terça-feira, 31 de julho de 2018

Tropeirismo. O Burro e a Mula no folclore/parte II

Quem burro vai a Santarém, burro vai e burro vem - pessoa burra é burra e não tem remédio (ditado português).
Burro que muito zurra pede cabresto - zurrar é emitir zurros, que é a voz dos burros. Pedir cabresto significa, neste provérbio, pedir serviço.
Burro não amansa, se conforma - reforço da imagem do animal durão e teimoso.
Filho de burro pode ser lindo, mas um dia dá coice — Não é confiável.
Pela andadura da besta se conhece quem monta - constatação.
É na sela que o burro conhece o cavaleiro - constatação.
Pra burro só faltam as orelhas - forma irônica de chamar alguém de burro.
Burro velho se vende longe - expressa engodo, tapeação .
Trabalha como um burro - expressão comparativa de quem trabalha bastante.
Mais carregado que burro de mascate - expressão comparativa. Os "turcos" mascates andavam pelas estradas com seus animais carregados de badulaques.
Quem puxa carroça é burro - pessoa queixando-se de muito serviço.
Se amarra o burro à vontade do freguês - o freguês é que manda.
Do homem é o errar, do burro é teimar - comportamento.
Um burro com outro se coça — ajuda mútua
Mula só dá pinote debaixo de chicote - só vai na marra, na violência...
É melhor andar a pé do que em burro magro - alternativa, opção.
Arre! Arre! Burrico! El que nació para pobre, nunca hay de ser rico. (Ditado espanhol)
Empacado como uma mula - é o preguiçoso que não ata e nem desata.
O burro, por mais que disfarce deixa as orelhas de fora - Não dá pra esconder.
Ficar com cara de asno — ficar abobalhado.
Não gabe o burro, antes de passar a picada - não elogiar antes da hora.
Burro gosta de ouvir o seu zurro - querer ser o tal...
Se mudar a cor do capim, burro morre de fome - E mais uma referência injusta à folclórica burrice dos burros.

Luiz Antônio Alves e Sergio Coelho de Oliveira
livro:o linguajar tropeiro

Tropeirismo. O Burro e a Mula no folclore/parte I

              Segundo Luiz Antônio Alves e Sergio Coelho de Oliveira, em seu livro, o linguajar tropeiro, o burro e a mula pelo tempo que viveram ao lado do homem, servindo-lhe fielmente, são animais que mais aparecem no folclore, como personagens de palavras figuradas, ditados e provérbios. O que encontramos na "boca do povo"?

Burro - pessoa de pouca inteligência. Uma fama injusta, já que o burro é um animal inteligente.
Burro de carga — pessoa trabalhadora demais.
Metido à besta - é o cara que quer ser.
Caveira de burro - é azar.
Coice de mula — ação violenta e vigorosa.
Pai dos burros - dicionário.
Grande pra burro - expressão de grandeza.
Dar c'os burros nágua — ser mal sucedido.
Burro velho também gosta de capim novo — é o homem de idade se engraçando com menina nova.
Burro amarrado também pasta - é o homem casado que pula cerca.
Quando eu quiser falar com burro, bato na cangalha - é a advertência que se faz a um intrometido
Se ferradura desse sorte, burro não carregava carga — esse provérbio ironiza a crença de que ferradura dá sorte
Picar a mula — ir embora, partir,
Colocar o burro na sombra - acomodar-se.
Teimosa como uma mula - mulher teimosa.
De tanto pensar morreu um burro - advertência que se faz a uma pessoa, que demora em tomar uma decisão.
Burro velho não aceita freio - não adianta querer mudar os hábitos de uma pessoa de idade.
Burro velho não pega trote - significado idêntico ao anterior.
Quando um burro fala, o outro murcha a orelha - ditado dirigido às pessoas que se intrometem na conversa dos outros.
Não se deve confiar em mula tropeira e nem em mulher festeira -uma advertência.
Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte é burro ou não tem arte — uma constatação.
Burro e carroceiro nunca entram em acordo - é uma crítica ao carroceiro, que é teimoso também.


Mario Brondani e Cesar Barbosa são homenageados com o Título de Patrono em suas cidades

              Ao ler as redes sociais pela manhã, hoje substituindo os jornais, deparo-me com a noticia dos festejos farroupilhas de Bagé e Dois Irmãos e, de dois personagens que merecem nosso respeito e que tiremos o chapéu quando passam: Mário Nei Brondani e Cesar Barbosa, o "Amarelo" pois eles serão homenageados na Semana Farroupilha de suas cidades. 
Brondani já foi patrono, também, de Rosário do Sul

             O tradicionalista rosariense, aquerenciado na Rainha da Fronteira, Mario Nei Brondani, recebeu da Comissão Municipal dos Festejos Farroupilhas, o título de Patrono de Bagé, em 2018. Além de muitas atividades voltadas ao tradicionalismo gaúcho, Brondani desenvolve um projeto que leva o nome de seu filho, Matheus Brondani, estudante de veterinária, que era laçador, e foi uma das vítimas da tragédia da boate Kiss. A Escola de Laço tem sede em Bagé e atende crianças e adultos como forma de valorização da cultura gaúcha.

            Conforme Brondani, a escola, que está em funcionamento desde 2013, vem crescendo consideravelmente. O trabalho desenvolvido é dedicado a ensinar crianças, jovens e adultos a lidar com o laço, mas isto é apenas um meio para que se atinja o objetivo principal da iniciativa, que é participar da formação de jovens, mostrando a eles que é possível fazer um mundo melhor.

