FEGADAN – NOVOS RUMOS.
Minha Humilde opinião ...Não gosto de usar as redes sociais para manifestações referentes a assuntos que acredito que deveriam ser discutidos em uma roda de mate, mas frente às postagens definindo "quem é e quem não é tradicionalista de verdade" me vi obrigado a manifestar minha opinião.
Deve se ter cuidado ao definir que apenas aqueles que obedecem as imposições são os que realmente seguem o tradicionalismo, “Gaúchos” de verdade não cedem ao cabresto e não se dobram frente a Tirania.
Acredito cegamente que regulamentos foram criados para tornar as regras iguais a todos, e que as alterações no mínimo devem ser realizadas junto ao Conselho diretor do Movimento e nunca decisões isoladas. Só decisões em conjunto e ouvindo a manifestações de todos é que realmente se tornam pilares de sustentação.
Acredito que se existe uma pessoa escolhida e com capacidades para as questões técnicas (Diretor) de um festival , as decisões técnicas devem ser efetuadas por essa pessoa e cabe a esta pessoa definir o quadro de avaliadores com tempo hábil e apresentar aos demais responsáveis. Qualquer gestor sabe que inserir pessoas em uma equipe é um processo difícil quando a equipe já esta formada.
Só quem trabalhou os membros da equipe de forma continua consegue escalar o melhor time, já imaginou se os diretores de um clube de futebol interferissem na escala do time que o técnico fez? (Não sou gremista , sou colorado , mas duvido que alguém consiga fazer isso com o Técnico Renato).
Durante quatro anos estive a frente do FEGADAN e em nenhum momento a diretoria, presidente ou vice presidente interferiu em minha escala, sempre trabalhamos com confiança.
O FEGADAN nunca foi criado para ENARTIZAR os campeiros ou para acabar com o rodeio da VACARIA. Ele foi criado para os anseios daqueles que não tinham espaço oficial para mostrar a sua arte.
O que penso da reação dos avaliadores!
Só quem não conhece a fibra desses homens e mulheres acreditaria realmente que eles se dobrariam e cederiam a qualquer imposição. São pessoas que construíram sua reputação com seu próprio talento sem a necessidade de cargos ou de mesas de avaliação, mas trabalhando e vivendo arte. Foram amigos pessoais do Folclorista, estiveram e viveram na essência os ensinamentos.
Alguns Pontos que nortearam e fizeram a Essência deste Festival:
• Organizar um sistema igualitário para os grupos que seguem as Obras e Ensinamentos do Sr. Paixão Cortês (obs.: Ensinamentos são tão importantes quanto as obras, pois o movimento descrito é estático e o movimento dançado é dinâmico. Desta forma só o próprio Folclorista poderia explicar o verdadeiro sentido de cada tema.).
• Buscar conciliar o entendimento sobre os ensinamentos repassados junto aqueles que trabalharam e acompanharam o Sr. Paixão Cortês nos cursos onde divulgava os temas pesquisados junto com Barbosa Lessa e os que pesquisou sozinho.
• Tornar clara todas as questões sobre avaliação dos temas ,musica e indumentária através de Painéis técnicos onde todas as informações eram explanadas a todos os concorrentes.
A influência da Execução musical para a dança interfere diretamente na essência do tema.
• Contemplação de um sistema inicial, com descarte de notas (a mais alta e a mais baixa) diminuindo assim a manifestação do gosto pessoal do avaliador e evitando possíveis apadrinhamentos.
• Oportunizar aos concorrentes a participação nas decisões referentes ao regulamento e forma de avaliação tornando assim todo o conhecimento agregador e necessário na construção de um festival com alma e característica própria, sem decisões arbitrárias de quem não conhece o verdadeiro sentido dos temas. A participação de todos faz a pureza da construção das regras não a decisão de apenas uma pessoa.
• O conferencia e revisão das planilhas sendo realizada pelos próprios concorrentes de imediato a avaliação sem interferência de um revisor, sendo que após a revisão do instrutor ou responsável (permitido fotografar as planilhas) as planilhas eram enviadas para a soma. (fato que evita e certifica qualquer alteração da planilha por terceiros ou debates em secretarias fechadas escolhendo o vencedor).
• A criação de uma oficina para divulgação dos temas, plantar a semente para que germine e floresça dando frutos futuros em todas as 30 RT.
Tenho vídeos dos debates e estudo dos temas, mas sem a devida autorização do uso de imagem das pessoas envolvidas não postarei.
Segue o Breve Histórico postado por Manoelito Carlos Savaris:
O Festival Gaúcho de Danças nasceu em 16 dezembro de 2013.
Depois de receber uma demanda dos patrões dos CTGs Rincão da Lealdade e Paixão Côrtes, durante um Encontro Regional da 25 RT, realizado em outubro de 2013.
O formato do evento, suas finalidades e princípios foram definidos na reunião realizada na Casa do Gaúcho, na sede da 25 RT, com a presença de 16 entidades, sob a coordenação de Manoelito Savaris e com a presença de Carlos Lima, que viria a ser o Diretor Artístico, em 2014.
Todas as entidades que participavam dos rodeios sob a forma de bailar ao FEGADAN, foram convidadas.
Foi um compromisso assumido antes da eleição para presidente do MTG e cumprido em 2014.
O Regulamento foi elaborado pelas entidades sob a coordenação do então vice-presidente de Eventos José Roberto Fischborn e do subdiretor artístico Toni Sidi Pereira.
As questões coreográficas, musicas e de indumentária contaram com a importante colaboração de Sandro Arruda, Tomás Savaris e Everton Cardoso.
O evento nasceu para ser realizado na Serra. As duas primeiras edições, sob a presidência de Juarez Nunes, foram realizadas nos Pavilhões da Festa da Uva.
Em 2016, foi realizado no interior de Caxias do Sul e em 2017 na cidade de Antônio Prado.
Blog: Temos que ouvir ambas as partes, sempre. Usar um microfone para defender uma só posição, fica desparelho. Então, estamos usando este espaço para equilibrar, bem como o programa Identidade Gaucha, da radio Quero-Quero. Tanto a vice-presidente de cultura, quanto a comissão de indumentária e a comissão do Fegadan, que saíram, terão estes espaços para explanar os motivos.
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