Os pensamentos eram diversos. Uns acreditavam que os CTGs deveriam ter preocupação cultural no sentido do estudo da história, da literatura e do folclore. Outros temiam que as entidades fossem somente pelo lado do entretenimento, com charlas e bailantas,em contraponto aos que achavam que o lazer era importantíssimo para o homem. Havia os que supervalorizavam o 20 de setembro, a evocação farroupilha e seus heróis, enquanto outros acreditavam que eles apenas desempenhavam uma função psicológica de arquétipos, a qual o indivíduo se apegava simbolicamente. A diversidade de opiniões acabou por gerar uma ideia unânime: era necessário reunir os CTGs e começar a discutir os caminhos a seguir. Começava a ser gerado o 1º Congresso de CTGs do estado.
Churrasco no 1º Congresso |
O 1º Congresso Tradicionalista Gaúcho, que aconteceu em Santa Maria, no ano de 1954, não foi um simples encontro dos 38 CTGs existentes na época, foi muito mais, pois reuniu mentes brilhantes como Manoelito de Ornellas, Luiz Carlos Barbosa Lessa, Luis Alberto Ibarra, Getulio Marcantonio, Lauro Rodrigues, Hugo Ramirez, Ruy Ramos, Paixão Cortes e muitos outros. Neste congresso de 1954 foram apresentadas teses que transcendem o tradicionalismo, como a de Barbosa Lessa: “O sentido e o valor do tradicionalismo”, ou “a importância da reforma agrária”, de Ruy Ramos, ou mesmo, “Os valores morais do Gaúcho”, de Oswaldo Lessa da Rosa.
Foi no primeiro congresso que Getulio Marcantonio apresentou a moção para a criação da carta de princípios, sete anos dela ser ajustada definitivamente. E nesse tempo, Glaucus Saraiva nem fazia parte do grupo que iria elaborar o documento máximo do Movimento Tradicionalista. Também foi nele que Fernando Brockstedt, da União Gaúcha, de Pelotas apresentou a ideia de uma federação para unir os CTGs do estado.
Fonte: Livro
50 anos do MTG
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