           E, na cidade de Dois Irmãos, Amarelo também será homenageado como Patrono dos festejos Farroupilhas do município. Uma grande honraria e reconhecimento.

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Identidade Gaúcha - Um programa com o DNA da Gauchada

                 Rogério Bastos, Jornalista, radialista, professor de historia, juntamente com sua esposa Liliane Pappen Bastos, Presidente do Instituto Escola do Chimarrão, de Venâncio Aires, também Jornalista, design gráfica, ambos palestrantes, agora produzem e apresentam o programa Identidade Gaúcha – Um programa com o DNA da Gauchada – pela Radio Quero-Quero.net, a Sentinela dos Pampas e pela Radio Acácia FM 87.9, comunitária do Jardim Algarve, em Alvorada. Vai ao ar de terça a quinta das 8h as 10h.

            Dentro da programa existem quadros que informam como :
            Medicina Campeira e Povoeira – Com Severino Moreira, de Candiota nas terças
            Tropeirismo Biriva. História, canto e dança – com Cristiano Barbosa, de Antônio Prado, toda quarta-feira
            Reminiscências – Com Renata Pletz, de São Jeronimo, toda a quinta-feira
            Repontando Datas – Todos dias de programa (terça a sexta, perto da abertura para dar o start do programa) com o artista plástico, advogado, poeta, compositor e chargista Léo Ribeiro de Souza.

           Uma novidade dentro do programa é que o segundo bloco é dedicado à musicas de mulheres e o terceiro para musicas de grupos de danças que chamamos de bloco do ENART. Musicas que são feitas para entradas e retiradas e ficam só ali no palco, e depois, esquecidas.

           Quando o programa leva convidados especiais, tem live no canal e fanpage do Identidade Gaúcha e perfis do facebook. Para dia 31/07 tem um especial "tributo às mulheres", dia 9/08, Léo Ribeiro falando sobre a "Tertulia Maçônica" e dia 22 de agosto, especial “Falando em Folclore” - com a Comissão Gaúcha de Folclore, Febrarp, Cioff e MinC. 

           De terça a quinta, Identidade Gaúcha, o programa com o DNA da Gauchada, das 8h as 10h.

Resultado da 38ª Coxilha Nativista de Cruz Alta

            Chegou ao final a 38ª edição da Coxilha Nativista, de Cruz Alta que reuniu cerca de 12 mil pessoas no ginásio José Westphalen Correa. A Coxilha é o único dos grandes festivais, voltados à música regional gaúcha que jamais interrompeu sua realização anual. Na noite de sábado (28), conheceu-se a grande campeã, que foi a música Inventário de Campo, que ficou com os prêmios de melhor música, letra e melodia.
Fotos: Thais Quevedo / Divulgação
Melhor música: Inventário de Campo 
Intérprete: Robson Garcia. 
Letra: Juliano Santos e Michel Plautz. 
Melodia: Marcelo de Araújo Nunes 

Melhor Intérprete: Marcelo Oliveira (Rosa de Pedra)
Melhor Letra: Inventário de Campo (Juliano Santos e Michel Plautz)
Melhor Melodia: Inventário de Campo (Marcelo de Araújo Nunes)
Melhor Instrumentista: João Paulo Deckert (Rosa de Pedra)
Melhor Arranjo: Rosa de Pedra
Melhor Conjunto vocal: Quarteto Coração de Potro (Continuidade)
Indumentária: Pirisca Greco (Nobre Cavaleiro Andante)

Música mais popular: Rancheira de Domador
Intérprete: Raineri Spohr. 

Letra e melodia: Felipe Correa

A última barreira - por Liliane Pappen Bastos

          Nunca me considerei uma feminista, pelo menos não no sentido etimológico da palavra, mas sempre defendi o direito da mulher de ser e fazer o que quisesse. Criada em uma família de poucos recursos, muito cedo precisei trabalhar e conquistar meu espaço. Como a grande maioria das mulheres, enfrentei assédio e menosprezo, mas isso nunca foi limite, pelo contrário, foi estímulo para mostrar a minha capacidade. Quando, em 1990, engrossei as fileiras do tradicionalismo junto com meus amigos do Grupo de Jovens ‘Liberdade’, na comunidade Santa Rita de Cássia, em Venâncio Aires, eu desconhecia os desafios que estavam por vir. 

           Como toda jovem apaixonada, em pouco tempo eu desejei fazer parte consciente e ativa deste movimento, e com o apoio de grandes incentivadores, comecei a participar dos concursos de prenda na entidade e região. Mais uma vez estava lá o preconceito – tu és apenas uma prenda, isso não é coisa de prenda, prenda não pode fazer isso, lugar de mulher é... Hein? Espera aí, lugar de mulher é onde ela quiser estar! Ocupando cargos e realizando com maestria tudo que qualquer homem faz! Minha teimosia não me permitiu abaixar a cabeça e seguir as convenções. Eu segui, com a delicadeza feminina e a postura de mulher gaúcha, ocupando os espaços e me construindo. Muitas mulheres, contemporâneas a mim, devem se identificar nesse prelúdio.

           Agora, em 2018, finalmente estamos diante da última barreira. Temos a possibilidade de quebrar o paradigma final que nos separa da igualdade definitiva. Há muito, as mulheres vêm ocupando seus espaços na política e em todos os segmentos da sociedade - de pedreira a presidente! Já tivemos uma Governadora do Estado mulher, uma Presidente da República mulher, mas nunca antes na história, tivemos uma mulher à frente do Movimento Tradicionalista Gaúcho. Já ouvi nas entrelinhas que eleger uma mulher, é eleger uma ‘marionete’. Ora, meus caros, onde é que uma mulher é marionete de alguém? Isso é, no mínimo, subestimar a capacidade feminina!

