É possível à criança aprender brincando? Em que contexto a criança aprende? Quais brincadeiras ou jogos ajudam a criança a se desenvolver e aprender? Quem é essa criança que entra pro CTG atraída pela lúdica do brincar e de competir nas diversas modalidades?
Essa criança, esse ser angelical que Deus botou no mundo, podemos dizer que é um ser especial, em desenvolvimento, que é parte da sociedade, onde existe uma pluralidade cultural, composta por diversidades entre elas: a social, a histórica, a econômica, a política e a religiosa. É nesse contexto, que os conhecimentos são elaborados e vivenciados, pelas crianças que frequentam nossos CTGs. Ela chega “vazia” e nós vamos abastecendo. Ao interagir com o meio, a criança torna-se um ser ativo, que constrói estruturas mentais, explora o ambiente, tem autonomia própria, e é capaz de superar desafios para conquistar seu espaço.
Com certeza, ao colocar a criança no CTG os pais tem uma grande expectativa, por saber que o ambiente ali, é propicio para a criação. Ali ela aprende valores, aprende os usos e costumes do nosso povo. Quando a pequena Ana Carolina Storch Haupt, de apenas sete anos, apresentou o CTG Erva Mate, de Venâncio Aires, tínhamos a nítida impressão que era uma prenda adulta apresentando seu CTG no ENART. Como se chama, quem é, quem representa, a história do CTG e da cidade, terminando por chamar o grupo pré-mirim pra sala. Uma apresentação digna da final em Santa Cruz.
O desenvolvimento da criança é resultado da interação de uma aprendizagem que acontece ao natural, mas paralelamente, ela é estimulada, e ocorre por meio da experiência adquirida no ambiente e com a própria capacidade inata da criança. Entretanto, é importante lembrar que cada criança tem seu ritmo próprio e características individuais, embora todas passem pelas mesmas fases ou etapas do desenvolvimento humano, as quais não são necessariamente associadas à idade cronológica. Temos que ter muita atenção.
Segundo Barbosa Lessa, em sua tese: “O sentido e o valor do tradicionalismo”, devemos ter atenção as novas gerações, pois são elas que irão construir o tradicionalismo, o Rio Grande e o Brasil de amanhã. Eventos como esses (Enartinho, Premiart, Festirim e FestMirim) tem que ter muito cuidado por se tratarem exclusivamente de crianças em tenra idade. Aos pais, cabe não tornar esses momentos como uma competição acirrada entre CTGs, mas como uma grande brincadeira. O Acampamento, a participação em modalidades individuais estimulando o desenvolvimento de novos músicos, declamadores, chuleadores, jogadores de “bulita”, “cinco marias”, bocha campeira, entre outros.
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