Por milênios, as únicas formas de trocar informações e atualizar fatos eram demoradas. Isso implica dizer que a novidade mais recente poderia levar dias, semanas ou até mesmo meses para ser atualizada pelos interessados. Tomemos como exemplo um fato histórico: a morte de Napoleão Bonaparte em 1821 na Ilha de Santa Helena, onde estava exilado; a notícia levou dois meses para chegar ao Rei George, em Londres. No Brasil, durante o período colonial, a comunicação entre os colonizadores e suas famílias na Europa, feita através de cartas, levava igualmente meses para atravessar o oceano. Hoje esta comunicação pode se dar em tempo real.
Para termos uma noção da velocidade com que estas transformações vêm se configurando, basta compararmos a capacidade de difusão e popularização das mídias. O rádio levou 34 anos para alcançar 50 milhões de ouvintes. A televisão, apenas 17 anos; e a internet, não mais do que quatro anos, enquanto o Facebook levou apenas dois anos para reunir 50 milhões de usuários. Evidentemente que a população também triplicou em menos de um século, e a educação ampliou a base de acesso às tecnologias a milhões de pessoas ao redor do mundo. Ainda assim, os números revelam que o ritmo de expansão das mídias é proporcionalmente muito maior.
A cada geração que se sucede, as influências de seu tempo marcam de forma particular sua história. Até a chamada geração X (nascidos entre a segunda guerra mundial e os anos 1980), o livro e os bancos escolares eram a fonte primordial da informação. O conhecimento passava por uma fragmentação que se intensificou por conta dos múltiplos meios de produção e difusão da informação. Esta geração vivenciou algumas quebras de paradigmas e rupturas com modelos tradicionais que norteavam a humanidade por milénios. Como exemplos dessas mudanças, verificam-se alterações no formato de família, no poder da Igreja e na hierarquia empresarial.
A partir da geração Y (nascidos entre os anos 80 e 90), a exposição aos múltiplos estímulos promovidos pelos recursos da internet trouxe uma transformação na forma de produzir e gerar comunicação e conhecimento. A nova geração já nasceu cercada de aparatos tecnológicos. A Neurociência atesta que as conexões cerebrais destes jovens são mais intensas do que as observadas na geração de seus pais. Espertos e ousados, os “Ys” são despojados, ouvem iPods e são avessos a formalismos e hierarquias. Eles têm pressa para progredir e são competitivos.
A chamada geração Z (nascidos no início do século XXI) tem como característica o hábito de "zapear". Por isso a denominação Z. Outra característica desta geração é a constante troca que se faz entre os canais de interatividade, zapeando de um a outro, da internet ao telefone, ao videogame, à internet novamente etc. Para eles, o mundo é totalmente tecnológico e virtual, pois nasceram em meio a esse mundo. São os chamados “Nativos Digitais”.
A união destes três tipos de gerações é indispensável para o futuro de organizações de todos os tipos. Saber lidar com a diversidade de experiências e perfis é o grande e essencial desafio para o sucesso em um futuro muito próximo. E a convivência de gerações, promovida pelo tradicionalismo gaúcho pode unir essas diferentes formas de ver o mundo, buscando os benefícios que ela oferece.
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