Reflitam: de quem são as decisões cotidianas no seio do lar? Percebam quantas mulheres, na atualidade, são provedoras de suas famílias (hoje, as mulheres já são chefes de família em 67% dos lares brasileiros!), quantas mulheres comandam grandes empresas, quantas mulheres administram com maestria entidades e regiões tradicionalistas destacadas em nosso movimento. Há muito, as mulheres se apropriaram de suas decisões e argumentar que uma mulher pode ser manipulada é, no mínimo, indigno de homens esclarecidos!

          A mudança nunca é fácil. Ela atemoriza os que estão acostumados com a zona de conforto, com o ‘mas sempre foi assim’. Entretanto, mudar é princípio básico de sobrevivência. Ao longo de milhares de anos, nos adaptamos, mudamos para sobreviver. Esse é um novo tempo. E eleger a primeira mulher presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho é assumir que estamos seguros de quem somos e aptos a enfrentar o novo. Eleger uma mulher é dar espaço para o pulso firme, sem perder a doçura da mão materna, afinal, dizer não como o rigor necessário é, também, papel de quem educa. Um novo tempo se descortina diante de nós, precisamos romper a última barreira.

           No início do movimento, nos idos da década de 50, do século passado, Paixão Côrtes nos conta que apenas homens participavam, e que a visita ao Uruguai lhes abriu os olhos para a importância da mulher no meio. Lá, a mulher já exercia seu papel com maestria. Em 52 anos de Movimento Tradicionalista organizado, o MTG teve apenas presidentes homens. Somente em 1990, uma mulher foi convidada para integrar a administração do Movimento, porém, sempre com papel hierárquico inferior ao homem. Por isso, eleger uma mulher presidente é dar fôlego aos próximos 50 anos de Movimento, efetivamente vivenciando o lema de igualdade estampado em nossa bandeira. Sirvam nossas façanhas de modelo a toda a terra!

Depois de 52 anos de história, MTG terá sua primeira candidata mulher

Pela primeira vez em sua história, o Movimento Tradicionalista Gaúcho do Rio Grande do Sul terá uma candidata do sexo feminino disputando as eleições em janeiro, no Congresso, na cidade de São Borja, para a cadeira de presidente da federação. Elenir poderá se tornar a primeira mulher à ser gestora do MTG.

              Elenir de Fátima Dill Winck,  é natural de Cruz Alta, casada com Ciro João Winck, residente em Panambí,  cidade que a recebeu e a condecorou com o título de cidadã panambiense

Elenir tem o reconhecimento da cidade que adotou para viver
           Elenir é Pós-graduada em Geografia, pela UNIJUI. Iniciou sua carreira profissional como Professora na rede municipal de Panambi, em 1975 e na rede estadual, em 1978. Foi Vice-Diretora da Escola Estadual de Educação Básica Poncho Verde e durante doze anos (de 1984 a 1996) foi diretora da EMEF Presidente Costa e Silva. Nos anos de 1995 e 1996 integrou o Conselho Municipal de Educação de Panambi. Coordenadora Pedagógica da 36ᵃ Coordenadoria Regional de Educação de Ijui.(2007-2008).

            Atuou como Presidente do Conselho dos Secretários Municipais de Educação (CONSEME) da Associação dos Municípios do Planalto Médio – AMUPLAM, e integrante da diretoria da União dos Dirigentes Municipais de Educação do RS-UNDIME(2009 a 2012- 2015-2016). Foi Secretária Municipal de Educação e Cultura do município de Panambi, por quatro administrações: (1997/2000; 2001/2004; 2009/2012; 2013/ 2016). 


          Por várias gestões integrou o Departamento Cultural do Centro de Tradições Gaúchas Tropeiro Velho, de Panambi. Também foi Diretora Cultural da 9ª Região Tradicionalista, por quatro anos e Diretora Artística do Movimento Tradicionalista Gaúcho – MTG do Rio Grande do Sul por três anos. Avaliadora de vários concursos de Ciranda Cultural de Prendas e Entrevero Cultural de Peões. Atuou como relatora em Convenções e Congressos Tradicionalistas e foi organizadora e apresentadora de protocolos do MTG durante 2009, 2010 e 2011. Foi Presidente do 1º, 2º, 3º, 4º, 5º e 6º Moinho da Canção Gaúcha de Panambi/RS.

           Elenir presidiu a Comissão Executiva do 25º Entrevero Cultural de Peões do Rio Grande do Sul, realizado nos dias 18 a 20 de abril de 2013, em sua cidade. Conselheira do Movimento Tradicionalista Gaúcho, desde 2014. Foi vice-presidente de cultura do MTG, nos anos de 2014, 2015 e 2016.
Atualmente é vice-presidente de administração e finanças do MTG, desde o ano de 2017. É integrante do Lions Clube de Panambi,  desde 1995, onde se doa para ajudar a sua comunidade.

domingo, 29 de julho de 2018

Resultado do 24º FESTMIRIM - M'Bororé é Tricampeão

Foto do Arquivo de Thaiane Dutra - CTG M'Bororé Tricampeão do FestMirim 2016/2017/2018
Categoria Força "A" - Mirim
1º Lugar: CTG M’Bororé  -  Campo Bom – 30ªRT
2º Lugar: CTG Gildo de Freitas  -  Porto Alegre – 1ªRT
3º Lugar: CTG Aldeia dos Anjos  -  Gravataí -  1ªRT
4º Lugar: CTG Guapos do Itapuí  -  Campo Bom – 30ªRT
5º Lugar: CTG Lalau Miranda  -  Passo Fundo  -7ªRT

