vá participar e cooperar. Depois venha criticar e dar seu palpite sobre o MTG.
Esperamos que todas as lideranças do Movimento divulguem, desde logo, o tema central para o ano de 2016: “MTG: 50 anos de preservação e valorização da cultura regional”.
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