Jeândro Garcia e Ewilin Ayres |
TODO E QUALQUER evento deverá ter um responsável, aquele que sabe de tudo e caso não saiba, saberá dizer quem sabe. Distribuirá as funções e não serás o centralizador das obrigações, mas sim o responsável em organiza-las.
2 – Farás o planejamento antecipado
Planejar sem o tempo necessário para a execução do evento é o mesmo que não planejar nada. Qualquer evento sem planejamento e prazo adequado tende ao fracasso. Dois meses é o mínimo para começar a divulgação de qualquer grande evento, o planejamento deve começar ainda antes deste prazo, especialmente eventos robustos que tenham como finalidade o lucro financeiro.
3 – Honrai o seu objetivo e o caixa sua entidade
Em tempos de crise é necessário que todos tenham compreensão das dificuldades, se o seu objetivo é ter lucro, procure negociar os melhores valores, mas todos devem lucrar, não explore e nem seja explorado. O risco é o caixa da entidade que banca no final das contas, seja responsável. Planeje de modo que a entidade seja o principal beneficiário. Se há uma real possibilidade de prejuízo, não faça, planeje novamente.
4 – Não exterminará o teu público
Tempos de dificuldade NÃO significa lucrar mais de quem participa de suas atividades, significa buscar novas alternativas para aumentar este público e lucrar na quantidade. Cobre menos, tenha mais participantes, assim lucre mais com mais ingressos, copa, estacionamento e demais oportunidades. Aumente seu público, não seus preços.
5 – Serás positivo, mas realista
A primeira pessoa que deve acreditar no evento é o proponente, certifique-se de que terá um bom atrativo, uma data propicia, calcule gastos e possíveis ganhos e veja se possui voluntários para trabalhar e/ou vender ingressos. Com tudo isso em mãos e com muito seja positivo e confiante. Caso não tenha tudo isso disponível, seja realista, aguarde um novo momento.
6- Aceitarás que por vezes “mais” é realmente “mais”
Para se ganhar dinheiro, tem que investir dinheiro. Invista! O tempo de somente “faixa na frente do CTG” acabou, faça a faixa, impulsione no Facebook, Instagram, panfletos, vídeos e encontre mídias diferenciadas. Mensure e se pergunte: “Se eu gastar R$ 100,00 com isto, tenho que vender pelo menos 5 ingressos de R$ 20,00. Eu consigo?" Se a resposta for “Sim, isso vende certo pelo menos 5 ingressos” não pense duas vezes, faça! Se o empate está garantido, jogue agora para ganhar sem medo.
7- Serás parceiro daqueles que foram teus parceiros
A crise chegou primeiro em quem produz os eventos e depois nos artistas, fornecedores e prestadores de serviços. Afinal o evento é um só, se passou, não dá mais para correr atrás do prejuízo. Se hoje falta trabalho para quem presta serviço, é porque os produtores de eventos já tiveram o seu prejuízo muito antes destes e agora os promotores estão desestimulados a fazerem novos eventos. Por tanto, agora não esqueça de quem foi prestativo com seus eventos, especialmente quando você estava precisando de bons valores e cooperação na divulgação, pois possivelmente, neste momento, os dois lados estarão em dificuldades, e claro, neste momento vale ser parceiro de quem foi parceiro no tempo que somente você estava precisando de ajuda.
8- Não doarás teu santo lucro em vão
Evento cheio NÃO é sinal de caixa cheio. Se ao fim do evento todo lucro (ou quase) é entregue para os contratados, pode ter sido tudo em vão. A entidade que promove deve ter lucro, ela merece mais que todos, pois assume todos os riscos. Não faça por fazer ou sem se preocupar se a entidade terá prejuízo, faça para dar certo! Para dar lucro quando visa lucro! Salvo atividades festivas, palestras, culturais ou confraternizações. Não é o momento para eventos só para mostrar pompa, é um momento de resultados efetivos.
9- Honrarás o que propôs
Se você propôs o evento, abrace e vá até o final, assuma a liderança. Caso não tenha disponibilidade ou capacidade, proponha a alguém a liderança e se ofereça para ajudar no que for necessário.
10 – Garantirás o estoque
A qualidade e sucesso do evento de hoje é o primeiro passo para o sucesso do próximo. Não deixe faltar bom atendimento, comida e bebidas. Faltar algo é um mau sinal, que leva a crer que nem o promotor estava acreditando no sucesso do evento. Pense o quanto é impactante, de forma ruim, arrumar toda a família, chegar no local, em horário adequado e não ter mais comida. Se for um baile onde esta família se alimentará? No próximo virá para jantar? Virá pelo menos? Possivelmente não.
Em tempo, tudo que está escrito aqui pode ter exceções, mas não se espelhe em exceções, se espelhe em trabalho suado! E especialmente no que dá certo de fato, sem contar com a sorte, sem ser uma exceção.
7 pecados eventuais
Soberba – Não confunda com confiança ou “ser positivo”, afirmar que tudo vai dar certo sem trabalho duro ou planejamento é soberba. Ser confiante é acreditar nos resultados de algo que será bem executado.
Avareza – Para bons resultados são necessários investimentos adequados, economizar demais trará com certeza um menor público ao evento e insatisfação aos que estiverem presentes. Gostos com divulgação, limpeza e qualidade não são prejuízos, são investimentos
Luxúria – A não ser que a entidade esteja muito bem financeiramente, com um bom capital e todas as contas pagas, bancar com o caixa eventos que originalmente visariam lucro, mas dão prejuízo, é luxúria
Inveja – Se um companheiro ou outra entidade organiza melhor seus eventos, nutra admiração e procure saber de que forma você pode aprender com estes exemplos. Incentive seu colega e dê força a outras entidades, pois quanto mais eventos de tradição em nossa entidade ou cidade, mais público teremos para participar também de nossos eventos.
Gula – Tentar lucrar o máximo possível em um evento é o primeiro passo para não ter lucro algum. Devemos almejar o melhor lucro possível oferecendo, ainda assim, qualidade. Cobrar muito por um ingresso, por bebidas e oferecer refeições de má qualidade pode gerar algum lucro no evento, mas a insatisfação vai afastar este público da sua próxima atividade, até mesmo já da atual.
Ira – Adversidades sempre vão existir, muitos vão dizer que não vai dar certo, talvez até estejam certos se você ou sua entidade não estiverem preparados, por tanto, façam o melhor planejamento, a melhor divulgação e o melhor atendimento. Se ainda assim não der certo, não haverá “ira”, pois fizeram o seu melhor. A verdadeira ira é aquela que brota do sentimento de que podíamos ter feito melhor e não fizemos.
Preguiça – Se você tem, nem faça. Pelo menos compre o ingresso para ajudar.
Jeândro Garcia
#Mandamentos #Evento
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