Categoria iniciantes
1º Lugar: Centro Farroupilha de Tradição Gaucha  -  Alegrete – 4ªRT
2º Lugar: CPF Alma Gaúcha  -  Santa Maria – 13ªRT
3º Lugar: CTG Querencia do Imbé  -  Imbé -  23ªRT
4º Lugar: CTG O Grito de Sepé  -  Entre Ijuis – 3ªRT
5º Lugar: CTG Gaspar Silveira Martins  -  Ajuricaba  - 9ªRT

Melhor Entrada Iniciante
1º Lugar: Centro Farroupilha de Tradição Gaucha  -  Alegrete – 4ªRT
2º Lugar: CPF Alma Gaúcha  -  Santa Maria – 13ªRT
3º Lugar: CTG Querencia da Serra - Cruz Alta - 9ª RT

Melhor Saída Iniciante
1º Lugar: CTG Tropilha Crioula -  São Borja – 3ªRT
2º LugarCTG Querencia do Imbé  -  Imbé -  23ªRT
3º Lugar: CTG Querencia da Serra - Cruz Alta - 9ªRT

Melhor Entrada Força "A" Mirim
1º Lugar: CTG Essência da Tradição  -  Novo Hamburgo – 30ªRT
2º LugarCTG Aldeia dos Anjos  -  Gravataí -  1ªRT
3º LugarCTG Lalau Miranda  -  Passo Fundo  -7ªRT

Melhor Saída Força "A" Mirim
1º LugarCTG Aldeia dos Anjos  -  Gravataí -  1ªRT
2º LugarCTG Rancho da Saudade  -  Cachoeirinha -  1ªRT
3º LugarCTG Lalau Miranda  -  Passo Fundo  -7ªRT



Valter e Zoreia palestram sobre Tropeirismo, em Viamão


Tradicionalismo Gaúcho organizado se encontra em Panambí, para a 85ª Convenção

             O CTG Tropeiro Velho, na cidade de Panambí, 9ªRT, recebeu neste sábado, 28, o Rio Grande tradicionalista para o debate dos regulamentos do Movimento Tradicionalista organizado, durante a realização da 85ª Convenção.
              Dezenas de ônibus e carros chegavam no decorrer da manhã com pessoas de diversas partes de todo o estado. Desde os extremos, como Fonteira Oeste, Litoral, Missões até mesmo arredores como a região central e Planalto Médio.
               A Comissão Organizadora teve a frente como presidente, Jorge Luis Kersting Malheiros, vice-presidente Elenir de Fátima Dill Winck (Atual vice-presidente de Administração e Finanças do MTG), Tesoureiros Cleber Balke e Auri Hirsch e secretárias Luise Morais, Cristiana Stein e Luana Jardim.
                Como acontece no Congresso (em janeiro), a convenção reúne os amigos que se encontram para conversar, debater, trocar ideias... E, ao lado dos ônibus de excursão formam-se acampamentos para fazerem as refeições juntos. Momentos de descontração e muita alegria.
                A juventude se reuniu em ambientes separados para suas atividades (Mirins, juvenis e adultos).

               Na foto acima a presença do Conselheiro Benemérito do Movimento Tradicionalista Gaúcho e grande amigo, José Aldomar de Castro, liderança presente em Cruz Alta e na 9ªRT, ao lado do jovem Marco Saldanha, Diretor do Departamento Jovem do MTG (E as prendas com a presença marcante de Andressa Domanski, eterna prenda do Rio Grande).
                Na foto acima, Vorni Prestes, de Cachoeira, ao lado de Breno Kuhn, da 16ªRT, Os coordenadores da 5ªRT, Luis Clóvis Vieira e da 6ªRT, Roberto Ferreira, além do Conselheiro Benemérito doMTG, Gerson Luis Ludwig, proprietário da Artega e sua esposa.



Amigos se reencontrando. Bergamota e Kelvyn formaram o departamento Jovem do MTG (acima)

              Frase de Helio Ferreira, em seu Facebook, filho de um dos componentes do "Grupo dos Oito", Cyro Dutra Ferreira: "A 85ª Convenção em Pananbi, registrou um momento histórico do Movimento Tradicionalista organizado, pela primeira vez em 52 anos, foi apresentada de maneira formal, uma mulher, Elenir Wink, para liderar a chapa de oposição ao MTG/2019. Que se registre esse nome e esse momento, um dia eles vão estar nos livros que contam a historia do movimento". Sobre este assunto estaremos falando, permanentemente, em nosso blog, nas redes sociais, e no programa Identidade Gaúcha. Teremos a participação da própria Elenir e de apoiadores deste que é um marco para o tradicionalismo gaúcho: o rompimento de paradigmas.
Na foto abaixo, Gerson Ludwig e Paulo Vargas e ao lado, Marilia Dornelles que divulga a Festa Nacional do Churrasco

Viagem ao Rio Grande do Sul, de Auguste Saint Hilaire - Parte XII

Mestiços - Bolicho - vaqueanos

Texto: Jeandro Garcia / Parceria com o Blog do Léo Ribeiro
           Em 18 de dezembro Saint-Hilaire chega a Aldea de Las Víboras os habitantes vivem na indigência. Em sua maioria índios ou mestiços vindos de outro lugares em busca do fácil sustento, em uma época em que na região havia muito gado. Com o extermínio destes animais hoje se sustentam cortando matos e enviando a Montevidéu e Buenos Aires.

