A cada ano iniciamos nossas atividades no meio tradicionalista convictos de que nosso trabalho contribui para a preservação destes valores. Não vamos voltar ao passado, não retornaremos mais aos primórdios do movimento, as mudanças sociais nos indicam um novo comportamento, mas não a volta àqueles tempos. Devemos estabelecer um modelo capaz de ser agregador, um grande entendimento coletivo que estamos no momento de compreendermos o verdadeiro sentido do voluntariado. Ser voluntário, nestes tempos, não significa fazermos favores, mas prestarmos um serviço à sociedade de uma forma consciente, responsável pela consequência de nosso esforço e nossa abnegação em ajudar as pessoas e as instituições. Este, acredito seja nosso grande desafio que enfrentaremos diante de nossa Federação e todas as entidades, sejam filiadas ou não ao MTG.
Os próximos anos nos apontam para buscarmos um equilíbrio entre nossos valores fundamentais, dos quais jamais poderemos abrir mão, valores que são nossa identificação cultural e regional, e as mudanças avassaladoras que a cada dia invadem nosso meio, com a tentativa de corromper seja de forma consciente ou meramente impulsionada por interesses comerciais. Somos movidos por uma sentimento capaz de transpor e vencer todas estas dificuldades. Buscamos de uma forma democrática encontrar alternativas contemplativas, inteligentes, que enfrentem estas questões e nos fortaleçam indicando o caminho a ser seguido.
Entender estes movimentos sociais pertence a este desafio. Fazer os ajustes cabe a cada um. Desenvolver atitudes e entendimento coletivo deve ser o nosso norte, a nossa luta, o caminho a ser seguido. Por isto a cada ano iniciamos esta caminhada que já dura setenta anos, quando aqueles jovem resolveram enfrentar o momento social de sua época. Eles construíram um modelo e deram um “Basta”. Acredito que é chegado o momento de renovarmos aquele ato, renovarmos atitudes, comportamentos, realizarmos a transição de um período para um novo tempo. Talvez tudo isto seja só um sentimento, vontades, desejos, ou efetivamente a necessidade de pararmos para pensar e refletir. E de uma forma calculada, medida, sensata e harmoniosa iniciarmos esta transição. Mas tudo passa pelo momento que chamo de “mágico”, um momento de um grande entendimento, quando tivermos a humildade e grandeza de colocarmos de lado os desejos pessoais.
Que venha 2017 com força e determinação e que cada um faça seu melhor, dentro do melhor que tem, buscando uma condição melhor para fazer ainda melhor. Um abraço a todos; força e luz.
Nairo Callegaro
Presidente do MTG
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