Resumo 6 - Viagem ao Rio Grande do Sul
outubro de 1820 - Auguste de Saint-Hilaire
Hospeda-se em uma estância com rebanho de ovelhas soltas ao campo e conhece o cachorro ovelheiro, que antes de abrir os olhos é colocado para mamar em uma ovelha, tendo um abrigo feito em meio ao rebanho, quando abre os olhos toma-lhes afeição e erige-se seu defensor, repelindo com valentia qualquer animal que venha atacar. Se alimenta na casa da fazenda e quando o rebanho se afasta deixa até de comer para acompanhá-los. Quando começam a comer carne só lhes dão cozida, para que não ataquem os cordeiros. Este mesmo relato é feito a ele por moradores de Porto Alegre.
Na Estância do Silvério há um grande pomar com boa variedade, o maior que viu no Brasil. Emprega 12 negros, mas descreve que apenas três jardineiros franceses fariam até melhor o serviço, pois o negro quando liberto trabalha estritamente para matar a fome, quando escravo trabalha mal e com lentidão.
Para proteger do gado solto no campo algumas culturas, como hortaliças, eram cercadas por um fosso profundo, onde eram plantadas espécies espinhosas.
Para adubação algumas estâncias colocavam o gado em galpão e de carrinho levavam o esterco até a área de plantio, outras cercavam o gado já no local até adubar.
Um soldado aparece, enviado pelo Conde (governador), para acompanhá-lo. Esta proximidade lhe garante pouso e alimentação em quase todas as paradas, sem custo. Como este soldado conhece o churrasco de fogo de chão, com o espeto encravado na terra.
Descreve em detalhes o chimarrão, e que o dia inteiro a chaleira está no fogo para ser tomado a qualquer hora, ele mesmo já se habitou. Quando entra um estranho na sala logo se oferece esta bebida que que acredita trazer muitas benesses, especialmente aqui onde se come muita carne.
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