           Na aldeia há muitas bodegas, onde deixam metade do que ganham, especialmente em bebidas, são quase como os bolichos do Rio Grande, vende-se de tudo e as mercadorias são distribuídas em prateleiras, paralelo a porta um grande balcão onde os clientes se escorram para beber, enquanto o cavalo pacientemente espera à porta.

           Seguindo em Arenal-Chico não encontraram nem gravetos para o fogo, precisando contentarem-se com apenas pão e queijo, no mesmo lugar haviam imensas tropas de jumentos selvagens, mas raras vacas e cavalos. Seu pessoal caçou quatro porcos castanhos, ficando apenas com os filhotes e melhores partes dos adultos. Também haviam muitos cachorros castanhos, onde um de seus serviçais pegou um filhote para criar.

          Ao chegar em uma casa a dona logo lhe convidou para montar uma mesa na rua, em que lhe serviu uma grande tigela de carne e como estava com muita fome se rendeu aos hábitos locais, comendo sem garfo, faca, farinha e pão. Em todas as casas o empregado ou escravo que serve a mesa recita a ação de graças em voz alta.

         As pessoas do campo levam uma vida selvagem, alheia a moral ou religião. Os padres jesuítas são mais presentes que os brasileiro, mas não se ocupam da instrução dos fiéis, nem mesmo há um catequista nas aldeias.

          Define o termo “Vaqueano” como o homem que conhece bem a região, sendo um bom guia, presumindo que vem de vaca este nome, já que este deveria conhecer bem os caminhos que as vacas andam, por tanto sabendo onde encontra-las quando se perde.

          No Acampamento del Rincón de las Gallinas, já em 27 de dezembro, se apresenta ao Brigadeiro que é responsável de tropa de guarnição do Uruguai. Este lhe oferece alojamento para todos, carne e coloca seu capataz para cuidar de seus bois e cavalos.

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Charla Gaúcha em Júlio de Castilhos


Leo Ribeiro de Souza e Porca Véia serão homenageados no Ronco do Bugio

Leo Ribeiro (D) e Porca Véia. Justa homenagem
         Os homenageados desta 27ª edição do Ronco do Bugio serão o gaiteiro Porca Véia, de forte ligação afetiva e musical com este município serrano em face de que é o maior representante da musicalidade Bertussi, filhos de São Francisco de Paula, além de ter residido e criado um vínculo de amizade muito forte nesta localidade. Hélio Xavier, o Porca Véia, é um dos artistas mais carismáticos deste Rio Grande de São Pedro. O poeta Léo Ribeiro de Souza, é cria das Contendas, interior de São "Chico" morando na capital de todos os gaúchos mas sem perder os vínculos de seu chão nativo. Foi coordenador do Ronco em sete edições, jurado em doze ocasiões, criou quatorze capas do evento, escreveu e publicou um livro sobre este genuíno festival, além de participar ativamente desde sua primeira edição.

            Homenagem merecidíssima. Parabéns Léo e Porca.
Fonte: blog do Leo Ribeiro
   

quarta-feira, 25 de julho de 2018

Prendas e Peões da CBTG lançam novos desafios culturais

           O Projeto “Desafios Culturais da CBTG” é uma iniciativa do prendado da CBTG (gestão 2017-2019), com o objetivo de gerar ações em todo o Brasil em torno de um tema abrangente relacionado à cultura gaúcha, ao tradicionalismo ou à atuação social do Movimento Tradicionalista Gaúcho. 

             Os temas são lançados mensalmente, e sua escolha se dá com base em datas comemorativas, tendo relação com assuntos em discussão no âmbito tradicionalista e no âmbito social. São temas abrangentes que permitem diferentes apropriações, abordagens e formatos: não tem um jeito certo de se cumprir os desafios!

             Vale ressaltar que o projeto NÃO objetiva a competição entre entidades, pessoas ou mesmo federações! Queremos promover, em cada pessoa tocada pelas ações, uma reflexão sobre os temas, a busca por novos conhecimentos e a geração de interesse em debater e aprender sobre os temas lançados. 

             Por isso, não é um problema se determinada entidade só consegue cumprir alguns dos desafios, ou então quando se extrapola o período do mês para realizar ações da temática do mês anterior. Tudo é permitido, já que gostaríamos de trabalhar juntos em prol dos objetivos do Departamento Cultural!

            Para cada pessoa que participou das ações, disponibilizaremos um certificado. É só enviar uma lista dos participantes, com seus nomes e os CTGs, RTs e MTGs aos quais são filiados para o e-mail desafiosculturaiscbtg@gmail.com . Essa orientação vale também para quem já cumpriu os desafios, que estão acontecendo desde abril de 2018. 

           Quaisquer dúvidas sobre os desafios, certificados ou temáticas, pode-se entrar em contato com qualquer membro do prendado da CBTG, ou ainda com a idealizadora do projeto, Danielli Oliveira (3ª Prenda Veterana da CBTG), pelo WhatsApp (41) 99893 6748.

           Vamos aprender juntos? Divulgamos, então, o cronograma de desafios para o segundo semestre de 2018, para que todos tenham a oportunidade de se preparar! 
           Não esqueçam de publicar as fotos e a descrição das ações nas redes sociais, com a hashtag #DesafioCulturalCBTG! Esperamos a participação de todos. 

