Dona Alda, a mãe, ensinou-lhe as primeiras letras e palavras da alfabetização, as primeiras notas do piano e o gosto pelo matraquear na máquina de escrever, Olivetti, nunca trocada por computador. Desde o início foi tomado de encanto pela literatura e pela música.
Em Pelotas fez o curso ginasial no Colégio Gonzaga. Já ligado ao texto, fundou o jornalzinho O Gonzagueano. O gosto musical, pela pesquisa e o folclore, o fez reunir um grupo de amigos com este fim: Os Minuanos. (Mais tarde fundaria o Conjunto Farroupilha, com apresentações exitosas no Brasil, Estados Unidos e China).
Com 15 anos, mudou-se para Porto Alegre. Enquanto trabalhava como "foca" na Revista do Globo, cursava o 2° Grau no Colégio Júlio de Castilhos. Ali conheceu Paixão Cortes e um grupo de amigos. Criaram o departamento de tradições gaúchas no "Julinho", inspiração primeira que tornaria realidade algo maior: a criação do primeiro Centro de Tradições Gaúchas, o CTG 35, em 24 de abril de 1947, sendo seu primeiro Patrono. Era um novo alvorecer para as tradições do Rio Grande do Sul.
Em 1952, na capital gaúcha, formou-se advogado para ser, por 20 anos, em São Paulo, homem de publicidade, de histórias em quadrinhos, de televisão, de teatro, de cinema. E de literatura. Seu primeiro livro, Os Guaxos, conquistou, em 1959, o Prêmio Nacional de Romance, pela Academia Brasileira de Letras. Para Walter Spalding "o melhor e o maior romance do Rio Grande do Sul até hoje aparecido”.
Volta de São Paulo e, já no Rio Grande do Sul, torna-se Secretário de Cultura, no governo Amaral de Souza, Barbosa Lessa, dentre tantos feitos importantes, marca sua gestão promovendo a aquisição do desativado Hotel Majestic, para ser a Casa de Cultura Mário Quintana.
Ao lado do parceiro e "ermão", Paixão Cortes - Muitas pesquisas foram feitas |
Elegeu-se Patrono da 46ª Feira do Livro de Porto Alegre, em 2001, o que muito o orgulhava. Em 11 de março de 2002 partiu a camperear com o Negrinho do Pastoreio, na invernada grande do Céu.
Começando a publicar em 1951, Lessa somou mais de meio século de produção literária. Editou quase 70 títulos, nos mais variados campos e gêneros.
Foi, também, em 13 de dezembro, só que de 1912, que nasceu o "Rei do Baião", Luiz Gonzaga.
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