segunda-feira, 30 de abril de 2018

Quarta Gauderia, dia 02, terá Recuerdos de Milongas


Foi ontem... Mas fica a dica....

           A prefeitura de Rio Pardo não deixou passar este momento histórico. Os 180 anos da tomada de Rio Pardo, da "batalha do Barro Vermelho", do Hino Rio-grandense, e a lembrança de 1838, o melhor ano dos Farroupilhas.

            Parabéns aos CTGs Rodeio da Saudade e Estancia de Rio Pardo, à 5ª RT e a Secretaria de Cultura e Turismo de Rio Pardo.

"Hoje o dia foi todo em Rio Pardo, desenvolvendo atividades alusivas aos 180 anos da Batalha do Barro Vermelho e Hino Rio-grandense" - escreveu Alyne Motta em seu facebook

sábado, 28 de abril de 2018

CGF faz homenagens pela passagem de seus 70 anos

           Uma tarde agradável na capital de todos os gaúchos. A Câmara de Vereadores de Porto Alegre recebeu os membros da Comissão Gaúcha de Folclore para as comemorações de seus 70 anos e da professora Lilian Argentina Braga Marques que, se fosse viva ainda, estaria completando 96 anos, entregando a "Medalha do Mérito Cultural Lilian Argentina" e o Diploma "Moção de Reconhecimento e Aplauso" pelos feitos culturais que se destacaram.
            Foram agraciados com a Moção: 
Airto João Ferronato – Vereador em Porto Alegre e apoiador de iniciativas da CGF.
Maria Janett da Costa Chagas - Idealizadora e coordenadora da "Cavalgada Feminina de Itapuã", realizada sempre dia 1º de maio, desde 2002, em Itapuã (Viamão-RS).
Escola Municipal Heitor Villa Lobos  - Instituição que proporciona o acesso ao conhecimento musical e a vivências artísticas de forma a utilizar a música como meio de promover a autoestima e a inserção cultural 
Orquestra Villa Lobos  - programa desenvolvido desde 1992 pela Escola Municipal de Ensino Fundamental Heitor Villa-Lobos, localizada na Vila Mapa, periferia de Porto Alegre/RS.. 
Vera Lúcia Mena Barreto –Patroa do CTG Tiarayu destaque cultural na 1ª Região Tradicionalista
Sociedade Partenon Literario – Comemorando 150 anos
Sociedade Gaucha de Lomba Grande – Completando 80 Anos

35 CTG – pelos seus 70 anos de história

             E com a medalha do Mérito Cultural Lilian Argentina:

Alessandra Carvalho da Motta – advogada, tradicionalista
Ivo Benfatto – folclorista, professor, tradicionalista. 
Cecilia Rheingantz Silveira - professora, musicista, Regente e Coordenadora da Orquestra Villa-Lobos, 
Marco Aurélio Alves- produtor e ativista cultural, presidente do Conselho Estadual de Cultura.   
União das Etnias de Ijui - UETI coordenação de atividades culturais étnicas em Ijui.
Rogério Pereira Bastos - professor graduado em História, tradicionalista, escritor e jornalista
Dr. Francisco Pereira Rodrigues - Advogado, romancista, poeta, pesquisador, vários livros publicados, foi presidente da Estância da Poesia Crioula e da Academia Rio-Grandense de Letras

              Estiveram presentes, também, a 3ª Prenda do Rio Grande do Sul, Nathália Rodrigues e o 1º Piá Farroupilha da 1ªRT, Vitor Menezes, Nilza Lessa, as filhas da professora Lilian Argentina, além dos agraciados e seus convidados.
               Os agraciados fizeram uso da palavra agradecendo à Comissão Gaucha de Folclore pelas homenagens e relembraram momentos que marcaram suas historias. 