Lapidar-se! Construir-se sempre! A genialidade de Léo Ribeiro de Souza

O estudioso artista plastico, compositor, poeta, advogado e tradicionalista Léo Ribeiro de Souza construiu este troféu
           

               O Artista Plástico, Léo Ribeiro de Souza, desenvolveu um troféu para a 7ª Tertúlia Maçônica, que acontece dia 11 de agosto, às 20h (no Teatro do SESC, Av. Alberto Bins 665, Porto Alegre, cuja entrada terá o custo social de um quilo de alimento não perecível), que nos remete a permanente mudança que temos que instalar em nossas vidas, nos reinventando a cada dia, lapidando nossa personalidade. Percepção fantástica. Veja o que ele diz sobre este troféu:


TROFÉU DA SÉTIMA TERTÚLIA MAÇÔNICA 
é um convite a lapidar-se como gaúchos e como pessoas.

            Está na mão o Troféu da Sétima Tertúlia Maçônica da Poesia Crioula. A bela escultura da artista plástica Cristina Silva Santos, de Santa Rosa, desenvolveu-se a partir de um desenho de minha marca feito especialmente para o evento. A ideia de uma pessoa se lapidando já existia mas fiz algumas mudanças, colocando pilchas gaúchas e um violão a meia espalda simbolizando a musicalidade e o lirismo poético de nosso povo.

            Como tudo dentro da Ordem Maçônica é simbólico esse troféu também representa o quanto temos que nos lapidar até chegarmos a ser alguém como pessoas e, trazendo para nossa cultura regional, como gaúchos. Esta lapidação só acaba quando chegarmos aos pés, ao chão, a terra, de onde viemos e para onde voltaremos, ou seja, só termina quando morrermos.

            Tal representatividade serve como uma luva para mim que busco ser alguém mais tolerante.... mas é difícil.

           Serão distribuídos dez troféus iguais a este (um por poema) além de uma linda medalha a cada participante.
----------------------------------------------------------------------------------------
Poesias classificadas para  a 7ª Tertúlia Maçônica
CATEGORIA MAÇÔNICA  
Poesia: Irmandade
Autor: Mario Amaral  
Declamador: Mario Amaral
Amadrinhador: Ewerton dos Anjos Ferreira

Poesia: Quando o verso ganha asas.
Autor: Carlinhos Lima
Declamador: Fábio Malcorra
Amadrinhador: João Bosco Ayala Rodrigues

Poesia: Para ser Maçom 
Autores: Rafael Paulo e Hermeto Silva
Declamador: Paulo Inda 
Amadrinhador: Jaime Ribeiro 

Poesia: A banhadora de sapos, torturadora de grilos.
Autor: Carlos Omar Villela Gomes
Declamadora: Suelen Mombaque Schneider
Amadrinhador: Rodrigo Cavalheiro

Poesia: Peregrino dos quatro elementos
Autor: Moises Silveira de Menezes
Declamador: Rodrigo Canani Medeiros
Amadrinhador: Juliano Javoski
  
CATEGORIA NÃO MAÇÔNICA

Poesia: Romance de estrada e estância
Autores: Vítor Ribeiro / Rosa Linn
Declamadores: Kelvyn Krug  / Julio Carlet
Amadrinhadores: Jean Carlo Godoy / Charlise Bandeira  

Poesia: Destas heranças de campo
Autor: João Antônio Marin Hoffmann
Declamador: Pablo da Rosa
Amadrinhador: Jorge Araújo

Poesia: O Roubo de Santo Antônio
Autora: Joseti Gomes 
Declamadora: Silvana Giovanini
Amadrinhador: Adão Quevedo

Poesia: Cartas a saudade 
Autor: Caine Teixeira 
Declamador: Jair Silveira 
Amadrinhador: Gustavo Campos

Poesia: Os versos que eu extraviei
Autor: Marcelo Dávila
Declamador: Érico Rodrigo Padilha
Amadrinhador: Luidhi Moro Müller

terça-feira, 24 de julho de 2018

Seminário sobre Tropeirismo, na 24ªRT, mudou de local - será dia 4, em Lajeado

            O evento que aconteceria no CTG Caminhos da Serra, em Marques de Souza, foi transferido para o CTG Bento Gonçalves, em Lajeado, em parceria com o Piquete Morro Santo.


Nesta quinta, 26, Identidade Gaúcha entrevista Rinaldo Souto

Agradecer a disponibilidade de Rinaldo Souto, que participará do Programa Identidade Gaúcha falando sobre Danças
       E dia 26 é dia de aniversariantes.. como o CTG Cruzeiro do Sul, de Guaíba, 1ªRT, e do CTG Joaquim Paulo de Freitas, de Canguçu, 21ªRT. Parabens para patronagem, departamentos e associados.

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Borghetinho é o Patrono dos Festejos Farroupilhas de 2018

           A Comissão Estadual dos Festejos Farroupilhas do Rio Grande do Sul, formada por MTG, Secretaria da Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, Brigada Militar, FAMURS e Secretaria da Educação, apresentou na manhã desta segunda-feira o nome de Renato Borghetti como Patrono dos Festejos Farroupilhas do Estado. Borghetinho, como é conhecido é filho de Rodi Pedro Borghetti, que já foi presidente do MTG nos anos de 1979 e 1980, da Fundação Cultural Gaúcha/MTG, do IGTF (extinto Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore) e patrono dos Festejos, em 2010. pela 1ª vez na historia pai e filho tornam-se patronos do maior evento cultural do estado.


