O Deputado Luiz Marenco prestou homenagem de reconhecimento ao poeta, compositor e pajador Jayme Caetano Braun, nesta quinta-feira, 4 de julho, quatro dias antes de completar vinte anos de morte do pajador missioneiro. A solenidade aconteceu no Plenário da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, durante o Grande Expediente.
Além dos parlamentares, o quórum foi reforçado por admiradores de Braun e de Marenco nas galerias. A mesa presidida por Zila Breitenbach contou também com a presença da Secretária Municipal de Turismo e Cultura da cidade de São Luiz Gonzaga, Rose Grings, que representou o prefeito da cidade de nascimento de Braun, Sidney Luiz Brondani. Também fizeram parte da mesa, a viúva do homenageado, Aurora Braun, o produtor fonográfico Airton dos Anjos (Patineti), o sr. Ivo Benfato, vice-presidente do Conselho Estadual de Cultura, a sra. Paula Simon, presidente da Comissão Gaúcha de Folclore e o ex-governador Olívio Dutra.
Citado como padrinho e pai artístico, mas também como irmão e amigo do deputado cantor, Jayme Caetano Braun, uma das figuras mais emblemáticas da cultura rio-grandense foi consagrado como pajador, poeta, radialista e compositor. Marenco, sem menosprezar as demais habilidades artísticas do homenageado, preferiu colocar à luz o talento de Braun como compositor, atividade que os uniu no campo da música nativista.
Fonte: Mariana Pires - Jornalista |
Sua manifestação na tribuna do Plenário 20 de Setembro recebeu apartes dos de inúmeros deputados e bancadas, que transformou a seção do Grande Expediente num manifesto ainda maior a este mestre da cultura rio-grandense. Isto veio corroborar o discurso de Marenco de que Braun continua vivo na memória dos gaúchos e gaúchas. E, que a obra vence a morte, eternizando o poeta.
Ao finalizar sua fala em honra ao seu mestre, padrinho e amigo, o deputado cantor citou alguns versos do homenageado e disse que teria centenas de imagens literárias para ressaltar as letras de música de Caetano Braun. Complementou, dizendo que existem muitas maravilhas poéticas em seus poemas e nas suas pajadas, considerando que são capítulos a parte na vasta obra do missioneiro. “Tratar-se de uma riqueza incomparável no cenário cultural rio-grandense”, sentenciou.
Arrematou, citando as diversas homenagens de reconhecimento ao poeta, em duas estátuas, um viaduto, uma praça, uma rua, um centro de tradições e o Dia do Pajador Gaúcho, entre outras e recitou uma décima de Braun, dizendo estar dando voz ao homenageado:
"Morri, mas ressuscitei,
das cinzas da minha fé,
O sangue de São Sepé
me fez santo - eu me fiz rei:
gaúcho me transformei
num barbaresco improviso
e, ali no chão impreciso,
de parceria com o vento,
sou hoje, o prolongamento,
do chão sagrado onde piso!"
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