Fotos: Gabriel Luis Soares
"A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las."
Aristóteles

Semana será intensa de palestras. De 02 a 06 de maio, percorrendo o Rio Grande





A campeira no Entrevero de Peões - Palestra no CTG Tiarayu

             Em um evento organizado pelo Peão adulto, Gabriel Luis Soares e o Piá do CTG Tiarayu, Henrique Gehres Moraes, Washington Ivan Machado, Peão Farroupilha da 1ªRT, 1997/1998, palestrou e demonstrou as modalidades que são cobradas no Entrevero Cultural de Peões.
              Machado discorreu sobre as provas de cada categoria explicando cada uma e tirando dúvidas do público que interagiu com o linguajar simples e bem colocado do ex-peão farroupilha da região.
              Vera Lucia Menna Barreto, patroa do CTG, agradeceu a disponibilidade do Washington em ajudar os peões do CTG. Edson Fagundes, o Edinho, cumprimentou os presentes em nome da coordenadoria regional e lembrou da importância dos eventos culturais.
              Após a palestra foi servido bolos e sucos para a gurizada.



sexta-feira, 27 de abril de 2018

Show do Projeto Social Crianças EmCanto no Espaço Cultural Flutuante Cisne Branco

             O Espaço Cultural Flutuante Cisne Branco recebe a bordo o Projeto Crianças EmCanto,  para um passeio no final de tarde do feriado. Acompanhados pela vista maravilhosa da cidade, o grupo tocará a bordo o melhor dos clássicos da música nativista, incluindo canções inéditas do seu CD "Gurizada Medonha. 

             O Grupo Crianças EmCanto é composto pelos cantores mirins Giovanna Vedovi, Cássio Castilhos, Vitor Custódio, Alice Sorrentino e Sarah Alcará, que fazem parte do projeto social da Soprano Cristina Sorrentino e o Violinista Karlo Kulpa, que tem por objetivo a música, como vetor da construção social e cultural no desenvolvimento da criança, além de criar novas possibilidades, descoberta de novos talentos e perpetuar a cultura da música nativista.

Dia 1º de maio de 2018 (terça feira)
Horário de saída do barco: 16h30 do Cais do Porto - armazém B3*
Horário de retorno: 18h30
Ingressos: 40,00 (crianças de 0 a 5 anos não pagam; de 6 a 10 e acima de 60 pagam 50%)
Mais informações: 051 3224-5222 ou 997125672 |(whatsapp)
Acesse: www.barcocisnebranco.com.br

* Em virtude das obras de Revitalização do Porto, o acesso de veículos não é permitido dentro do Cais. Somente táxis tem permissão com a função de embarque e desembarque.
O Barco possui convênio de desconto com a Garagem Mauá, na Av. Mauá, 1263 que fica a 250 metros de distância do Acesso de pedestres na Praça Revolução (atrás do Mercado Público).

Departamento Jovem e a 5ªRT promovem "Congresso Jovem"


quinta-feira, 26 de abril de 2018

Vida e obra de Jayme Caetano Braun, na Livraria Erico Veríssimo


CEC abre a exposição Paixão pelo Rio Grande

             O presidente do Conselho Estadual de Cultura, Marco Aurélio Alves deu por aberta a Exposição: "Paixão pelo Rio Grande", na tarde desta quarta-feira, 17h, na sede do Conselho (Edifício Santa Cruz, no centro da capital).
              Contando com a presença de produtores culturais, conselheiros,  tradicionalistas, membros da Comissão Gaúcha de Folclore e dos filhos do homenageado, o coquetel festivo brindou os discursos emocionados dos experientes fazedores de cultura do Rio Grande do Sul. Octávio Capuano, presidente da CGF, lembrou emocionado quando conheceu Paixão Cortes, no incio dos trabalhos que deram origem ao 35 CTG.
               Carlos Paixão Cortes discorreu sobre a vida e a obra de seu pai, bem como o veterano e experiente Walter Galvani, que já presidiu o Conselho de Cultura e foi patrono da feira do livro da capital. Ivo Benfatto relembrou a importância de Paixão Cortes em um contexto não só do tradicionalismo, mas muito além. A professora Paula Simon Ribeiro, vice-presidente do CEC lembrou dos tempos em que trabalharam juntos pelo folclore e que Carlos era ainda um menino, chamado pelo apelido (que rendeu boas risadas, pelo tom de brincadeira) pelo pai.
Fotos: By Rogério Bastos e Gabriel Soares
              A exposição tem a curadoria da professora e vice-presidente do CEC, Paula Simon e permanece no Conselho até dia 20 de maio.