Rogério Bastos, Renato Borghetti (Patrono 2018) e Rodi Pedro Borghetti (Patrono 2010) na Fábrica de Gaiteiros, na Barra
            Renato Borghetti inaugurou uma nova era no tradicionalismo gaúcho. Barbosa Lessa chamou o novo "ismo" que surgia de nativismo (uma versão para os movimentos ligados à tradição gaúcha que surgem a cada geração - ou a cada 30 anos, dizia ele). Aos doze anos começou o relacionamento com a gaita, quando ganhou uma Hering de oito baixos, que hoje está em exposição na sua Fábrica de gaiteiros, na Barra do Ribeiro.
Borghetinho com Neto Fagundes, em 1983, em Porto Alegre

            Ainda adolescente, Renato começou a tocar de maneira amadora no pioneiro, 35 CTG. Mas a coisa começou a mudar de cenário quando o dono da Churrascaria, no Galpão anexo ao CTG, perguntou se ele aceitara tocar ao vivo na casa. Do convite surgiu o compromisso. Chegou a formar dupla com seu irmão, Marcos, Irmãos Borghetti, que não durou muito. Em pouco tempo já estava no palco da Califórnia da Canção ao lado de nomes como Juarez Bittencourt, João de Almeida Neto e Elton Saldanha, interpretando "Retorno".

           Para Renato o Paixão Cortes e o Barbosa Lessa sempre foram referencias, mas chegou o dia de alçar voos mais altos. Abrindo fronteiras, em fevereiro de 1980, Renato esteve entre convidados do Festival Nacional de Folclore, em Durazno, no Uruguai e da Gran Semana Criolla, em Canelones, no mesmo país. No ano seguiu seu nome se destacou como integrante da programação de um show coletivo, no Auditório Araújo Vianna, para encerrar o ano musical de Porto Alegre. As atrações principais eram os artistas mais identificados com a música urbana da capital gaúcha; Nelson Coelho de Castro, Bebeto Alves Carlinhos Hartlieb, Giba Giba e Toneco, além de três convidados especiais: o percussionista De Santana, o cantor Cao Treín e ele.  A ascensão profissional foi se tornando parte da vida dele. Em 1987 foi motivo de disputa entre gravadoras, depois de ter passado por uma experiencia de disco com Luiz Gonzaga, Dominguinhos e Benito Di Paula.
Renato Borghetti, em 2015, mostrando a sua Fábrica de Gaiteiros na Barra do Ribeiro
            Seu primeiro disco, o Gaita-Ponto tornou-se o primeiro álbum de música instrumental brasileira a ganhar um disco da ouro, vendendo cem mil cópias. Excursionou por todo o Brasil, e por diversos países da Europa, e fez uma temporada em Nova Iorque. Em 1991 ganhou o prêmio disco do ano, na categoria regional, da Associação Paulista de Críticos de Arte.

             Renato mescla folclore e modernidade em suas composições, tendo um estilo inconfundível. Tem mais de uma quinzena de discos gravados e dezenas de participações em gravações. No dia de seu aniversário... Ele é homenageado com o convite para ser o patrono dos festejos Farroupilhas do Rio Grande do Sul.

Nota do Blog: Parabéns a Família Borghetti.. muito merecido. Parabéns Renato... Um jovem, sim, jovem tradicionalista, nativista, telúrico. E que está deixando um belo legado ao nosso estado.

Patronos dos festejos farroupilhas desde 2005
2005 – Luiz Alberto de Menezes
2006 – João Carlos D’Avila Paixão Cortes
2007 – Antonio Augusto Fagundes
2008 – Wilmar Winck de Souza
2009 – Telmo de Lima Freitas
2010 – Rodi Pedro Borghetti
2011 – Alcy José de Vargas Cheuiche
2012 – Nilza Lessa
2013 – Nésio Correa – Gildinho dos Monarcas
2014 – Benajmim Feltrin Netto
2015 – Padre Amadeu Gomes Canellas
2016 – Zeno Dias Chaves
2017 – Elma Sant’Anna
2018 – Renato Borghetti

Nota de Falecimento - Tânia Maria Zardo Tonet

          É com imenso pesar que comunicamos o falecimento da pesquisadora e museóloga Tânia Maria Zardo Tonet, 69 anos, natural de Bento Gonçalves, irmã do presidente da Confederação Internacional da Tradição Gaúcha, Nei Zardo. Tânia era formada em Filosofia e possuía pós-graduações em Folclore e em História da América Latina e MBA em Gerenciamento de Projetos. Ela também foi diretora do Museu e Arquivo Histórico Municipal de Caxias do Sul  entre 1990 e  1996, membro do Conselho Nacional de Arquivos; coordenadora da 2ª Região Museológica do Rio Grande do Sul; e orientadora histórico-antropológica do filme “O Quatrilho”, de Fábio Barreto. 

          Em depoimento para o Jornal Eco da Tradição, de 2017, Tânia relembrou quando assumiu a vice-presidência do MTG, em 1990:

           "Fui eleita para a gestão de 1990. Como nunca liguei muito para esta questão de gênero, achei muito normal a minha escolha. Estranhei quando virou notícia no Jornal do Almoço da RBS TV. Interessante também foi a reação do pessoal da campeira, pois em março teríamos a Festa Campeira. Eles olharam para mim e disseram: “- E agora o que vamos fazer com uma mulher na Vice-Presidência de Eventos?” – Respondi, prontamente: “Como  uma mulher vai ter dificuldades na coordenação do evento com homens tão maravilhosos assessorando-a?” De fato, o evento foi um sucesso. Assim como os demais".

