Sua criação permitiu o intercâmbio de informações e ideias entre os seus intelectuais, promovendo a circulação de matérias literárias em diferentes jornais que percorreram os mais distantes recantos do Rio Grande do Sul.
Sua atuação buscou expandir a cultura dos gaúchos, oferecendo cursos noturnos para adultos (mostrando sua preocupação com a formação intelectual da população) e criando uma biblioteca com importantes obras de Filosofia, História e Literatura e um museu com seções de Mineralogia, Arqueologia, Numismática e Zoologia. As aulas noturnas foram uma das atividades mais duradouras, permanecendo até 1884 quando, devido à dificuldades financeiras e falta de um local para abrigar as aulas, estas foram suspensas.
Entre seus fundadores faziam parte Apolinário Porto Alegre, Caldre e Fião, Aurélio Bitencourt, Aquiles Porto-Alegre e outros. A instituição reuniu os maiores intelectuais da época, incluindo, além dos fundadores, nomes como Luciana de Abreu, Múcio Teixeira, Amália Figueiroa entre muitos outros.
Os jovens membros do Partenon participavam de campanhas abolicionistas, angariando fundos para libertação de escravos, realizando saraus poético-musicais em que se procedia à alforria de escravos. Propagavam, também, os ideais republicanos e promoviam debates com temas diversos como a Revolução Farroupilha, casamento, pena de morte e feminismo, intervindo nos setores da vida social, em cujo desenvolvimento se aqueceriam as postulações mais avançadas da época.
Dinara, ao lado do Pai, Darcy Paixão |
O Parthenon Literário esteve desativado desde 1885 (fontes falam em 1925), quando encerrou a sua 1ª fase. Reativado por intelectuais (agora, sem o "H", depois do "T") e simpatizantes da causa literária, em 1997, começou a se reunir, visando ao restabelecimento da associação considerada símbolo da literatura gaúcha: o Partenon Literário. Dinara Xavier da Paixão lembrou que em 1987 solicitou ao MTG e ao IGTF a comemoração dos 120 anos do Partenon, durante o Congresso de Veranópolis.
Vamos comemorar os 150 anos de história, destes jovens que mudaram a sua época. Estruturaram elementos que colhemos em nossa geração. Os jovens do Partenon devem ser lembrados como uma geração que tentou mudar a sociedade que viviam para melhor (1º item de nossa carta de princípios).
Um comentário:
Prezado Rogério
Venho através desta agradecer a série de matérias constantes em seu blog sobre o Partenon Literário e reconhecer a importância também deste veículo de comunicação para o tradicionalismo Rio-grandense, enfim, para a nossa cultura de uma forma geral.
O Partenon já deu o pontapé inicial para os seus 150 anos com um seminário na 63ª Feira do livro de Porto Alegre, em novembro recente e, claro, prevê uma série de ações visando destacar esta efeméride, como o lançamento da página oficial na rede social facebook e usando esta página dar vida ao projeto "150 autores para os 150 anos do Partenon Literário", a partir de janeiro/2018, onde serão publicadas biografias resumidas de membros antigos e atuais e alguns autores convidados.
Agradeço em nossa da nossa associação o seu desembaraço, seu dinamismo, e seu olhar muito sensível com a nossa tradição, enfim, nossa literatura, nossa cultura, nossos valores.
Fraterno abraço
Benedito Saldanha
Pres. Partenon Literário
Postar um comentário