Alma Gauderia grava o programa Galpão Nativo na TVE

             Em uma tarde de muita alegria e descontração, o Grupo Alma Gauderia gravou, ao lado de Elton Saldanha, o programa Galpão Nativo da TVE.
          Vale a pena conferir as musicas que estão fazendo sucesso como "Louco por Fandango", "Vaneira para o Brasil", "Cá no fim do mundo", "Aqui é aroeira", "Quero voltar", entre outras. O Galpão Nativo vai ao ar domingo, dia 06 de maio, as 8h da manhã

terça-feira, 24 de abril de 2018

Frase do Dia... Sobre críticas...


Senado Federal homenageia a Comissão Gaúcha de Folclore, o 35 CTG, o Partenon Literário e a Lomba Grande

Gabinete da Senadora Ana Amelia Lemos, com apoio de outros senadores gaúchos prestou homenagem à Comissão Gaúcha de Folclore, no dia do seu aniversário de 70 anos, ao 35 CTG, a Sociedade Partenon Literario e a Sociedade gaúcha de Lomba Grande.
           As tradições gaúchas foram tema de sessão especial, nesta segunda-feira,  dia 23, requerida e presidida pela senadora Ana Amélia Lemos. O evento começou as 10h, no Plenário, homenageando os 70 anos do 35 CTG, os 150 anos do Partenon Literário, os 80 anos da Sociedade Gaúcha de Lomba Grande e os 70 anos da Comissão Gaúcha de Folclore.
          O 35 CTG foi o primeiro centro de tradições gaúchas a ser criado, em 1948 (completando nesta terça, 70 anos) e recebeu o nome em homenagem ao início da Revolução Farroupilha, em 1835. Atualmente, há quase mil e oitocentos centros como esse em várias cidades gaúchas e chega perto de três mil pelo Brasil e pelo mundo. Neles, os gaúchos cultuam e divulgam a tradição, o folclore, a cultura, os costumes e a gastronomia do Rio Grande do Sul.
            As demais homenagens foram para outras três organizações relacionadas à valorização da cultura gaúcha: o Partenon Literário, agremiação cultural criada em 1868, a Sociedade Gaúcha de Lomba Grande, uma das entidades tradicionalistas mais antigas do estado,  e a Comissão Gaúcha de Folclore, que incentiva e promove as manifestações das culturas populares tradicionais, criada um dia antes do pioneiro 35 CTG.
Foram chamados para a mesa os representantes das entidades:

Partenon Literário – Dinara Xavier da Paixão
35 CTG – Gleycemari Borges Albrecht
Comissão Gaúcha de Folclore - Octávio Capuano
Sociedade Gaúcha de Lomba Grande - José Luiz Amaral Silveira
MTG-DF – João Francisco Ioung Petroceli
MTG-RS - Nairo Callegaro
Idealizador e proponente da homenagem para o gabinete da Senadora: Rogério Bastos
            Estiveram presentes também, a secretaria da Comissão Gaúcha de Folclore e Conselheira do MTG: Renata de Cassia Moraes Pletz e o Diretor Geral da Confederação Brasileira da Tradição Gaúcha, Wilson Porto, representando o presidente João Ermelino de Mello, entre outros membros de patronagens da Sociedade Guaúcha de Lomba Grande, da Estancia Gaúcha do Planalto, de Brasília e do CTG Jayme Caetano Braun.
            Rogério Bastos falou da importância das entidades que estavam sendo homenageadas, agradeceu a disponibilidade do gabinete da Senadora Ana Amélia Lemos. "Dia 28, a Comissão Gaucha de Folclore também estará homenageando o Partenon Literário, o 35 CTG e a Sociedade Gaucha de Lomba Grande na Câmara Municipal de Porto Alegre, por entender a importância destas instituições, feitas e formadas por jovens que queriam mudar a sociedade da sua época. Por isso lhe agradeço senadora, por entender esta proposta. Por entender a importância destas entidades para a formação cultural do Rio Grande do Sul." - disse Bastos que encerrou declamando "A lição do peão", de Albeni Carmo de Oliveira.



sábado, 21 de abril de 2018

Trovador Adão Bernardes lança seu livro em Igrejinha

Lançamento do Livro de Adão Bernardes na Orocatto, em Igrejinha
             Com o selo da Bastos Produções, o livro de Adão Bernardes foi lançado em Igrejinha. Adão Pedro Bernardes, nasceu em São Francisco de Paula, em 28 de junho de 1959, e transita intimamente nas áreas da trova, poesia, canção e pajada. Como compositor conta com mais de 100 obras gravadas, nos gêneros gaúcho e sertanejo. Com suas composições já venceu o 1º Bordoneio do Canto Ibiá, de Montenegro e o 1º Sergapo, de São Leopoldo.