         O velório será a partir das 16h no Memorial São José. Saída para o cemitério Municipal de farroupilha as 9h30min desta terça-feira. Descanse em Paz Professora Tânia.

domingo, 22 de julho de 2018

Juvenart - Resultado da classificatória

1º - CTG Querencia do Imbé - Imbé
2º - CTG Querencia da Serra - Cruz Alta
3º - União Gaúcha João Simões Lopes Neto - Pelotas
4º - CTG Grito de Sepé - Entre Ijuís
5º - CTG Chama Nativa - Esteio
6º - DT Clube Recreativo Juvenil - Passo Fundo
7º - CTG Galpão Campeiro - Erechim
8º - CTG Sepé Tiarayu - Santa Rosa
9º - CTG Tropilha Crioula - Getúlio Vargas
10º - CTG Laçando a Tradição - Marmeleiro/Paraná
11º - CTG Adaga Velha - Rosário do Sul
12º - CTG Carreteiros da Saudade - Gravataí
13º - CTG Moacyr da Motta Fortes Passo Fundo
14º - CTG João Sobrinho - Capão da Canoa

Na Suplencia

15º - CTG MAte Amargo de Rio Grande
16º - CTG Sentinelas do Jacuí de Agudo
17º - CTG Mourão da Estancia de Estancia Velha
18º - CTG Rincão da Alegria de Santa Cruz do Sul

            A grande final será dias 3, 4 e 5 de agosto, em Santa Maria. Nesta terça, na Radio Quero-Quero estaremos debatendo o Juvenart, das 8h as 10h no Programa Identidade Gaúcha

sábado, 21 de julho de 2018

CGF visita General Câmara e a ACGBFSJ

Em uma linda manhã ensolarada de inverno, membros da Comissão Gaúcha de Folclore visitaram a localidade de Boqueirão, 3º Distrito  de General Câmara para registrar a "Carreira de Boi Cangado".

          Segundo a legislação brasileira o Patrimônio Cultural Imaterial são práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas transmitidos de geração em geração e constantemente recriados pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade. Com este espírito a Associação de Criadores de Gado Bovino de Força São José, da Localidade de Boqueirão, em General Câmara, convidou a Comissão Gaúcha de Folclore para que registrasse este momento, onde vários exemplares de touros seriam premiados, através de seus proprietários.

           Contando com a presença do Presidente da CGF, Octávio Capuano, da secretária Renata Pletz e do Diretor de Comunicação, Rogério Bastos, além da Presidente do Instituto Escola do Chimarrão, Liliane Pappen, o secretário da Saúde da cidade, também tradicionalista, Ederson Pizzio, conferiu a entrega dos prêmios e certificados.
O Vereador, autor da Lei, João Rodrigues da Silva sendo entrevistado pela Comissão Gaucha de Folclore
            A região foi colonizada por famílias açorianas que, subindo o rio Jacuí, se localizaram na margem esquerda, fundando diversos povoados. Dentre os que mais se destacaram está Santo Amaro, de forte presença nos diversos episódios que formaram a história gaúcha.

            Em seguida, chegaram a região do vale do Rio Jacuí e Taquari famílias de origem alemã, trazidas para substituir a mão de obra escrava, surgindo nessa época diversos Quilombos na região. A mistura dessas culturas desenvolveram a região onde está localizado os municípios de General Câmara, Vale Verde, Passo do Sobrado, Taquari e Venâncio Aires. Foi Exatamente nessa região que se popularizou a atividade da CARREIRA DE BOIS.
             É oportuno destacar que a força do boi foi a mola propulsora do desenvolvimento econômico e da formação da cidade. Pois foi assim que as gerações anteriores desbravaram essas terras e colonizaram a região.
             Diversão popular registrada em várias localidades do vale do Jacuí e taquari, a Carreira de Bois na "talha" é uma competição de força e adestramento entre bois e touros.
             A denominação Carreira - expressão popular ainda ligada às antigas modalidades competitivas entre bois - não mais denota corrida. Os bois competidores são jungidos em uma canga especial, presa a cambões estirados por alçaprema ou talha, ligada a um palanque irremovível. O boi carreiro quase não se afasta do lugar onde está cangado, embora forcejando. Considera-se vencedor o animal que sustentar a canga em posição mais avançada, durante um minuto à frente do outro.

             O Vereador do PTB, João Rodrigues da Silva, que já foi patrão de CTG e trabalhou com a coordenadoria regional, autor da lei disse que essa sempre foi uma atividade da localidade, desde os tempos da colonização. Uma diversão local que passou um tempo parada mas que agora voltou  para ficar registrado na historia da região. “A distância era muito grande a ser percorrida para ir numa diversão e o que tinha, eram os animais do trabalho, do dia a dia. Se juntavam nos finais de semana para fazer as suas carreiras fazer suas diversões, pois as famílias não tinham opção para onde ir então, achava que o momento de confraternização e realizava no final de semana essas atividades” - disse. 

“Com tempo ficou um pouco adormecida, por ser uma série de coisas, pois algumas pessoas achavam que tinha crueldade no fazer os eventos. Elas acabam não concordando com as práticas culturais ou esportivas que utilizam animais, muitas vezes por falta de conhecimento, e o que a gente fez no momento que organizou leis? Buscamos uma cultura centenária em cima de uma realidade de hoje que é a proteção do bem estar do animal resgatando a cultura que era de antigamente e trazer para uma novidade que a lei nos possibilita.” - concluiu.