A Laíne Araújo, primeira narradora credenciada pelo MTG , outra precursora que merece nosso aplauso e que nos serve de inspiração!!! Que venham mais Laínes!
Nesse ano, em que o tema anual do MTG é “MULHER GAÚCHA 70 anos da inclusão no Tradicionalismo Gaúcho organizado" penso: Embora na área artística tenhamos mais mulheres participando do que na área campeira, pergunto: Qual o motivo de termos pouquíssimas instrutoras de grupos de danças e pouquíssimas musicistas nos musicais do ENART?
Seguindo como base o Festival Enart, percebo a escassez da presença
Não vejo a mulher com dificuldades em saber um sapateio, muitos homens instrutores sarandeiam maravilhosamente bem e sei de mulheres que sapateiam, penso que não seria este o empecilho para ser instrutora, visto que a maioria dos instrutores não necessariamente criem os sarandeios e sapateios do grupo. O que corre com as mulheres nessa área? Me parece que falta credibilidade no trabalho feminino.
Na música, vemos algumas cantoras, quase nunca são instrumentistas e pelo número reduzido de músicos que hoje o festival comporta, os grupos preferem um músico que também toque, o que reduz mais ainda a quantidade de mulheres nos musicais. Fui a única mulher cantando numa Integração dos músicos na final do Enart de 2007, me sinto orgulhosa? Sim. Me sinto feliz? Não. Gostaria que tivesse pelo menos mais umas cinco companheiras, até os tons seriam mais favoráveis para estarmos ali.
Luciana Borges - autora do texto |
O que precisamos fazer para incentivar nossas meninas a tocarem um instrumento, a se portar de maneira que se for da vontade dela, que ela possa seguir nessa carreira de dança ou música e ter a mesma valorização masculina. Que as mulheres possam ser laçadoras, narradoras, patroas, presidentes, domadoras, bailarinas, que possam livrarem-se de rótulos e serem felizes com o que nasceram pra fazer e não com o que o mundo espera que elas façam?
Luciana Borges
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