             É poeta e autor dos livros “Cantando em mi maior de gavetão” (1994), e “O Grande Espelho da Vida” (2013), além de ter participado como convidado do livro Ronda do Carijo (1984). Como intérprete gravou quatro CDs: Adão Bernardes e seus convidados (2001); Antologia da guampa (2004); A Doma do Potro Sinuelo (2010); e Minhas Trovas (2012). Também fez uma participação especial, como convidado, no CD Pajadores do Brasil, da USA Discos (2001), e no CD “Feras do Improviso em Trovas e Pajadas”, da Gravadora Portal X, de Porto Alegre. 

            Por sua profunda ligação com os versos e a trova, foi Presidente da Associação de Trovadores Luiz Müller de Sapucaia do Sul - 2004/2005. Em dezembro, de 2011, foi outorgado o melhor pajador no ano pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e recebeu o prêmio Vitor Matheus Teixeira.

CTG 'Os Tauras da Colina' elege nova patronagem

            Criado em 16 de janeiro de 1992, o "CTG Os Turas da Colina", de Igrejinha elegeu uma nova diretoria assim composta:

Patrão: Drione Ribeiro de Jesus
Vice Patrão: Márcio Reichert
Agregado das pilchas:  Luiz Antonio Gewehr
Sota capataz: Gerusa Pereira tejada 
Patronagem do CTG Os Tauras da Colina - 22ªRT
Departamentos :
Diretor Cultural: Marlene Oliveira 
Diretor Artístico: Adriana Edinger 
Diretor departamento Jovem: Eliton Ramos Jacobus

Opinião do Blog: Parabéns à Patronagem que mantém no departamento Cultural alguém como Marlene de Oliveira. Para esta mulher tiro o chapéu.

Sobre um tema para a Semana Farroupilha 2018 - Festejos Farroupilhas do Rio Grande do Sul

 
         A temática dos Festejos Farroupilhas era feita, até o final do seculo passado, em cada cidade, em cada região. Então, a partir de uma particularidade local extraia-se um tema. Todo estado realizava a Semana Farroupilha, mas sem um grande impacto. Cada um do seu jeito. Assim como era o acendimento da Chama Crioula.

           Quando, em 1947, os jovens alunos do colégio Júlio de Castilhos realizaram a primeira Ronda Crioula, depois que o "grupo dos oito" fez o translado dos restos mortais do general farroupilha, David Canabarro, não imaginavam onde chegaria tal ação. Poderia ter sido somente um evento na escola, mas a repercussão e o trato dado por Manoelito de Ornellas, destacou a atividade, em uma época bastante difícil e contraditória para tais interesses.
Criada pela agencia Parla, que prestava serviços para o SESC, parceiros dos Festejos, foi a Logo escolhida e eternizada
           Entre 1999 e 2002, tentou-se uma temática, com maior incidência na 1ª Região Tradicionalista, mas, feito também em outras. Temas trabalhados: 1999 – Os lanceiros Negros; 2000 – A mulher Gaúcha; 2001 - A República e, 2002 - A mulher. Não existia uma folheteria estadual. Foi a partir do ano de 2003, com o tema - Soldado Farrapo: O herói anônimo, que foi realizado o primeiro desfile temático (com carros feitos propriamente para isso, por artistas plásticos, muitos oriundos do Caranaval e da ChocoFest. O empenho do então governador do estado, Germano Rigotto, do Secretário de Estado do Turismo, Luis Augusto Lara e do presidente do MTG, Manoelito Carlos Savaris, além da dedicação e voluntariado dos tradicionalistas, que o tema ecoou por todo estado e pelo Brasil.
Luis Augusto Lara (E), Germano Rigotto (C) e Manoelito Carlos Savaris
           A partir dai todos os anos era escolhido um tema que todo Rio Grande trabalhava em uníssono:
2004 – Os Ideais Farroupilhas 
2005 – O Gaúcho: Usos e Costumes
2006 – Assim se fez o Gaúcho
2007 – Assim se movimentou o gaúcho
2008 – Nossos símbolos: Nosso orgulho 
2009 – Os farroupilhas e suas façanhas
2010 – Farroupilhas: Ideais, cidadania e revolução
2011 – Nossas raízes
2012 – Nossas riquezas
2013 – O RS no imaginário Social
2014 – Eu sou do Sul
2015 – Campeirismo Gaúcho: Sua importância cultural e social
2016 – A Republica das Carretas – 180 anos da proclamação da Republica Rio Grandense
2017 – Farroupilhas: Idealistas, revolucionários e fazedores de história


