Desta vez, não houve concurso. O grupo escolhido para estrelar o especial – o DTG Tropeiros do Ouro Negro, de Canoas, recebeu a missão de transformar em dança a história da gaiteira Natalia Guastuci, 16 anos, de Rio Grande, que é cega. Para viver a experiência da guria, os dançarinos aceitaram um gigantesco desafio: terão de aprender a dançar com os olhos vendados.
A experiência é o ponto de partida para uma abordagem que vai estar presente em todos os capítulos do Desafio: a inclusão social no tradicionalismo envolvendo portadores de deficiência. Para isso, o J.A está sugerindo aos telespectadores que enviem vídeos com ações nesse sentido, dentro e fora dos galpões. O material, que vai aparecer no programa, deve ser postado nas redes sociais, com a hashtag #desafiofarroupilha2018.
-As pessoas que superam qualquer deficiência através de artes como a dança e a música são um exemplo da importância de iniciativas assim. A cultura torna todos iguais, destaca o cantor César Oliveira.
Ações sociais serão desenvolvidas até a estreia do quadro. A primeira delas, no dia 3 de outubro, será o “Baile da Inclusão”, que será um grande fandango com a presença dos artistas que já fizeram parte do Desafio Farroupilha, desde 2014: Cristiano Quevedo, Fernando Saccol, Joca Martins, João Luiz Corrêa e César Oliveira & Rogério Melo, com baile animado pelo grupo Alma Gaudéria e uma convidada especial: Berenice Azambuja. O objetivo é abrir as portas da entidade para quem nem sempre consegue acesso a um CTG convencional
O evento será realizado no CTG Pousada da Figueira, localizado no bairro Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre, o primeiro a ter acessibilidade no galpão e que, neste dia, irá inaugurar a última etapa de adaptação para portadores de deficiência.
-A alegria de nossa sociedade, o CTG, é estarmos todos juntos. Junto com a família que tem uma pessoa que precisa de rampa, de um piso tátil, pra eles poderem se locomover, sem pedir ajuda pra ninguém, como se estivessem em casa, afirma o patrão do CTG, João Guterres.
O Desafio Farroupilha teve início em 2014, quando o músico Cristiano Quevedo cumpriu a missão de aprender a laçar. Na segunda temporada, em 2015, César Oliveira e Rogério Melo foram desafiados a escolher o novo talento da música gaúcha: o cantor Fernando Saccol, de Santa Maria. Em 2016, o reality partiu para o segmento das danças tradicionais gaúchas, que, segundo cálculos do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), reúne 29 mil dançarinos em pelo menos 1,2 mil invernadas de danças.
O campeão foi o CTG Tiarayu, de Porto Alegre, que cumpriu a missão de transformar em dança uma carreira de cancha reta, tradição típica do interior do Rio Grande do Sul. Em 2017, o especial seguiu abordando as danças com o tema "lendas do sul" e interação com alunos de escolas públicas. O vencedor foi o grupo juvenil do CTG Farroupilha, de Alegrete.
por Giovani Grizotti
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