Intelectual polonês tinha 91 anos e era considerado um dos principais pensadores do século XX
Bauman colocou, em 1999, sua ideia da “modernidade líquida” – uma etapa na qual tudo que era sólido se liquidificou, e em que “nossos acordos são temporários, passageiros, válidos apenas até novo aviso” –, com ela, ele se tornou uma figura de referência da sociologia.
Suas denúncias sobre a crescente desigualdade, sua análise do descrédito da política e sua visão nada idealista do que trouxe a revolução digital o transformaram também em um farol para o movimento global dos indignados, apesar de que não hesita em pontuar suas debilidades.
"O que está acontecendo agora, o que podemos chamar de crise da democracia, é o colapso da confiança. A crença de que os líderes não só são corruptos ou estúpidos, mas também incapazes. Para atuar, é necessário poder: ser capaz de fazer coisas; e política: a habilidade de decidir quais são as coisas que têm ser feitas. A questão é que esse casamento entre poder e política nas mãos do Estado-nação acabou. As pessoas já não acreditam no sistema democrático porque ele não cumpre suas promessas. É o que está evidenciando, por exemplo, a crise de migração" - Disse Bauman, em entrevista ao El País, em 2016.
Opinião do Blog: Particularmente é o sociólogo que mais me inspirava. Jovem aos 90 anos (espiritualmente). Entrou na onda da tecnologia para analisar a juventude. Mostrou que, ao buscar informação, para formar a certeza, encontrávamos mais incertezas do que antes. Entre suas obras destaco "Modernidade Líquida", de 2000 (época, ainda da faculdade), em que afirmava que o capitalismo globalizado estava acabando com a solidez da sociedade industrial.
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