A lei 8.814, de 10 de janeiro de 1989, de autoria do deputado e poeta, Joaquim Moncks, consagra Gildo de Freitas (Leovegildo José de Freitas), falecido em 1982, patrono do poeta repentista gaúcho e Teixeirinha (Vitor mateus Teixeira), que faleceu em 1985, patrono do artista regionalista Gaúcho. Esta Lei teve a iniciativa e o trabalho de pesquisa para o projeto de Lei, realizados pelo tradicionalista Paulo Roberto de Fraga Cirne.
A ASSOCIAÇÃO DE TROVADORES LUIZ MÜLLER, de Sapucaia do Sul, foi criada no mesmo ano, 1989, e também todos os anos faz reverências a data, com homenagens aos dois vates e também ao trovador Mário Bandeira, Patrono Espiritual da Entidade, que também faleceu no dia 4 de dezembro.
Então, nesta data, a nossa reverência a esses Artistas da Música Regionalista. Gildo de Freitas faleceu em 4 de dezembro de 1982 e Teixeirinha faleceu em 4 de dezembro de 1985. Eles continuam sendo DOIS GRANDES representantes da MÚSICA REGIONALISTA DO RIO GRANDE DO SUL. Não só no Rio Grande do Sul, mas no BRASIL. Também nossa reverência ao saudoso trovador Mário Bandeira.
Também num dia 04 de dezembro, do ano de 2014, morria o tradicionalista Vilmar Romera, apresentador e um dos maiores incentivadores da Cavalgada do Mar, sendo seu comandante a partir da 5ª edição.
O canto de improviso, no Rio Grande do Sul é conhecido como trova e é uma das manifestações espontâneas mais antigas do estado. Segundo Paulo Roberto de Fraga Cirne, em seu livreto, intitulado "Canto de Improviso", existe registro de um trovador nos tempos da Revolução Farroupilha, chamado Pedro Canga (Pedro Muniz Fagundes, de Herval).
No Rio Grande do Sul, atualmente, os trovadores usam o estilo das seguintes modalidades para trovar: Trova Campeira, ou Mi maior de gavetão, Trova Estilo Gildo de Freitas (da musica 'Definição do Grito'), Trova do Martelo e a Trova em Milonga. Mas já se trovou no estilo Oi-La-Rai e tira-teima (ou tira-cisma).
Gildo de Freitas nasceu em Porto Alegre, dia 19 de junho de 1919, no bairro Passo D'Areia, tornou-se um menino muito rebelde, tanto que aos 12 anos fugiu de casa pela primeira vez. Casou com Dona Carminha em 1941 e, três anos depois nasceu o primeiro filho. A partir de 1950 conhece Getúlio Vargas e trabalha em sua campanha cantando, a policia larga um pouco do seu pé, e logo Gildo encontra fama nos programas de rádio e auditório. A "briga" com Teixeirinha chegou ao auge nos anos 70, quando se mudou novamente para Viamão e inaugurou a Churrascaria Gildo de Freitas e deu início aos bailões. Em uma vida de altos e baixos, Gildo vem a falecer na capital em 4 de dezembro de 1982.
Vítor Mateus Teixeira nasceu em Rolante, no dia 3 de março de 1927 e é mais conhecido pelo seu nome artístico Teixeirinha, o "Rei do Disco" (pelos recordes de vendas). Quando tinha seis anos seu pai faleceu e, aos nove, perdeu sua mãe. Foi para a casa de parentes que, sem condições, não conseguiam sustenta-lo. Então Teixeirinha partiu para trabalhar no que podia. Desde mão de obra em granja, vendedor de doces em pensão, carregador de malas, entregador de viandas, vendedor de jornais, enfim fazia qualquer atividade para poder sobreviver. Aos 18 anos alistou-se no exército, mas não chegou a servir. Nessa ocasião foi trabalhar no Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER), como operador de máquinas, onde ficou por seis anos. Dali saiu para tentar a carreira artística, cantando nas rádios do interior, nas cidades de Lajeado, Estrela, Rio Pardo e Santa Cruz do Sul.
Teixeirinha teve um recorde de venda de discos sendo que, até 1983, lançou 70 LPs, compôs algo em torno de 1200 musicas e vendeu mais de 100 milhões de cópias. Assim como Mazzaropi, foi um dos maiores fenômenos populares do cinema sul-americano regional. No caso do cantor gaúcho, seus filmes chegaram a superar um milhão e meio de espectadores, apenas nos três estados do sul do país. A fórmula era semelhante: baseavam-se em músicas de autoria de Teixeira, que interpretava a si mesmo. Teixeirinha faleceu vítima de câncer, no dia 4 de dezembro de 1985 e está enterrado no Cemitério da Santa Casa de Misericórdia, em Porto Alegre.
Fonte: Paulo Roberto de Fraga Cirne
Blog do grande Leo Ribeiro de Souza
Um comentário:
Olá Rogério.
Fiz uma pesquisa no google e por acaso achei seu blog.
Sou neta do trovador Mário Bandeira, um homem que fez história no tradicionalismo gaúcho e que deixou um legado à sua família.
Se tiver interesse em colher mais informações sobre meu avô, me procure pelo e-mail grayce990@gmail.com
Abraço
Grayce Bandeira
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