Tito Saubidet - Arte Criollo | "El Baile" - Pinterest |
Ao adentrar em um CTG, instituição que remete a uma história regada tanto de sofrimentos quanto de vitórias, comemora-se a alegria, o entusiasmo. No palco, em lugar de destaque, está estampada a bandeira – amarela, verde e vermelha– que simboliza o amor cívico.
O baile exige o uso da pilcha (o peão, por exemplo, usa bota, guaiaca, camisa, lenço, colete, esporas e chapéu; já a prenda usa sapatilha, meia-calça, saia de armação/anágua, vestido e um arranjo de cabelo), além disso, o espírito gauchesco preza pelo compromisso do equilíbrio, semeado com muito respeito e cordialidade. Todo e qualquer bochincho requer organização. O nome é xucro, mas o evento demanda seriedade. Envolve a cultura gaúcha, regrada pelos seus ideais que até hoje são respeitados mundo afora.
Como descrever um baile de CTG? O Patrão anuncia as boas-vindas. O Piso lustrado do salão está à espera dos passos marcados. Logo surge o primeiro vaneirão, e o salão lota de casais dançando; desenrola-se o baile. A música retrata as mais belas cantigas entoadas por uma gaita de sete baixos, verdadeiros hinos que enaltecem a tradição gaúcha.
Não são permitidos exageros, nem comportamento extravagante ou inadequado. Há disciplina e princípios que traduzem o bom convívio e, sobretudo, a educação e o respeito à cultura. Quem é “barrado” na entrada, por estar impróprio para o recinto, procure outro lugar, pois existem regras que devem ser respeitadas.
No fandango, o baile de CTG, não existe hierarquia, existe sim a igualdade dos participantes. Todos somos gaúchos e pelo Rio Grande do Sul vibramos de alegria.
Neste vinte de setembro, não somente aqui ou acolá, mas em todo mundo, muitos bailes de CTG anunciarão o cenário, a moda, a cultura gaúcha, estirpe de maior orgulho para todos nós. É o que nosso hino entoa: “sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra”.
Eduardo Baptistela
Advogado
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