Estes momentos servem para reformulações, aperfeiçoamento e fortalecimento de muitas convicções. Muitas decisões são solidificadas com base nestes momentos. Percebemos que, muitas vezes e indevidamente, potencializamos acontecimentos e vontades meramente individualistas.
Buscarmos o conhecimento e aprimorarmos estas relações às vezes pode nos colocar em cheque, em dúvida para muitos. A afirmação, atribuída à psicanalista austríaca Melaine Klein, de que “Quem come o fruto do conhecimento é sempre expulso de um paraíso”, é verdadeira.
Por isso mesmo, em alguns momentos desta caminhada, pensar é uma atividade perigosa e arriscada. Tomar posições pode desagradar e retirar as pessoas da famosa “zona de conforto”. Discordar não se encaixa em uma realidade de crescimento coletivo, mas sim de uma disputa de ego e poder.
Transformamos o conhecimento que deveria ser compartilhado com o único objetivo de unidade dos grupos em mecanismo de poder e submissão, às vezes de medo. Involuntariamente ou de forma planejada agimos desta forma, transformando um bem intelectual em algo dominador e excludente.
Faço estas colocações e trago à luz de nossos dias porque muitas vezes vemos as situações exemplificadas acima dentro do nosso Movimento. De que forma poderíamos ser mais agregadores, mais acolhedores, tornarmos mais humanos em todo este processo?
Devemos fazer do conhecimento uma forma de pensarmos, de modelarmos nossas atitudes, de abrirmos novas portas, novas possibilidades, oportunidades, de fazermos diferente e melhor.
Pensarmos e abrirmos nossas mentes permite sermos capazes de expressarmos as nossas qualidades individuais, produzindo efeitos de crescimento coletivo. Estas reflexões direcionam para uma mudança de comportamento, que, penso, estejamos vivendo neste momento em nosso movimento.
Não podemos fazer de pequenos movimentos como norteadores de nossa caminhada. A amplitude de nossos pensamentos vai conduzir à amplitude de nossas atitudes, desta mudança na construção de conceitos verdadeiros que nos representem de uma forma horizontal e verdadeira.
Esta pequena reflexão vem ao encontro de tudo que tentamos incansavelmente fazer ser entendido por todos: é possível mudar. Difícil é e será sempre, mas não é impossível. Deixo a todos fazerem suas conclusões. E que venha nosso maior festival o Enart, que possamos todos juntos conviver em harmonia e muita paz.
Sucesso a todos. Abraços.
Nairo Callegaro
Presidente do MTG
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