Fica bem claro, ao analisarmos as temáticas, que dois grandes temas são discutidos: O Rio-grandense (farroupilhas) e o Gaúcho, propriamente dito. Os anos de 2003, 2004, 2009, 2010, 2016 e 2017 foi tratado da Revolução Farroupilha e 2005, 2006, 2007, 2008, 2011, 2012, 2013, 2014 e 2015 - O Gaúcho. 
            Chama Crioula


            Uma fogueira sempre mexe com os nossos pensamentos. Um fogo de noite pode significar muita coisa. Pode ser um luau, pode ser magia...Tem gente que adora. Outros, morrem de medo. Por que será?

            Em todos os povos e culturas, o fogo sempre foi associado às forças espirituais. É símbolo da divindade e das chamas do inferno. Ao mesmo tempo, o fogo é, dos quatro elementos da natureza, o mais sutil. Afinal de contas é o único com o qual a gente não pode entrar em contato direto.

            O fogo é fonte de luz e nos aquece. Mas ninguém pode tomar banho no fogo, respirar fogo ou pegar fogo sem se ferir. O fogo fere porque ele é pura transformação. Nunca é igual, nem a si mesmo. O fogo aquece nosso coração, ilumina as trevas da Noite e por isso tem importância em rituais de magia, é idolatrado por alguns, serve de inspiração para outros e ainda pode ser considerado símbolo da paixão. Como se vê, o fogo está sempre presente: não só como instrumento da humanidade para dominar a natureza, mas como símbolo de nossos próprios sonhos.

            Antiguidade

            Na antiguidade, o fogo era considerado sagrado por muitos povos, incluindo os gregos que tinham uma lenda segundo a qual o fogo teria sido entregue aos mortais por Prometeu, que o roubara a Zeus. Devido à importância do fogo, em muitos templos eram mantidas chamas acesas permanentemente. Este era o caso do templo de Hestia, na cidade de Olímpia.

            Segundo se sabe, a tradição de manter um fogo aceso durante os Jogos Olímpicos remonta à antiguidade, quando se efetuavam sacrifícios a Zeus. Nessas cerimônias, os sacerdotes acendiam uma tocha e o atleta que vencesse uma corrida até ao local onde se encontravam os sacerdotes teria o privilégio de transportar a tocha para acender o altar do sacrifício. O fogo era, então, mantido aceso durante os Jogos como homenagem a Zeus.

          No Rio Grande do Sul

           Aqui no estado, esse fogo simbólico é representado pela Chama Crioula, que nasceu no ano de 1947, em um momento conturbado da historia Brasileira e mundial. Era um período em que os Estados Unidos da América, que havia tirado vantagens da segunda grande guerra, ditava a moda como centro irradiador das grandes novidades mundiais, espalhando seu capital, seu prestigio, mas principalmente sua cultura que era de “mudar”, “evoluir”, “desenvolver” reproduzir o modismo lançado que invadia a América.

           Era o ano de 1947, quando é criado em Porto Alegre, no Colégio Júlio de Castilhos um Departamento de Tradições Gaúchas, com o objetivo de resgatar, preservar e proporcionar a revitalização das coisas tradicionais do Rio Grande do Sul, através da historia gaúcha. Naquele momento, um grupo de oito jovens ginasianos  deste colégio, não ficaram sentados assistindo culturas alternativas invadirem o cerne cultural de nosso estado, e numa atitude de muita responsabilidade,  oficiaram o presidente da Liga de Defesa Nacional, manifestando o desejo de fazer o acompanhamento dos restos mortais do General Farroupilha, David Canabarro, que era transladado ao Panteão riograndense, de à cavalo. Uma vez aceito pela Liga de Defesa, o mais difícil foi arregimentar cavalarianos para cumprirem o ato, onde podemos verificar que usar indumentária gaúcha  naquele período era quase um “crime” perante a sociedade.

