Na semana em que Luiz Carlos Barbosa Lessa completaria 89 aos, uma serie de homenagens estarão acontecendo. Nesta quinta, 13, dia do aniversário de Lessa, o programa Identidade Gaúcha fará um especial relembrando esta figura. A partir das 8h, com apresentação de Rogério Bastos e Liliane Pappen, com a presença marcante de Fabinho Nascimento, do "Tome Tento". Ainda no dia 13, no Memorial do Rio Grande do Sul, Rua Sete de Setembro, 1020 - Praça da Alfândega tem a exposição 10x Lessa. Um painel sobre a dimensão cultural do multifacetado tradicionalista gaúcho, no auditório do primeiro andar, com entrada franca. Como debatedores, participam o publicitário e escritor Luiz Coronel, o jornalista Renato Dalto e o professor e crítico literário Luís Augusto Fischer.
Já no dia 15, o projeto "Barbosa Lessa Multimidia do Sul do Brasil" realiza em Piratini, na Praça da República Rio-grandense, as 20h, o espetáculo Barbosa Lessa um canto de saudade.
Bem quando espirava a tarde e nascia a noite de 13 de dezembro, em 1929, chegou Luiz Carlos Barbosa Lessa na Chácara Boa Esperança, imediações da histórica vila Piratini, a primeira capital farroupilha.
Dona Alda, a mãe, ensinou-lhe as primeiras letras e palavras da alfabetização, as primeiras notas do piano e o gosto pelo matraquear na máquina de escrever, Olivetti, nunca trocada por computador. Desde o início foi tomado de encanto pela literatura e pela música.
Em Pelotas fez o curso ginasial no Colégio Gonzaga. Já ligado ao texto, fundou o jornalzinho O Gonzagueano. O gosto musical, pela pesquisa e o folclore, o fez reunir um grupo de amigos com este fim: Os Minuanos. (Mais tarde fundaria o Conjunto Farroupilha, com apresentações exitosas no Brasil, Estados Unidos e China).
Com 15 anos, mudou-se para Porto Alegre. Enquanto trabalhava como "foca" na Revista do Globo, cursava o 2° Grau no Colégio Júlio de Castilhos. Ali conheceu Paixão Cortes e um grupo de amigos. Criaram o departamento de tradições gaúchas no "Julinho", inspiração primeira que tornaria realidade algo maior: a criação do primeiro Centro de Tradições Gaúchas, o CTG 35, em 24 de abril de 1947, sendo seu primeiro Patrono. Era um novo alvorecer para as tradições do Rio Grande do Sul.
Em 1952, na capital gaúcha, formou-se advogado para ser, por 20 anos, em São Paulo, homem de publicidade, de histórias em quadrinhos, de televisão, de teatro, de cinema. E de literatura. Seu primeiro livro, Os Guaxos, conquistou, em 1959, o Prêmio Nacional de Romance, pela Academia Brasileira de Letras. Para Walter Spalding "o melhor e o maior romance do Rio Grande do Sul até hoje aparecido”.
Nas últimas ações de sua luta pela cultura, em 2000, conquista merecido destaque em promoção da RBS, sendo eleito pelo povo rio-grandense como um dos "20 gaúchos que marcaram o séc. XX" mesmo morando, como dizia, no meio dos bichos e dos índios, na reserva ecológica de Água Grande, no interior de Camaquã.
Foi escolhido Patrono da 46ª Feira do Livro de Porto Alegre, em 2001, o que muito o orgulhava. Em 11 de março de 2002 partiu a camperear com o Negrinho do Pastoreio, na invernada grande do Céu.
Começando a publicar em 1951, Lessa somou mais de meio século de produção literária. Editou quase 70 títulos, nos mais variados campos e gêneros.
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