           No dia cinco de setembro de 1947, os oito jovens, tendo por lider João Carlos D’Avilla Paixão Cortes, fizeram o primeiro desfile nas comemorações da semana da Pátria, acompanhando os restos mortais do general farroupilha. no dia 7, da pira, foi retirada uma centelha do Fogo Simbólico, por Paixão Cortes, Ciro Dutra Ferreira e Fernando machado Vieira, acendendo o candeeiro crioulo e guardado no Colégio Julio de Castilhos,  dando origem à nossa Chama Crioula, que simboliza o apego do gaúcho à sua terra, o seu nativismo, seu telurismo. 

           Esta Chama, que permanece acessa dentro de cada um de nós, demonstrando nosso respeito às instituições, valorizando a nossa cultura tradicional, à palavra empenhada, e nossa demonstração de civismo, patriotismo e amor ao Rio Grande e suas mais caras tradições, era acesa em diversas partes do estado, mas em Porto Alegre o tradicional ato era repetido no dia sete de setembro. Até que em 2001, em Guaíba, em frente a casa de Gomes Jardim, e do Cipreste farroupilha, o Rio Grande se reuniu para uma cerimônia única. Dali partiram cavalarianos para muitas regiões. E assim continuou ano à ano...
Foto histórica: Chama Crioula em 2011, comemorava os 50 anos da Carta de Princípios, em Taquara. Wilson Tubino (E), Ivo Benfatto, Manoelito Savaris, José Roberto Fischborn, Dinara Xavier da Paixão e Darcy Paixão
2002 – Acesa em Laguna/SC, para distribuição em Santa Maria
2003 - Camaquã, na Chácara da Água Grande, de Barbosa Lessa
2004 - Erechim, no Recanto dos Tauras
2005 - Viamão, cidade fundamental na história do RS
2006 - São Gabriel, na Sanga da Bica, onde tombou Sepé Tiarayú
2007 - São Nicolau, 1ª redução e um dos 7 povos das missões
2008 - São Leopoldo, Terra de Colonização Alemã
2009 - São Lourenço, no casarão de Ana, irmã de Bento Gonçalves
2010 - Itaqui, o acendimento volta para a fronteira
2011 - Taquara, cinquentenário da Carta de Princípios
2012 - Venâncio Aires - Capital Nacional do Chimarrão
2013 – General Câmara – Distrito de Santo Amaro 
2014 – Cruz Alta – Terra de Érico Veríssimo
2015 – Acendimento internacional na Colonia do Sacramento e no Brasil a distribuição no Chui
2016 – Triunfo – Terra de Bento Gonçalves e da Batalha do Fanfa
2017 - Mostardas  e, em 2018 será em Iraí;
           Temáticas possíveis em 2018 para os Festejos Farroupilhas
Temática de 2013 abordou o imaginário social. Mitos e Lendas do Rio Grande do Sul forma debatidos
            O ano de 2018 proporciona algumas possibilidades únicas para os tradicionalistas e amantes da cultura gaúcha. Neste ano completam-se 180 anos das maiores conquistas farroupilhas. Foi em 1838, que Bento Gonçalves, já no Rio Grande, depois de fugir do Forte do Mar, na Bahia, voltou a liderar a República e foram grandes as investidas. Domingos José de Almeida proporcionou a vinda de equipamentos para a primeira tipografia farrapa, e Luiggi Rossetti editou o primeiro jornal "O Povo", em Piratini. Juntos os Generais Farrapos tomaram a tranqueira invicta, Rio Pardo, no dia 30 de abril de 1838 e prenderam a banda Imperial onde estava o maestro Joaquim José de Mendanha. Ali nascia o hino mais cantado do mundo (naquele dia, só tocado). Também 180 anos do Manifesto de Bento Gonçalves.

Possibilidades:
180 anos da Tomada de Rio Pardo
180 anos do Hino Farroupilha
180 anos do Jornal "O Povo"
180 anos do Manifesto de Bento Gonçalves
Qual frase de efeito caberia para abordar todos estes temas?